“Something borrowed, something blue”
Com um título destes, já podíamos prever que aconteceria um casamento neste episódio – e não podia ser de mais ninguém a não ser do casal controvérsia Charlotte e Cooper. Logo de cara, vimos uma bela noiva e um noivo dizendo que não deviam se casar, usando aquele velho recurso de voltar algumas horas (ou dias) no tempo para contar o que aconteceu até aquele ponto.
Eu não consigo ficar imparcial quanto à Char. Achei lindo demais ela pedir para a Amelia ser a madrinha dela, já que as duas tinham problemas com bebida, foram às reuniões do AA juntas e isso significa serem “melhores amigas”.
Como em todo o casamento (ou episódio com um), o foco das atenções sempre é a noiva. Mesmo que eu tenha me espantado com a Naomi voltando da África do nada – assim como o Fife, que também surgiu das trevas só para stalkear a Nay -, nada em Something Old, Something New desviou os meus pensamentos no desastre que a união da Char com o Cooper poderia ser.
Pelo andamento da história, eu podia jurar que só eu e poucas pessoas não concordávamos com o casamento e que eu veria a Shonda Rhimes dizer no Twitter que Char e Cooper são o casal preferido dela e ficarão juntos para todo o sempre com a aprovação de todos os personagens que ela já criou. Por mais cheios de frescuras e “não-me-toque” que os pais dos (dois) noivos possam ser, não esperava que eles fossem contra a união.
Também não esperava que o Cooper contasse aos pais todos os detalhes do relacionamento dele. Não vou julgá-lo mal por fazer isso; acho que isso é ter uma baita confiança nos seus pais e é bonito ver alguém com este tipo de relação com os progenitores.
Mas ele tinha que ter pensado um pouco melhor sobre o quê ele iria falar, né? Só desabafar as brigas e fazer da mulher o diabo não faz com que as pessoas que ouvem a reclamação fiquem muito a favor do outro lado. Foi bem injusto os pais do Cooper terem tratado a Char tão friamente e recebido a Violet como se fosse uma filha – só faltava eles falarem que o Cooper tinha que casar com a psicóloga!
Por outro lado, achei digna a forma como a Char lidou com a frieza dos pais do noivo.
Não posso deixar de comentar: o que foi aquele vestido da família da Char? Gente, como ela usou aquilo no primeiro casamento e a mãe queria que ela usasse no segundo? Não pode, aquilo é feio demais, com certeza dá azar.
Para quem não era a favor deste casamento, achei ótima a ideia de eles irem casar em Las Vegas, longe de todas as energias negativas que os convidados estavam jogando neles, direta ou indiretamente. O Cooper estava certo, o casamento é para eles; os convidados são acessórios e não podem ser tratados como as estrelas do dia (ou do relacionamento) e ser mais importante do que o casal.
Não achei nada convincente o motivo pelo qual a Nay voltou para a clínica. Era melhor ela ter voltado somente para o casório. A única coisa que prestou na volta dela foi a Addison contar que terminou com o Sam e a Nay ter dado um gelo. Queria que elas voltassem a ser amigas e que o Sam seja passado bem enterrado para as duas; como ele se atreve a acusar a Addison de ser egoísta e não pensar no “mal estar” que o relacionamento deles causou nele, na Nay e na Maya.
Por causa do grande evento do episódio (da temporada, ouso dizer), não prestei atenção à investigação da Violet. Sinceramente, não consegui não sentir uma ponta de prazer ao ver que a clínica estava mergulhada em problemas e poderia terminar por causa desse drama com a Violet.
Mas também fiquei com uma ponta de “saco cheio” ao perceber que a grande história da season finale pode ser, de novo, focada nela. A Violet da temporada passada era legal e foi uma trama muito bem escrita, mas não sei como isso pode acontecer de novo, não com esta personagem chata de agora. A gente não tem mais a mesma empatia por ela.