Finalmente a Shonda Rhimes está tornando a Violet e o Pete em um casal tolerável ou eu estou aceitando melhor os dois. Eles ainda não ganharam o meu coração (nem como um casal e nem como personagens individuais) e eu quero esganar o Pete toda vez que ele grita com a Violet – porque já cansei dessa história – e também quero distância da Violet quando ela volta a falar do casamento, mas já estou começando a suportá-los quando o assunto não é a família dos dois.
No Pete, eu gosto quando ele conversa com o Sheldon e o faz assumir que está desenvolvendo sentimentos pela Amelia e cuidando de pacientes. Da Violet, gostei dela desabafando com a Addison sobre o problema com o Conselho, dando uma de doida e gritando. Começo a aceitar os dois quando a Violet não analisa o Pete, que sai berrando da sala.
A Amelia foi a grande estrela tanto de Step One como de If I Hadn’t Forgotten… Tanto no episódio da quase morte e da morte da Michelle como nas consequências que isso teve sobre ela. Ela passou a quarta temporada praticamente sem trabalhar e sem ter uma história decente, mas os roteiristas estão compensando com este ótimo arco sobre a dependência alcóolica (e agora química?) da médica.
Foi interessante ver os flashbacks da Charlotte e entender o porquê de ela ser tão protetora em relação à Amelia. Ver o que aconteceu com ela, como ela se tornou uma viciada e quando ela se tocou que precisava buscar ajuda. Como em muitos casos de “mudança de vida”, a personagem precisou passar por um grande susto antes de tomar outro rumo e acho que a Amelia deve seguir o mesmo caminho. Acho difícil que ela decida se tratar da dependência só tendo todo mundo na clínica insistindo para que ela vá. Agora que o Sheldon já sabe o que sente por ela, acredito que ele deve ser um dos que mais vai interferir, junto da Char. Isso e o fato de ele ser o único psicólogo estável na clínica.
Esse episódio da Amelia pode ser um bom refresco para a lenga-lenga de Addie e Sam. Como ex-cunhada e considerando a Amelia a caçula da família, a Addie deve se empenhar ao máximo para ajudar – espero que aconteça antes de ela ficar meio maluca com os hormônios da gravidez.
Eu gosto da trama da Addison em busca da sua felicidade e tendo um bebê mesmo que o Sam não queira. O que me incomoda é que o próprio roteiro está dando várias dicas de que o casal não pode ficar junto. Depois da história da princesa que, na visão da Addie, escolhe ver o seu amor ser feliz com outra e do Jake questionar que tudo entre a Addie e o Sam é feito pela metade, não consigo ver como eles ficarão juntos por muito mais tempo.
Por outro lado, o Sam admitiu que traiu a Addison e ela levou na boa (ok, o discurso do Sam foi bonito). Fico pensando se ela não está com o Sam só porque não quer passar por isso sozinha ou se tem uma esperança inconsciente que o Sam vai se tornar uma figura paterna para a criança.
Dos casos, além da Michelle (que não considero um “caso da clínica” porque era um acordo feito entre duas amigas), o único que me chamou atenção foi o do Ollie e seus estressantes pais. Achei sensacional saber que o que esses pais fizeram com o filho mais novo pode ser considerado abuso infantil, porque é o que eu acho que é mesmo. Eu entendo o sentimento de querer dar ao filho a oportunidade de estudar nas melhores escolas, de querer que ele seja o melhor, principalmente no sistema de ensino dos Estados Unidos, onde precisamos fazer mais do que prestar um vestibular. Mas sem exageros. Não dá para cobrar que o filho se torne um mini adulto enquanto ele tem que aproveitar a infância e, muito menos, forçá-lo a aparentemente desenvolver uma doença que ele não tem para que seja privilegiado na escola.
Gostei do que o Cooper fez. Meu primeiro impulso foi o da Charlotte, de chamar logo a assistência social, mesmo lembrando que colocar uma criança no orfanato não seja a melhor das alternativas. Por isso, achei muito boa a alternativa do Cooper. Concordei com alguma atitude dele, finalmente!