E o Cooper está fora de controle! Entendo a raiva dele quando a advogada disse que não poderia processar o Lee, mas ele se comportou com arrogância demais. Mereceu levar o esporro.
Me irrita muito essa mania que médicos têm de se acharem melhor do que os outros porque são “doutores” (sim, eles são doutores, mas você não vê um enfermeiro ou um administrador se chamando de “doutor” só para conseguir status – com exceção dos que fizeram doutorado). O Cooper dando uma de superior com a advogada, fazendo questão de dizer que ele e a Char são médicos foi ridículo.
Não consigo entender os motivos do Cooper estar tão raivoso ainda (em contraponto à calma “Comer, rezar e amar” da Naomi). Sim, o mundo é injusto. Todos ficamos decepcionados quando a advogada disse que não poderia tirar o estuprador da rua. Nós também ficamos revoltados quando ninguém da clínica quis adotar a Betsy. E nós achamos horrível a Char ser julgada por sua conduta sexual, como se isso fosse determinante para o estupro e apenas “bad girls” sofressem esse tipo de violência. Pois é, a vida não é perfeita.
Ao invés do Cooper fazer como a Charlotte e tentar viver um dia de cada vez e ajudá-la a se recuperar, ele só piora a situação. Gritar com ela depois do que aconteceu foi muito idiota. Bater no pai do paciente porque ele supostamente estava abusando do filho também. Não é na violência que a gente resolve as coisas! Nesse caso, só piorou tudo. Shonda Rhimes, dê uns dias de folga ao Cooper porque ele precisa colocar a cabeça no lugar – e longe da Charlotte. Na verdade, o Cooper podia sair da série que eu não me importaria nem um pouco. Private Practice não precisa desse egoísta.
– É sempre mais escuro antes do amanhecer.
Essa minha braveza toda é porque eu amo a Char e não consigo ser imparcial quanto a ela. Continuo achando que o Cooper não é a pessoa com quem ela deve casar, ela precisa de alguém mais maduro, principalmente agora. Ela está tentando se recuperar, lendo livros de auto-ajuda que estão ajudando-a a superar, tentando manter o Cooper junto dela – sem saber que ele está procurando sexo fora de casa porque se sente impotente. Essa era a chance que o pediatra tinha para crescer e ele está indo ladeira abaixo. Triste, eu gostava dele.
Outro ponto alto do episódio foi a volta da Naomi. Não que eu tenha sentido muita falta dela na série até agora, mas acho que a presença da Nay é boa para todos os personagens. Todo mundo confia nela e podem recorrer à “mãezona” da turma quando têm problemas – a Addison que o diga!
O caso da Emily me chamou atenção. É muito, muito triste ver o quão longe uma viciada em drogas vai. Entendo que a Violet e o Pete tenham boas intenções, mas pagar pelo bebê é uma forma de estimular a garota a ter mais filhos para vendê-los para alimentar o vício.
Cheguei a pensar que a Addison adotaria o bebê sem o Sam, que, de novo, deixou bem claro que não quer mais filhos. “Não podemos ir de acordo com o seu relógio biológico, ele é rápido demais”? Querido, vocês têm 40 anos, não 20. Sério, Addison, não deixe o Sam atrasar a sua vida. Se você quer um filho, tenha um sem ele. Claro, os genes dele são ótimos, mas você pode encontrar outros candidatos ótimos no banco de esperma.
Gostei da Amelia falando bobagens sempre que pode e fugindo da “noite das garotas”, que se resumiu a falar a língua dos bebês – isso porque eu também fugiria. E também ri dela indo para a casa dos meninos e ver que as coisas não são muito diferentes por ali. Mas apesar dos momentos engraçadinhos, a Amelia está muito perdida na história. Espero que as coisas estejam diferentes depois do hiato.
Bom, a Addison deve ter uma boa trama no próximo ano, com a volta da Bizzy e da Susan em um arco de quatro episódios. Não consegui encontrar as informações, mas creio que Private seguirá o mesmo caminho de Grey’s e está entrando no hiato do fim de ano, voltando somente em janeiro. Até 2011!
