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Private Practice 4×11 – If You Don’t Know Me By Now

Por: em 13 de janeiro de 2011

Private Practice 4×11 – If You Don’t Know Me By Now

Por: em

Eu ainda estou tentando entender em que ponto entre Seattle e Los Angeles a Addison deixou de ser aquela personagem forte, independente, com personalidade e opiniões e passou a ser essa pessoa meio apagada, submissa e carente da aprovação da mãe.

– She says “jump” and you say “how high?”

É difícil ter uma mãe geniosa e orgulhosa como a Bizzy, especialmente quando ela está surtando porque a namorada está no estágio IV de câncer e com o pé na cova. Entendo que a Bizzy nunca tenha segurado a mão da Addison e o único pedido que ela fez na vida foi para a filha salvar a vida da Susan. E sendo ela uma cirurgiã capaz de realizar milagres, é óbvio que iria tentar.

O que eu ainda não compreendo é como aquela ruiva fatal que apareceu em Seattle mudou tanto ao sair da cidade chuvosa. A Addison de hoje corresponde muito ao estrago que a Bizzy e o Capitão fizeram na criação dos filhos, mas não condiz com a brilhante cirurgiã que apareceu em Grey’s Anatomy. O ditado diz que “a esperança é a última que morre”, então continuarei esperando o dia em que a Addison volte a si, mas começo a pensar que isso não vai acontecer tão cedo.

– Addison is the best in what she does. The very best.
– Have you told her that?
– I’m her mother. It’s not my job.

Se em Seattle eu me divertia demais com as investidas amorosas e sexuais dela, em Los Angeles isso não funciona direito. O Dr. Rodriguez está interessado na ruiva – quem não ficaria? -, justo agora que ela parece estar de boa com o Sam (mesmo ela querendo ter um bebê e ele não).

Não me levem a mal; no geral, gostei do episódio – por causa dos outros personagens que, cada um a seu tempo, estão crescendo e tomando o lugar da protagonista.

A Violet, por exemplo, superou o trama que sofreu com o roubo do bebê e está construindo uma vida. Achei muito interessante ela ter escrito um livro/diário contando a experiência dela. É o tipo de coisa que ajuda os dois lados: quem escreveu e quem está lendo. Como psicóloga, a Violet sabe o quão importante é dizer em voz alta qual é o problema e começar a superá-lo.

A parte mais bonita (e, por ora, o único motivo para a Violet ter escrito o livro) foi o depoimento da Charlotte, dizendo o quanto a amiga a ajudou somente ao contar o que aconteceu com ela.

O meu bichinho consumista por livros ficou super interessado em ler o livro da Violet – nunca fui fã de auto-ajuda, mas seria como ler o livro de um amigo. A vida dela parece ser deveras interessante. Não é todo mundo que consegue superar tantas desgraças e permanecer positiva.

Mudando de personagem, fiquei feliz ao ver que a Amelia começou 2011 com um caso médico e não só se metendo na vida alheia como uma criança mimada. Uma pena que o paciente não me pareceu tão interessante. Bom, pelo menos a participação dela foi maior (e melhor) do que a do Pete – ok, alguém tinha que mostrar o “outro lado” de ter um livro tão pessoal publicado. Acho engraçadinho como todo mundo na clínica enxerga a Amelia como a irmã caçula que está sempre aprontando. Como uma família de verdade.

(Cá entre nós… esse pessoal lê rápido demais, hein. Praticamente leram mais de 800 páginas em menos de um dia!)

– I wanna have sex.
– I’m flattered.

Tive vontade de matar o Cooper quando ele entrou no escritório do Sheldon dizendo que quer transar. Mostrou muito do egoísmo dele e o quanto ele não merece estar com a Char. Mas vou admitir que ele quase ganhou meu coração de volta quando ofereceu o frango frito para ela na cama. Quero muito que ele seja um ótimo marido para a Char.

E sobre a Naomi… bem, mesmo que ela não esteja com uma trama, ela age como o porto seguro dos personagens. É para ela que a Addison corre quando quer o conselho certo. Se não é com a Nay, a Char não consegue desabafar o que sente. Por isso, gosto demais quando ela está presente na clínica – mesmo que eu não sinta tanta falta quando ela está longe.


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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