Não gostei muito da história da Amelia em Love and Lies, mas gostei do fato de ela ter uma história a ser desenvolvida! Afinal, a mulher chega em Los Angeles prometendo aprontar poucas e boas, mas os roteiristas ainda não deram um arco decente para ela. A não ser que eles chamem de “trama” o fato de ela ser língua solta e fazer o papel de irmãzinha caçula da turma.
Talvez por eu ter assistido todo o drama da 13 com Huntington em House, não achei muito comovente a doença da Michelle ou a reação dela ao descobrir que a amiga tem o gene do mal. Achei bem estranho a Amelia, que se mostrou tão racional até agora, querer mentir para a amiga sobre o diagnóstico, por mais que o motivo seja forte, não me pareceu ser normal. É como o Pete disse: ela é médica, uma pessoa de confiança para um paciente; não é certo mentir desse jeito.
Mas admito que foi bem bonito quando a Amelia tentou convencer a amiga de que a vida vale a pena ser vivida enquanto a doença não se manifesta. E que, se a Michelle chegar nesse estágio, ela mesma irá tirá-la do sofrimento. Isso é que é amiga de verdade.
Comecei a review falando da Amelia, mas o 4×16 só serviu mesmo para que soubéssemos os motivos da saída da Naomi da série. Os rolos com o Sam, o drama da Addison, o Fife voltando por ela, todo o clima ruim da clínica. De vez em quando, a gente precisa mesmo de uma mudança de ares para nos encontrarmos – a Addison que o diga!
Um outro momento interessante do Love and Lies foi o estouro do Sheldon com a Charlotte. Coitado, servir de “ombro amigo” para todas as mulheres do trabalho, fazer o “trabalho chato” (nas palavras dele) dos namorados sem ficar com a parte boa é uma situação muito estranha. Elas deviam, ao menos, seguir o caminho natural para um psicólogo e pagar pelas consultas.
A Step Too Far não foi muito melhor do que Love and Lies. Talvez eu é que esteja de paciência um pouco curta nestas duas semanas, mas achei os dois episódios mornos demais (sendo justa, o 4×17 foi um pouco melhor). Eu devia ter me emocionado com a saída da Naomi, mas como já sabia do spoiler, o impacto foi bem menor. Parei de vez com todos os spoilers!!!
Em A Step Too Far, o que valeu mesmo foi ver que o casal Sam e Addison pode ter chegado a um fim (pelo menos, é o que eu torço – já que nunca fui fã dos dois em um relacionamento amoroso). Quando vi a Addison vomitando, o primeiro pensamento foi “ela está grávida do Sam, eles nunca vão se separar”. Imaginem a minha felicidade ao ver que a Addison finalmente bateu o pé e decidiu realizar o sonho dela com ou sem o namorado.
Mas achei estranho a Amelia ter ficado tão empolgada com a possibilidade de ser tia do possível bebê. Há alguns episódios, ela literalmente correu da “noite das garotas” porque elas não paravam de falar de filhos.
O caso da Addison neste episódio foi mais interessante (e serviu como metáfora para a vida da personagem). Uma coisa que gosto das séries da Shonda é como um caso como esse, fácil de ser julgado sem dó, recebe uma atenção especial e os médicos (bem, a maioria deles) não fazem juízo de valor baseado em preconceitos. Geralmente há uma discussão sobre os dois lados do problema e a solução mais ética é a aplicada.
Outra parte boa foi ver a Violet surtando por causa de uma review ruim do livro. É uma situação bem recorrente nas séries, mas eu sempre gosto de ver alguém tendo que enfrentar o próprio ego e expectativas e superar o fato de que nem todo mundo pode gostar do que você escreveu – mesmo que tenha saído das suas entranhas.
E foi mega fofo o Sheldon perguntando para o Cooper se podia sair com a crítica que detonou o livro da Violet. Quero que ela apareça por mais alguns episódios e bagunce um pouco mais a Oceanside.