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Political Animals – 1×06 Resignation Day (Series Finale)

Por: em 21 de agosto de 2012

Political Animals – 1×06 Resignation Day (Series Finale)

Por: em

Você gosta de final feliz? Eu geralmente gosto e Political Animals tem as típicas características de que teria um final feliz. E isso só ficou ainda mais evidente com o início desse episódio. T.J. saiu do hospital e foi para casa disposto a se recuperar de vez. Doug terminou toda e qualquer tipo de relação que tinha com Susan e decidiu investir pra valer em Anne. Nana largou a bebida. Bud tornou-se mais humano. Elaine desistiu de concorrer à presidência para ficar mais tempo com seus filhos, contentando-se em ser a vice de Garcetti nas próximas eleições.

Até aí tudo bem, obrigado. Tudo seguia para um final digno, fechando todas as pontas com maestria. Com exceção do relacionamento entre Susan e Doug que não vingou, todas as minhas previsões da review passada estavam se concretizando. Eis que, nos “45 minutos do segundo tempo”, ou melhor, nos 30 minutos do episódio, acontece a catástrofe que nem eu, nem você e nem a própria Elaine esperavam: o avião do presidente Garcetti cai. E como isso aqui não é Lost, é bem provável que ele morreu.

Todas as minhas suposições e felicidades começaram a ir por água abaixo. Logo depois, um fiapo de esperança surgiu. Desde que a minissérie foi anunciada, nada foi dito sobre uma renovação, mas Political Animals não pode simplesmente terminar dessa maneira. A frase “você vai concorrer para presidente?” não pode ser a que irá encerrar sua curta história. Agora, eu espero ansiosamente pelo anúncio de renovação, que me deixará extremamente feliz, caso contrário irei relembrar para sempre de Political Animals como a minissérie que tinha tudo para fechar com chave de ouro uma excelente temporada e que, em 15 minutos, jogou tudo pro alto pela ganância de conseguir uma renovação.

Falando da série como um todo, desde o início, consigo ressaltar praticamente apenas acertos. A minissérie abordou temas já conhecidos, mas o fez, não com originalidade, mas com competência. Vimos que a família, mesmo sendo de um ambiente incomum, continua sendo uma família, com seus inúmeros obstáculos. As drogas, a insegurança, a falta de atenção, o alcoolismo, dentre tantos outros, acontecem também na família mais badalada do mundo. E o amor também, claro, apesar de tudo.

O feminismo, como já lembrado durante reviews de episódios anteriores, também foi trabalhado positivamente. A política nas mãos das mulheres, ideia que há tempos não muito distantes parecia impossível, e que até hoje ainda é tratada com preconceito, é sim possível e competente. Mesmo sendo uma obra ficcional, Political Animals passou a mensagem que as mulheres tem força e representatividade.

Apesar de eu não trabalhar ou estudar e apenas admirar a área do jornalismo, confesso que me surpreendi com a forma que os meios relacionadas à essa profissão foram trabalhadas. Susan roubou a cena por diversas vezes e seu embate e ensinamentos à nada carismática Georgia nos trouxeram vários fundamentos importantes do jornalismo. A responsabilidade, o caráter, a importância da fonte e tantos outros estiveram presentes e nos possibilitaram compreender melhor o quão importante é e pode ser a informação e a forma como é manipulada.

Outro grande ponto positivo que merece destaque é o elenco. Desde sempre, com os nomes anunciados, o principal chamariz foi o grande investimento em atores e atrizes de qualidade. E pode-se dizer que a escolha foi acertada, todos corresponderam muito bem aos seus papéis. Destaque para Sigourney Weaver, claro, que mostrou que tem talento sim. Ellen Burtyn dispensa qualquer comentário. Da ala dos mais novos, dou um voto de confiança para Sebastian Stan, que pegou um papel difícil e chato, mas que se saiu muito bem.

Por fim, preciso confessar que estou aqui com o coração na mão e sei que essa ansiedade irá se estender por algum tempo. Eu quero mais, muito mais, de Political Animals. Apesar de ter tido a oportunidade de encerrar de forma magnífica, reconheço que a minissérie tem um potencial absurdo a ser explorado. Quero mais embates entre mãe e filho, mais T.J. limpo e menos Margaret sóbria. Quero saber como um casamento proposto após uma tragada e realizado após uma traição irá vingar e preciso saber se Elaine irá mesmo concorrer. E depois se irá efetivamente vencer e como será seu mandato. Ainda não consigo digerir a ideia de que a minissérie encerrará sua trajetória dessa forma, já que, apesar de tantos acertos e de sua alta qualidade continuar desde o primeiro episódio, a marca que Political Animals deixará em mim será sempre a de frustração.

A audiência foi apenas razoável, mesmo para os padrões da emissora, Usa Network. A média dos seis episódios ficou em 2,13 milhoões. Apesar disso, importante comentar que o episódio com menos audiência foi o terceiro, e que todos os outros apresentaram uma crescente em relação ao interior.

E você, o que achou da temporada? Acredita numa renovação? Comente comigo!


Micael Auler

Gaúcho que ama chimarrão e churrasco (tchê!) quase tanto quanto ama séries, filmes e livros. Para acompanhar, seja lá o que for, bebe: se não o chimarrão, café; ou então algo com um pouquinho de álcool.

Lajeado / RS

Série Favorita: The Good Wife

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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