Quando uma review muda de dono é sempre bom avisar… Afinal, um leitor desavisado pode achar que o escritor mudou de personalidade e passou a adorar o personagem que antes odiava! Bom, mas acho que por aqui as chances são menores, já que a Bianca, assim como eu, anda sem saco pra Addison. Mas é bom ela falar bem da Charlotte, se não volto para atormentá-la nos comentários! Cristal
Agora eu assumo as reviews de Private Practice e deixo as de Grey’s Anatomy integralmente para a Bruna. Assim como a Cristal, ando achando a Addison totalmente sem graça e a Charlotte a melhor coisa que a série tem. E realmente parece que a Shonda Rhimes só pode cuidar de uma série por vez. Private Practice vem apresentando uma ótima temporada e Grey’s parecia melhorar, mas deu uma derrapada na semana passada (ao meu ver). Private, por outro lado, teve um episódio digno dos melhores momentos de Grey’s, com casos metafóricos e direito a uma trilha sonora ao estilo de Seattle.
Como não ver no casal Neil e Margareth os dilemas de Pete? E no garotinho que mentia para o pai que o padrasto estava abusando dele quando apenas queria que os pais voltassem a se entender com os problemas entre Charlotte e Cooper? Ou mesmo a relação de Dell e Heather com tudo o que Violet vinha enfrentando após a quase-perda de Lucas?
Addison, a protagonista menos protagonista das séries teve como trama principal o reaparecimento de seu pai (o Capitão, que é mencionado desde os gloriosos tempos de Grey’s), que serviu para lembrarmos o quanto ela odeia traições e mentiras não somente porque isso foi o que destruiu o casamento com o Derek, mas porque tudo começou com o pai, que traía a mãe com várias mulheres. A médica culpa o pai pelos erros que ela cometeu no casamento, quase como se fosse uma justificativa por ter agido como agiu no passado. Mas vamos esperar para ver se o Capitão não coloca a Addison na linha de novo.
E sério mesmo que o pessoal da clínica pensou que ele seria um amante? E o Sam com ciuminho… não gosto da ideia dos dois se envolverem, a Addison precisa de um tempo sem homens para se encontrar. Aliás… apareceu o pai da Bailey em Grey’s, apareceu o pai da Addison em Private. Várias das situações que estamos vendo em Private, já vimos algo bem semelhante em Grey’s. Shonda, gostamos muito das duas séries, mas menos repetições.
Os dois casos da semana conseguiram captar minha atenção igualmente. O paciente Neil tem câncer terminal e quer ver o rosto de sua filha, que irá nascer em seis semanas, mas não é garantia de que ele tenha esse tempo de vida. Claro que Pete lembra de seu desespero quando não sabia onde Lucas estava depois que Violet foi atacada.
Mas, mais do que isso, pudemos (nós e a Naomi) tirar um pouco da má impressão sobre o doutor Fife. Ele tem métodos diferentes para cuidar dos pacientes e parece se importar mais com o próprio ego do que com a vida de quem está sendo tratado por ele… e não é bem assim. Apesar de tudo, ele se importa com as pessoas e quer dar a elas uma nova vida. Ele ficou abatido com a morte de Neil (e o fracasso do tratamento experimental) e talvez disso comece surgir uma ponta de paixão de Naomi pelo médico. Concordo com o que a Cristal disse: aquele ódio todo significa algo mais.
Temos a volta de Dell ao trabalho. Quando o vi encontrando na copa, já fiz aquela cara de “ah, não”. Ele casar com a Heather foi o menos interessante da história toda; o melhor foi a reação que ele teve ao dizer na cara da Violet e da Naomi o quanto elas estão erradas ao julgarem o que ele está fazendo sendo que elas fizeram / estão fazendo coisas piores. E, melhor ainda, ele dizer que a Violet é a que deveria entender e respeitar a situação, sem necessariamente concordar, como todos fizeram com ela.
Desde que a Violet saiu da semi-depressão, tudo o que ela faz é meter o nariz onde não é chamada. Concordo que o Dell precisava de algum tipo de intervenção (mesmo que a Heather esteja feliz, não dá para acreditar que esteja recuperada), mas ela não tem pacientes para “falar tudo o que pensa” e uma vida em pedaços para recompor antes de se meter no que não lhe diz respeito?
O caso mais dramático foi o do garoto sequestrado, sem dúvidas. Temos que relembrar da temporada passada, quando um garoto fugiu com o pai por causa do padrasto abusivo. Cooper vai preso, apanha na cadeia e confia o segredo do paradeiro do garoto à Charlotte, que, mal por ver o namorado naquela situação (e não por se sentir mal ou qualquer coisa que o valha por ter escondido ter sido casada), conta a Addison, que para o bem de todos, resolve fazer o papel de vilã e conta para a polícia.
Por essa atitude da Addison eu confio que ela vai se reerguer e voltar a ser a mulher poderosa que aprendemos a amar. E pela atitude covarde do Cooper, em ainda não confiar na Charlotte por uma mentira boba e que ela não se sente bem para falar sobre (e ele deveria entender isso, como o adulto que deveria ser), é que eu acho que a sexóloga é mulher demais para o pediatra.
Chover no molhado dizer que a KaDee Strickland é, de longe, a melhor atriz do seriado, não?
