Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Private Practice 4×15 – Two Steps Back

Por: em 2 de março de 2011

Private Practice 4×15 – Two Steps Back

Por: em

É com muita, mas muita dor no coração que eu digo a seguinte frase: Private Practice ficou bem melhor sem a Addison. Sinto muito quem gosta da personagem em Los Angeles, mas eu não consigo, principalmente se comparo com a grande médica e pessoa que ela era em Seattle. Este episódio, sem a interferência da Addie perdida na vida, sem saber se fica com o Sam ou não, sem saber se cede ao Rodriguez ou não, ficou bem melhor. Todos os outros personagens tiveram seus bons momentos e todos os casos tiveram um ótimo desenvolvimento (embora alguns não sejam tão originais assim – ou sou eu que assisto séries médicas demais).

Two Steps Back fluiu tão naturalmente que eu só percebi que a Addie não estava em cena quando o pessoal estava lendo o livro da Violet na parte em que a psicóloga se refere à ruiva. Eu só costumo não sentir falta da protagonista da série em Gossip Girl! O lado bom disso tudo é que eu percebi que Private Practice tem força para seguir muito bem sem a Addison e, bem lá no fundo, eu começo a torcer para que isto um dia aconteça (e que a Addie volte para Seattle).

Mas, voltando ao episódio, gostei demais da Violet mostrando o rascunho do livro reescrito e jogando na cara de todo mundo que eles não são tão perfeitos como pensam que são. Claro que não tiro a razão deles em ficar indignados – ninguém gostaria de ter um amigo expondo ao mundo todos os seus defeitos desta forma tão crua -, principalmente o efeito em alguém como a Amelia, que sempre é dita para usar de um filtro antes de falar.

Achei estranho que a Violet tenha cometido esse tipo de atitude. Ela falando de todas as pessoas ao redor parece mais que quer desviar a atenção dela para os outros fazendo fofoca (e não sempre usando-os como exemplos de vida). Sempre achei que a Violet, como psicóloga, entenderia melhor do que qualquer outra pessoa na clínica que não é nada bom ficar toda hora se comparando com os outros.

O melhor mesmo foi o Cooper provando o que a Violet disse sobre ele: imaturo. Tudo bem que ele estava com grandes problemas com a Charlotte, mas não precisava agir como criança contrariada o tempo todo. Ainda acho que a Char é mulher demais para ele, mas concordo quando dizem que eles são um ótimo complemento exatamente porque ele precisa que alguém cuide dele e Char não aguentaria ficar com alguém como ela.

Foi muito interessante ver o confronto da Char com a Amelia. Gostei do fato da Char não estar brava só pela amiga ter beijado o Cooper, mas também porque ela se sentiu traída pela Amelia. Justo a Char, que sempre diz que não é amiga de ninguém. E achei muito bom uma não brigar achando que a outra é uma vadia ou algo do tipo. Sem cair em clichês machistas.

Tivemos dois casos que chamaram muito a minha atenção. Primeiro a da Andi (a querida Lisa Weil, a Paris de Gilmore Girls), com múltipla personalidade. A priori, eu lembrei de United States of Tara, uma das melhores séries da midseason, em que a protagonista sofre do mesmo problema.

Apesar de ter sido um caso simples, é totalmente compreensível o porquê da Andi começar agir dessa maneira. Ela se sente sozinha. É difícil ter a pessoa mais próxima de você mudando de Estado.

O outro caso foi o da Tanya, uma garota com síndrome de down que engravida. Talvez seja eu que vejo séries demais, mas não é a primeira vez que eu vejo uma menina com síndrome de down engravidando sem saber. Só tem esse tipo de trama para eles? Criatividade foi dar um passeio.

Este caso serviu para aproximar o Sam e a Naomi. A Nay se via na pele da Erin e não entende como uma mãe (ou avó) como ela poderia recusar cuidar do neto, esquecendo que as pessoas têm motivações diferentes na vida. Pessoalmente, acho que a Nay está errada em ficar com a Olivia e deixar que a Maya vá estudar do outro lado do país. Afinal, quem é a mãe da criança e precisa aprender a lidar com a criatura que botou no mundo? Nem falo do pai, que foi totalmente descartado da história. Compreendo a vontade da Nay em dar uma chance para a filha, mas a Maya (e o marido) têm responsabilidades com a criança!

Fico curiosa em saber como o triângulo Sam- Addie-Nay irá se desenvolver. Se, por um lado, eu adoro Sam e Naomi juntos; por outro, a Nay foi super hipócrita em beijar o namorado da amiga.

P.S.: Acho muito besta brigar por causa de um anel (ou ficar bravo pela ausência dele, como o Cooper estava). Até parece que ele é mais importante do que o sentimento de um pelo outro.

P.S. 2: Private Practice volta com episódios inéditos em 17 de março. =)


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

×