Já falei várias vezes a Shonda Rhimes só sabe se dedicar a uma série de cada vez. A season finale passada foi um grande exemplo disso; enquanto Grey’s Anatomy teve duas horas de pura emoção e tensão, Private Practice teve um final feliz, como se fosse a final da série. Não foi ruim, mas se compararmos as duas séries, nem parecem ter saído da mesma mente brilhante.
Pensando nisso, não sei se fico com pena de Off The Map, a nova série da Shonda, ou se fico com pena de Private Practice, que provavelmente terá uma temporada bem morna (já que os spoilers não foram tão animadores). Tenho a impressão de que a história da minha querida Addison Montgomery ficará em terceiro nas prioridades da escritora.
Mas vamos ao episódio, que foi bem morno para uma season premiere. Gostei das cenas iniciais, do jogo de câmera quase como se estivesse em stop motion, com Charlotte e Cooper na cama discutindo como vai ser o casamento da Violet e o Pete decidindo casar. E passei o tempo todo me sentindo como o Cooper: feliz porque a Violet está feliz com o Pete, mas achando que foi tudo precipitado demais. Isso me ajudou a perdoá-lo por toda a dor que ele causou à Charlotte. Ainda não sou a fã número um dele, mas consigo aceitá-lo com a melhor médica da Ocean Wellness.
Também gostei da trama envolvendo Naomi-Sam-Maya-Dink. A Naomi voltou a ser uma boa personagem, não a doida que fica brava com a filha adolescente grávida e a abandona quando a garota mais precisa da mãe. A Naomi sempre foi superprotetora, é claro que ela começaria a tomar conta da vida do neto! Sempre gosto de ver o Sam agindo longe da Addison, sem ficar de mimimi por problemas amorosos.
O caso médico da Charlotte e do Sam foi bem interessante. O irmão que é um pé no saco precisa de um rim e o irmão bonzinho e com deficiência mental está disposto a doar. Currie Graham e French Stewart fizeram um ótimo trabalho como Ryan e Kevin. Muito melhor do que o casal do caso da Naomi, que não senti nenhuma empatia. Torci muito para o Russell receber um castigo, ele não iria cuidar do irmão como ele merece.
O ponto alto do episódio deveria ter sido o casamento de Violet e Pete, mas achei que foi a pior parte. Se o casamento tivesse acontecido sem a fuga da Violet, teria sido bom. Me digam, por que raios a mulher fugiu? A única explicação que eu consegui captar é uma que a Cristal falou no Twitter: A Violet deve ter fugido para não casar com essas luvas horrorosas!
Em quase todo casamento em séries, ou o noivo ou a noiva surtam antes de dizer o “sim”, mas costumam ter algum bom motivo. Não vi isso na Violet. Ela, mais do que qualquer outro personagem, sabia muito bem que era o momento certo para se casar com o Pete. Em nenhum momento, as dúvidas do Cooper se enraizaram nela e ela não mostrou estar se questionando antes. Se fosse na temporada passada, aí sim ela teria todos os motivos para fugir.
O único “questionamento” que a Violet teve foi querer conhecer mais o Pete. Mas ela é uma psicóloga, e deveria saber que não é possível conhecer alguém por inteiro.
Mais uma vez, a protagonista Addison ficou mais nos bastidores das histórias dos outros. Queria que ela fosse para Seattle com a Amelia, que também não fez nada de muito interessante.
