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Private Practice – 5×01 God Laughs e 5×02 Breaking the Rules

Por: em 12 de outubro de 2011

Private Practice – 5×01 God Laughs e 5×02 Breaking the Rules

Por: em

Para esta temporada de Private Practice, a Cristal e eu decidimos dividir as reviews. Uma semana eu escreverei; na outra é ela quem tomará conta. Esperamos que gostem da mudança 😉 Para começar, peço desculpas pelo atraso da review; por problemas pessoais, a Cristal não conseguiu escrever sobre a season premiere.

Gostei da mudança na introdução e fechamento dos episódios, com a Addison conversando com um terapeuta que sempre fica nas sombras. No começo, me perguntei se não iam dar uma chance para o ator aparecer, mas, pensando melhor, ele tem que ficar escondido. Senão, ele será mais um personagem a ser introduzido na história e não mais o profissional que a Addison precisa para colocar a cabeça em ordem. Achei uma boa saída para a personagem poder se expressar sem ser em voice-over (narrações) e sem se envolver demais com ele.

Porque se conhecemos bem a Addie, era capaz de ela ficar com ele e criar mais problemas.

God Laughs começou exatamente onde a quarta temporada terminou: com o Pete sofrendo um ataque do coração e a galera fazendo o que faz de melhor, ou seja, festejando, transando, fugindo dos problemas.

Eu queria muito dizer aqui que fiquei apreensiva pelo Pete, que fiquei triste com a condição dele, que fiquei tensa com a angústia dos personagens e do Lucas. Queria mesmo. Mas nunca fui uma grande fã dele e, mesmo dando razão a ele nos problemas com a Violet (outra que eu praticamente não dou a mínima), não consigo sentir muita empatia.

Já sabia que o Pete não morreria (na verdade, eu duvidava que a tia Shonda Rhimes mataria um personagem importante tão cedo), então foquei minhas atenções em outras coisas: a Amelia descontrolada. Depois de passar uma temporada pedindo, finalmente a neurocirurgiã terá uma história. Só sinto muito que a bebedeira vai gerar muito atrito entre ela e a Charlotte, ao invés de serem amigas.

A única coisa que achei falha foi como a Amelia, super bêbada no bar, ficou sóbria tão rápido na hora de operar o Pete. Não acho que alguém nesse estado alterado de consciência conseguiria fazer um bom trabalho, ainda mais uma cirurgia.

Não me empolguei muito com a season premiere, mas o segundo episódio aumentou minhas expectativas. Quer dizer, a coisa mais importante do primeiro episódio foi saber o nome do “cara de Fiji”, Jake Reilly. Logo no começo de Breaking the Rules, eu percebi que finalmente estou aceitando a Addison em Los Angeles. Demorou, mas aconteceu. Enquanto ela contava para o terapeuta sobre o tempo em que morou no trailer do Derek, eu não senti vontade de dizer “então, volta para Grey’s Anatomy, sua linda”. Eu me diverti relembrando aqueles bons tempos.

Mas acho que me conformei porque a Addie está conseguindo realizar os seus sonhos independente da vontade do Sam. Além disso, foi divertido ver as entrevistas de emprego e ela fugindo do Jake a todo custo. De verdade, não achei que ele queria o emprego na Ocean Wellness só para perseguir a ruiva e acredito mesmo que ele vai ser uma boa adição à clínica. Ele é engraçado, conhece alguns dos caras, se entrosou bem com a equipe. Perfeito.

Mesmo eu não me importando com o casal problema, não dá para negar que eles foram um dos destaques do 5×02. Pete querendo voltar logo a trabalhar para fugir do casamento e a Violet sendo a enfermeira porque se preocupa com o marido. Desta vez, tomei partido da psicóloga, ela tem todo o dever e direito de ajudar alguém que ela ama. Entendo a reação do Pete, mas não consigo concordar com o que ele está fazendo. Ele também precisa de ajuda.

O outro destaque ficou com o Cooper, obviamente. Nunca senti tanta raiva de um personagem como senti dele agora. Ok, não sou a maior fã dele, mas estava disposta a dar uma chance porque ele está com a Charlotte, minha favorita em Private. E aí ele age como um idiota após o estupro dela. E faz uma grande besteira quando a clínica está sob vigilância. Uma besteira enorme, falta de respeito e muita imaturidade. Que me faz questionar, de novo, quem é a criança nos casos que ele cuida.

Eu compreendo os motivos que levaram ele a roubar o cordão umbilical. Só que a vida não é sempre cor de rosa e eles, como médicos (que deveriam ser) éticos, têm um código a seguir e respeitar. Em nenhum momento ele poderia ter feito o que fez, por nenhum motivo, por mais nobre que seja.

Toda vez que ele faz alguma besteira “porque o paciente é especial” eu lembro da Bailey dizendo para a Izzie: não se apegue ao paciente. Isso me faz pensar que o Cooper não é um bom médico. Não digo que médicos devem tratar os pacientes friamente, como robôs que não se importam; só que não podem desrespeitar o direito de outros para que um terceiro seja beneficiado. Não é assim que as coisas funcionam.

Também não gostei da atitude da Charlotte. É o marido dela, mas ele fez besteira e merece ser punido. A Violet está sendo punida pelos erros dela. A Amelia também fez uma grande burrada (ou deslize, já que é viciada) e teve um castigo bem aplicado. E o Cooper, vai ficar por isso mesmo? Ele quebrou a confiança dela, invadiu o sistema, forjou uma assinatura e fica tudo bem, porque salvou a vida de uma criança? Por mais que eu sinta empatia pela Kerri e tenha achado ruim a família não querer liberar o cordão umbilical do filho falecido, ainda acho muito errado o Cooper sair livre dessa.

E que pele (e corpo) maravilhosos tem o Taye Diggs, hein?


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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