Faltando apenas 2 episódios para mergulhar em um longo e profundo hiatus, Pretty Little Liars insere novos personagens, traz alguns novos fatos sobre a trama central e até aposta novamente em flashbacks. E vamos começar falando deles, que pelo menos para mim, foram o ponto negativo do episódio.
Uma dica para os roteiristas: Flashback é um recurso usado para agitar a trama. Trazer reviravoltas, causar surpresa, derrubar queixos e tudo o mais. Se usados como aqui, mostrando em sua maior parte aquilo que já estamos cansados de saber, eles acabam ficando aleatórios e parecem mais um tapa buraco. E foi isso que eu senti. Além da informação de que Hanna já se incomodava quando implicavam com Lucas desde sempre, eles nada nos trouxeram. Apenas nos mostraram Alison dominando entre as garotas, sendo conselheira e criticando Jenna. O que já é esfregado na cara desde o piloto. Entendo que o episódio era um tributo à garota morta, mas mesmo assim não acho que seja legal para uma série que está prestes a entrar em pausa perder tempo com mais do mesmo.
Agora falando dos outros pontos do episódio… Achei até interessante essa história de memorial e acredito que caiu bem. Inseriram de uma forma legal o Jason, irmão da Alison, na história. Já adianto que gostei do personagem, da pressão que ele impôs na polícia e das revelações (por menores que sejam) que ele trouxe. Ficamos descobrindo que Alison, antes de desaparecer, jogou nas costas de Spencer a culpa pelo acidente com Jenna. Por um momento, achei que a garota iria acabar em um romance com o irmão da amiga, então fui pego de surpresa pelo modo como ele lhe contou tudo. Já sabemos que Spencer fica decidida quando se irrita, o que em conjunto com um Jason também decidido a descobrir a verdade, pode ser interessante de se ver.
Descobrimos também que Toby falou com Alison horas antes do desaparecimento. Aliás, nada se comentou sobre o garoto ou sobre as lágrimas de Jenna ao fim do episódio passado e isso me irritou. Esperava logo uma definição do destino do rapaz. Vivo, morto, ninguém sabe. Algo que também teremos que esperar para descobrir. Ou não.
No núcleo romance, Hanna está claramente envolvida com Lucas e vice-versa. Nesse episódio, o nerd até a ajudou com seus problemas financeiros. São opostos na teoria, mas parecem funcionar bem na prática. Confesso que até que eles me agradam um pouco. Lucas parece tirar Hanna do seu (não mais tão) esnobe mundo trancado, de compras e futilidade. Por mais clichê que a história seja, eu sempre acabo gostando. E vamos combinar que o Sean não combina nem um pouco com a garota.
Ficou claro também que estão mesmo transformando Jenna em uma vilã. Nesse episódio, as ameaças foram mais claras e a jovem até conseguiu ter sua parte na dedicatória do memorial de Alison. Pelo que eu entendi, a garota conhece a mesma versão de Jason, onde Spencer é a única culpada de seu acidente. Eu não faço a menor ideia do que isso pode causar. E achei estranho que o nome de Toby não tinha sido citado uma única vez por ela, que é irmã. Vai entender.
Como não poderia faltar, tivemos o momento surpresa do final. Aqui, descobrimos que alguém fez uma cópia da pulseira de Alison e armou para que as garotas a encontrassem, com o único intuito de assustá-las. E como última cena, alguém (um mesmo?) destrói uma parte do memorial. Parece que a mão negra atacou de novo.
Sem grandes agitações, mas ainda assim com algumas revelações e um episódio que pode se chamar de consistente, Pretty Little Liars galga mais um passo. Só temos agora mais dois episódios antes do hiatus, que nos deixará esperando até o ano que vem. Vamos esperar que a série use o potencial que tem nas próximas semanas e nos deixe mortos de ansiedade por seu retorno. Eu, pelo menos, acredito nisso.
PS¹: O pai da Emily vai voltar e eu não vejo no que isso vai interferir na trama principal. Aliás, ela voltou com a Maya. Taí um casal com o qual eu não me importo.
PS²: Aria parece ter encontrado um novo par, Noel. Assim como seu pai parece interessado na mãe de Hanna.
PS³: Alguém realmente sentiu falta de Erza e Alex?
