Tenho a impressão de que “War” foi escrito somente para nos enrolar. Se a gente parar para pensar, nada realmente aconteceu, além de uma briga infantil e desnecessária entre todos os médicos. As únicas coisas realmente relevantes foi ver o que aconteceu com a Violet enquanto ela estava de férias e como isso influenciou na decisão de querer ser a mãe do Lucas e a volta da Naomi.
Se o juiz do caso tivesse dado a guarda compartilhada para a Violet, ia ser muito absurdo. Ela claramente ainda não está pronta para isso, e o Lucas também não, ainda mais quando já tem uma figura materna na vida dele. A Violet ainda está se recuperando do trauma e isso leva tempo. No final, a melhor solução foi a que o Pete sugeriu: a Violet ir se acostumando (e acostumando) com o Lucas aos poucos até que eles estejam maduros para a guarda compartilhada.
Em “In the Name of Love”, tivemos o encaminhamento para a season finale. E eu tenho a impressão de que a Shonda resolveu focar na finale dupla de Grey’s Anatomy do que pensar em como vai terminar Private Practice. Depois que a Violet começou a superar o trauma do nascimento do Lucas, a série começou a cair de qualidade e tudo é extremamente pontual. Até porque a Charlotte e o Cooper brigando o tempo todo porque ainda se amam é uma trama muito fraca para segurar metade de uma temporada.
Até compreendo que há um limite para casos médicos, mas a minha reação ao ver a paciente que era uma megera feliz da vida foi só uma: descrédito. Iam mesmo fazer a velha fórmula da pessoa que era de um jeito e, por causa de um tumor cerebral, muda de personalidade? Lembro desse caso em Grey’s Anatomy (mas com o pai sendo carinhoso demais e depois da retirada do tumor, ficou ranzinza) e foi muito mais significativo e melhor aproveitado.
Não espero que Private Practice tenha casos extraordinários cujo final é difícil de adivinhar como acontece em House, mas espero casos médicos mais originais.
Como foi o segundo caso, da menina sequestrada quando criança e grávida de se raptor/pai. Suponho eu que esses casos de sequestro sejam menos comuns do que tumores que mudam a personalidade do doente. Mas também foi tudo muito óbvio. Eu descobri de cara o que aconteceu com ela (e eu não sou o tipo de pessoa que descobre doenças das séries tão rápido).
Saindo dos casos, Naomi de volta significa que o triângulo amoroso volta a ficar em evidência. O Fife tinha uma escolha a fazer e fiquei feliz que ele foi honesto com ele mesmo, com a Naomi e com o William. Ele fez a coisa certa e é preciso ter culhões para tanto. E amar muito a pessoa pelo qual você se sacrifica.
Também vimos o complexo que o Fife tem por estar em uma cadeira de rodas. Todo mundo na clínica levou um choque no começo, mas se acostumaram logo e não se importam se ele pode ou não andar, desde que seja um ótimo médico. É o Fife que sempre volta com o assunto da cadeira de rodas e é o único que vê isso como uma limitação.
No outro triângulo amoroso, fiquei decepcionada ao ver a Charlotte com o Cooper de novo. Ela cresceu tanto desde o rompimento e ele ficou parado. O Cooper ainda não superou os medos que fizeram os dois brigarem tanto, mas ela cansou de esperar e está partindo para outra. Com o Sheldon. Um casal estranhíssimo, mas que se dá muito bem. Adorei o sorriso que ele deu para ela após chamá-la para jantar.
Como vimos pelo final, a season finale será focada em Naomi e Maya. A garota entra em trabalho de parto e sofre um acidente (junto do Dell) e claro que isso vai abalar muito a Naomi. Bom, o Sam também, mas ele é a parte controlada do casal.
Sinceramente, não sei o que esperar do último episódio da temporada. Vi a Shonda falar bem mais da finale de Grey’s e isso me preocupa. A única coisa que eu quero mesmo é que termine essa lenga-lenga entre a Addison e o Sam. Ou junta ou racha, mas ficar nesse flerte besta não é justo nem com o Pete e nem com o Lucas.
