Tive uma sensação bem estranha ao assistir a este episódio. Fiz de acordo com o horário de exibição nos Estados Unidos: primeiro Grey’s Anatomy e depois Private Practice. Mas logo nas primeiras cenas, já encontrar a Amelia de volta foi estranho. Imaginava que ela ficaria pelo menos um episódio fora. Tirando o susto inicial, gostei do episódio.
As duas únicas coisas relevantes que aconteceram em Seattle e que importam em Los Angeles é que a Amelia (ou Amy, como o Derek a chama) transou com o Mark e ela teve a chance de operar o cérebro de alguém, o que deu um ânimo para ela voltar a trabalhar.
Uma pena que a estadia da Amelia na clínica foi o que explicitou que a Naomi é a rainha passivo-agressiva. Shonda, se é para voltar com essa história chata da Nay com ciúme do casal, é melhor nem começar. A Addison já fez bastante sendo sincera com a amiga e contando o que aconteceu e ela tinha que parar com isso. Essas atitudes infantis não ajudam em nada. Por isso, cheguei a me emocionar quando a Nay disse que o relacionamento da Addison com o Sam não era o começo do fim para elas. Lindo!
A Addison não é (era) a mais confiável das criaturas, mas se a melhor amiga dela não dá uma chance, como os outros darão? O Sam não é muito melhor e, nesses momentos, vejo como ele e a Nay são perfeitos um para o outro (agora talvez mais do que antes) – e também fica claro para mim pelo menos um dos motivos pelos quais eles se separaram. Ela prefere atacar os outros por “indiretas”, sem querer confrontar o outro de verdade; ele prefere esconder algo que está sufocando-o do que botar para fora.
Gostei do flashback mostrando o Sam, a Nay e a Addison mais jovens, quando a ruiva ainda era casada com o Derek. Também achei interessante mostrar como o Sam sempre foi um homem íntegro e como mesmo fazendo algo que julgava ser o correto, ele ainda sofre pela decisão que tomou. E como ele está sofrendo pela decisão que acha que tem que tomar, com o homem que causou o acidente da Maya.
Para mim, foi um acidente. O homem vai pagar pelo que aconteceu e nunca vai esquecer o fato de que matou um ser humano e machucou uma mulher grávida, não importa o quanto a Nay e o Sam o perdoem. Agora, o cara do flashback era um pedófilo e isso eu não consigo aceitar como um simples acidente. Não digo que faria o mesmo que o Sam se estivesse na mesma situação, mas não o condeno por ter feito o que fez.
Em outra história, temos Pete e Violet discutindo porque ele decidiu ajudar na clínica clandestina do amigo. Será mesmo que os fins justificam os meios? É em casos assim que eu fico totalmente dividida. Entendo a Violet não querer que o Pete se envolva na clínica caseira, ele pode perder a licença por não ser um local apropriado para prestar atendimentos.
Mas também entendo muito bem o Pete e o Gibby; tem vezes que um tratamento imediato salva a vida de alguém, como foi o caso que interrompeu o jantar deles. Há problemas simples que poderiam ser resolvidos sem toda a burocracia de um hospital. A gente só precisa reconhecer quando é hora de ir para uma sala de cirurgias ao invés de tentar salvar o outro sozinho.