Pelos momentos finais do episódio passado, já podíamos prever que Blind Love seria cheio de emoções e brigas entre Addison e Bizzy. O que eu não esperava era me interessar pelo caso de Pete e Amelia, os personagens mais perdidos de Private Practice. Primeiro porque não sou fã de temas relacionados a exército e guerras recentes. Segundo porque os casos médicos de Private não são do tipo que chamam a minha atenção normalmente.
Mas a Lizzy me emocionou. Bastante. Não consigo imaginar o quão difícil é para uma mãe cega ter que criar uma filha sozinha. E ainda havia a vontade da mãe do Eric em querer que o filho “vivesse” por meio da criança. Achei bonita a atitude do Pete em inventar uma mentira para que o bebê ficasse com a mãe e a avó se afastasse, embora não considere isso a atitude mais ética do mundo e pense que seja uma mentira muito fácil de ser descoberta.
Entendo a relutância da Amelia e concordo que a Natasha teria condições melhores com a avó. Só que… separar uma filha da mãe, quando ela tem capacidade de cuidar da criança? Um pouco cruel demais. Fiquei super satisfeita em ver como este caso teve um final feliz e com a melhor solução para a Natasha.
Encerramos de vez o ciclo do estupro da Charlotte e finalmente temos aquele sentimento bom de justiça sendo feita. Eu gosto muito do Sam nessas horas polêmicas; ele era o cara certo para descobrir que o Lee estava no hospital e só ele tem a frieza e racionalidade necessária para não deixar com que a raiva tomasse conta e ele mesmo decidisse o que fazer com o paciente. Se não fosse ele, seria a Naomi.
Uma cena que achei linda no 4×13: a Charlotte dizendo que perdoa o Lee. Não sou uma pessoa religiosa, só entro na igreja para assistir casamento. Mas acho que o perdão é uma arma poderosa. Para alguém perdoar o seu agressor, ainda mais quando ele fez algo tão brutal, é preciso muita força de vontade e virtude. E crescer. E ter coragem de finalmente sair do buraco, tomar o controle da própria vida e seguir em frente.
Não foi maravilhoso ver a Charlotte dizendo que o escritório dela é somente o escritório?
– Do you really not understand or you just need to blame someone for what happened?
– What difference does it make?
A história da Addison com a Bizzy, que estava sendo tratada em banho-maria, me prendeu demais nessa reta final. Até os minutos finais, só estava pensando que seria mais uma briga boba entre mãe e filha e a Bizzy voltaria para New York culpando a Addison pela morte da Susan.
Suicídio sempre é algo pesado e que dá polêmica. Sabíamos que a Bizzy era completamente infeliz com o Capitão e a única coisa que a fazia sorrir era a Susan. Sempre podemos especular sobre os motivos que levam alguém a se matar, mas é difícil afirmar com toda certeza o que aconteceu, só aquela pessoa sabe o quanto ela pode aguentar e o tamanho do seu descontentamento.
Agora vem um pouco de spoiler de outra série, se você estiver assistindo à primeira temporada de Nip/Tuck, é por sua conta e risco. Para continuar a leitura, é só pular o parágrafo seguinte.
Fiquei ainda mais impressionada com a morte da Bizzy porque, no dia anterior, terminei de assistir à primeira temporada de Nip/Tuck e uma das personagens também se suicida tomando remédios em um hotel. As circunstâncias eram diferentes (a Megan descobriu que o câncer voltou e tinha pouco tempo de vida), mas a forma de morrer era a mesma. Em Nip/Tuck, foi mostrado todo o processo, desde o que tomar, como morrer, com um belo por do Sol ao fundo. A dor que o Sean sentiu ao ver que a mulher que ele ama iria morrer e ele não poderia fazer nada – a não ser ajudá-la a encerrar de vez com o sofrimento – foi triste e tensa demais. Combinado com a música Rocket Man, de Elton John, não tinha como não cair no choro.
Se você pulou o spoiler, pode voltar. Agora estou curiosa para saber como a morte da mãe afetará a Addison. As duas pareciam que iriam começar a se dar bem, a Bizzy deixou uma Addie cheia de esperanças e bons sentimentos voltar ao hotel apenas para encontrar o seu corpo. Será que a Addison vai se enterrar na depressão ou vai dar uma surtada?
