Gosto muito mais quando Private Practice foca nos casos do que na vida pessoal dos médicos. Ou quando o caso é chamativo, como está sendo o da grávida de trigêmeos em estado vegetativo. Gosto dos personagens na clínica, mas como os pacientes que vão lá não estão em um momento desesperador, acabo não prestando atenção neles. No hospital, as coisas são diferentes.
E é no hospital que a Addison brilha. Ela melhorou muito do começo da temporada para cá e é muito melhor quando dá atenção aos pacientes ao invés de procurar um homem em desespero.
Claro que ela ainda está querendo um companheiro e ainda gosta do Sam mesmo estando com o Pete. A Addison com o Lucas chorando sem parar me deu nos nervos. Eu não gosto de criança chorando, me deixa brava e no mesmo desespero, de tentar fazer a criança parar de chorar e ficar frustrada por não conseguir. Eu nunca consigo, então acabo entregando para os pais.
Imagino como deve ser o sofrimento da Addison, por ser uma médica que faz bebês nascerem e não conseguir cuidar do Lucas. Fora a vontade que ela tem de ser mãe e não poder mais ter um biológico (bom, com a vida que ela leva, duvido que conseguiria adotar um).
Outra que está meio perdida na vida é a Naomi. Ela gosta do Fife e gosta do William, mas ficar com os dois ao mesmo tempo, sem que o William saiba, é traição. Algo que ela sempre condenou. E não querer falar com a Addison por causa do rolo com o Sam… para depois indagar o ex-marido sobre o casamento? Além de misturar tudo o que está sentindo (o casamento da filha, os sentimentos confusos entre os dois médicos e o que a amizade representa) e está descontando na Addison.
Mas agora o Sam percebeu que é bem diferente a Nay proibir a Addison de ter algo com ele do que ele proibir a Addison de ter algo com o Pete, que ainda está a fim da Violet. Parece até o poema “Quadrilha”, do grande Carlos Drummond de Andrade.
Dell desapareceu um pouco da série, mas voltou para afirmar que sua vida é bege (eu ri muito dele desabafando com a Charlotte) e mostrar que tem competência para ser um bom médico. Gostei da história dele, apesar de ser um fillerzinho sem importância.
O Cooper é o único que parece estar de bem com a vida, na Ocean Wellness. Não consigo entender se ele está ignorando a Charlotte porque ainda gosta dela ou se está realmente tentando superar. Talvez quando a Violet voltar (que deve acontecer no próximo episódio), fique um pouco mais claro.
Agora falando do caso médico: como eu tinha dito na semana passada, queria muito que ele se desenvolvesse, ele tinha potencial. Claro que fiquei hiper feliz ao ver que ele seria o tema desta semana e terá continuidade na semana que vem. E com a ajuda de uma Shepherd.
Eu simpatizei muito com o Eddie, compreendo muito os motivos de ele querer desligar os aparelhos da esposa. E a Angie e o Simon me parecem um casal tão mesquinho. Entendo que os filhos são o sonho deles e é difícil largar um sonho quando ele está tão perto de se realizar. Mas a forma como eles falam da Kayla, não é como se falassem de uma pessoa. Eles a vêem como uma incubadora.
Por outro lado, o Eddie não pode simplesmente deixar a mulher morrer e esquecer que tem três bebês dentro dela.
A Charlotte foi irresponsável ao deixar o Eddie sozinho com a mulher; ele fez exatamente o que a advogada queria evitar. A Kayla conseguir respirar sem a ajuda dos aparelhos é um pequeno milagre que pode se tornar um grande fardo. Você vive com a esperança de que a pessoa irá acordar e fica preso naquilo.
P.S.: Um pequeno erro de continuação. Logo depois de Cooper entregar o cheque para a Charlotte, ela dá uma de “Meredith de três anos atrás” e vai buscar conforto no sexo sem compromisso. Mas na cena seguinte, ela está linda, leve e solta, entrando no quarto da Kayla e pedindo para todo mundo se retirar enquanto as medidas legais estiverem sendo tomadas.
