A season finale não foi dupla, mas bem que poderia ter sido. Os dois episódios conversam muito bem um com o outro, como se fossem feitos em sequência mesmo. Em God Bless the Child, tivemos a manhã seguinte do casamento da Charlotte com o Cooper e parece que as coisas foram muito bem. Todos os casais em clima de romance, menos Addison e Sam, cada um lidando com o rompimento da forma como conhece.
O melhor do 4×21 foi eu voltar a me interessar pelos casos médicos. Fiquei chocada com a Patty ainda estar grávida após o aborto e como o trabalho está afetando a Addie. E depois, não esperava que a Betsy fosse voltar à história um dia, achava que a Shonda a deixaria de lado para sempre.
Aliás, abrindo um parênteses: Grey’s Anatomy e Private Practice tiveram que lidar com os temas aborto e adoção quase ao mesmo tempo. Por mais que eu ame as duas séries, fica difícil não comparar as duas com temas tão parecidos quase na mesma semana.
Voltando à review, achei digno a Betsy rejeitar a Violet, que se tornou uma chata egocêntrica nesta temporada. Se antes ela se preocupava em fazer o seu trabalho e ajudar os outros, agora só pensa nela mesma. Fiquei muito feliz com a Naomi adotando a menina, ela é mesmo a pessoa certa para isso. A Nay realmente quer ajudar os outros e não seria nada justo a Betsy voltar ao orfanato se tinha alguém disposto a cuidar dela.
Quem não se revoltou com os pais adotivos da Betsy, de devolverem a menina para cuidar do outro filho? Gente, esse tipo de pessoa não merece nem ter filhos!
A Nay estaria perfeita neste episódio se não tivesse agido errado com a Patty. É exatamente este tipo de coisa que está fazendo a clínica ser investigada. Não que a atitude do Sheldon em conversar com o Matt sem a permissão dos pais seja certa – embora tenha ajudado a esclarecer o que aconteceu com a Betsy, eles não podem passar dos limites dessa forma. É difícil, mas eles não são crianças aprontando.
Admiro muito a Addison por fazer o aborto na Patty mesmo ela não querendo fazê-lo. E a Nay por ter ficado ao lado da Patty mesmo sendo contra o aborto. Um médico tem que respeitar a escolha do paciente acima da sua opinião. Pode ser o contrário do que o profissional está pensando na hora, mas se você é capaz de realizar aquele procedimento, precisa ajudar o paciente. Isso vale para qualquer profissão.
Com isso, já sabemos que os caminhos do episódio 4×22 serão os dramas pessoais da Violet e seu narcisismo, Amelia e o alcoolismo (em menor grau, é verdade) e a clínica quase se desfazendo.
Por todo mundo estar fugindo da clínica e querendo tocar suas vidas fora daquele lugar, até parecia que Private Practice foi cancelada ou estava prestes a ser. Fiquei apreensiva em ver todo mundo abandonando o lugar e aquelas pessoas a quem chamavam de “família”. A Addison perguntando ao psiquiatra quando a vida dela iria mudar me lembrou muito a velha Addison em Seatlle querendo uma mudança de vida após o fracasso no casamento com o Derek. Não iria me surpreender nem um pouco se ela tivesse ido mesmo para Fiji com o cara que conheceu no supermercado (e nem largadona, com blusão velho essa mulher consegue ficar feia, hein!). Ou fosse para a Amazônia se Off The Map não tivesse sido cancelada.
No final, a única despedida de verdade que tivemos foi a da Naomi e do Fife. A Nay finalmente vai para New York ficar com a Maya e a Betsy tem uma ótima família. Mesmo não sentindo muita falta da Nay durante a temporada, achei linda a despedida dela da série. Claro que não tem nada que a impeça de voltar para visitar os amigos, mas ela não será mais um personagem fixo.
Gostei muito do Sam querendo lutar pela Oceanside. Era difícil ele lutar sozinho e ele não tinha nem forças para convencer os colegas a ficarem, mas pelo menos mostrou resistência. Parecia que o Sam era a única pessoa que se importava com o local e com o emprego. Por isso, eu até perdoei ele e a Addie juntos de novo (mas tenho certeza que vou me arrepender disso assim que começar a quinta temporada).
Também gostei muito do Pete tomando uma atitude e gritando com a Violet que o mundo não gira ao redor dela. Alguém precisava falar isso. Embora não tenha visto nenhum motivo tão grande para a Violet não ir fazer a turnê do livro se ela acha que esta é a coisa certa a fazer, alguém tinha que dizer umas verdades. Começo a querer que a Violet é que fosse embora ao invés da Nay.
Tivemos bons cliffhangers para setembro. Eu sempre torci para a Amelia ter alguma história e ela finalmente tem uma! E pode dar muito pano para a manga e levantar discussões boas sobre o alcoolismo e o que fazer para ajudar alguém com este problema. Temos também a Addison mais do que nunca disposta a ter um filho e o Sam aparentemente concordando com a ideia, o Pete tendo um ataque cardíaco e, claro, a clínica quase se destruindo. Falei muitas vezes que queria a Addison fora dali, mas durante as cenas no aeroporto, percebi que queria que ela voltasse e lutasse pela Oceanside. Quem sabe assim, teremos uma Addison forte de novo. Até setembro!
