Antes de começar a review, tenho um recado da Cristal, que dividia comigo as opiniões sobre Private Practice:
“Peço desculpas pelo atraso das reviews aos nossos leitores sempre tão queridos. Eu e Bianca dividiríamos a série nessa temporada, mas o meu TCC e minha cachorrinha doente não deixaram. Deixo PP em boas mãos e fico aqui torcendo pra que tudo dê certo com a futura gravidez de Addie.”
Cristal, desejo melhoras para a sua cachorrinha e boa sorte com o TCC! Tenho certeza que este é o desejo de todos que acompanham o Apaixonados por Séries.
Agora, vamos à review. Com a Addison descobrindo a existência do Ryan e o estado da Amelia, era claro que ela iria fazer alguma coisa para tirar a irmãzinha do buraco. Analisando este episódio e o episódio duplo que marca o fim da exibição de PP em 2011 (mas a série volta rapidinho; dia 5 de janeiro já teremos episódios novos), fazia mais sentido que o 5×07 e o 5×08 fossem um só e o 5×09 ficasse para o ano que vem. Mesmo sem ter nenhuma referência ao Thanksgiving (esta data tão importante para os americanos), ficaria muito melhor para a história que ela se encerrasse no arco da Amelia. Mas isso é assunto para a próxima review.
Sobre o Ryan, não gostei do personagem de cara e a impressão ruim só aumentou conforme o conhecemos mais. Ele diz que não quer arrastar a Amelia para a miséria em que ele está, ao mesmo tempo que não faz nada para afastá-la. O discurso dele sobre a Amelia ser uma médica, bonita, inteligente e deveria trabalhar seria muito bonito se o que ele disse fosse verdade.
Fiquei com medo com o que poderia acontecer com a Amelia quando ela acordou no hotel e tinha homens estranhos no quarto. Quando vi a facilidade com que os amigos do Ryan saíram do quarto, percebi que era uma estratégia muito mal montada do roteiro para passar uma lição: que o vício em drogas pode levar a muitos outros perigos além do próprio vício. Mas podia ter passado a mensagem de outra forma.
Achei bem interessante a Addie ficar no meio da briga entre o Jake e o Sam e não ser um dos extremos da discussão, como geralmente acontece. Claro que isso também é uma metáfora para a vida dela: um bebê (representado pelo Jake) ou um relacionamento (o Sam). O caso é complicado porque mexe com muitas vidas (a da Shannon – a doadora –, do feto e da Lee Ann, que é quem vai receber o coração), sendo compreensível os dois médicos lutarem até o fim pelo bem de seus pacientes.
O Sam jogou sujo apresentando o Jake à força à família da Lee Ann, mas o episódio todo nos jogou contra o Jake, que queria porque queria lutar para que a Shannon pudesse ficar com o bebê, mesmo com poucas chances de sobrevivência. No final, a ação desleal do Sam é justificada porque o Jake precisava conhecer o outro lado da questão.
Este deve ter sido um dos poucos episódios onde eu não fiquei com vontade de xingar a Shonda por ainda manter a Violet e o Pete na série. Foi engraçado ver o Sheldon analisando e criticando os métodos da psicóloga por meio da caneta. De novo, a Violet estava levando tudo para o lado pessoal, sem entender que o trabalho do Sheldon com ela não era passar a mão na cabeça e falar que ela estava fazendo tudo conforme recomenda os livros da faculdade. Ele fez o que tinha que ser feito: analisou a forma como ela age com os pacientes e o quanto ele considera ser errado e/ou ineficaz. Não achei que ele tinha sido mesquinho ou qualquer coisa do tipo; pelo que conhecemos da Violet como psicóloga, ela impõe as opiniões dela aos pacientes e isso ela precisa mudar.
Sobre os métodos de análise, eu não tenho uma opinião formada a respeito: um terapeuta como o da Addie é ótimo porque faz a gente chegar às nossas próprias conclusões com o mínimo de interferência. Só que a gente tende a se abrir mais fácilmente com alguém que compartilha as experiências, então o método da Violet pode ser fora do convencional, mas funcionar muito bem. Só precisa de ajustes.
E foi bonito o Pete finalmente ficar do lado da esposa e parecer que está lutando pelo casamento. Achei que o timing dele foi errado (sério, conversar sobre a Violet com um Sheldon descontrolado super preocupado com a Amelia?), mas estava mais do que na hora de ele parar de culpar a esposa por tudo de ruim que acontece na vida dele.
Cooper e Charlotte continuam se entrosando com o Mason e com a Erica. Neste episódio em específico, achei um exagero a atitude da Erica ao ver a Char brincando com o Mason, sendo que ela é quem estava atrasada e não tem o direito de impedir a Char de entrar na própria casa. Entendo o sentimento de proteção depois do que a Char fez, mas a Erica tinha que dar uma chance à ela, que é a mulher do Cooper e não vai sair da vida do pai do Mason e do Mason só porque ela mandou.
Falando na Char, a melhor cena de Don’t Stop ‘Till You Get Enough foi protagonizada por ela e pela Amelia no saguão da clínica. Ela tem sido muito mais irmã para a Amelia do que a Addie, apesar do sentimento da Addie ser mais fraterno. O olhar de desespero da KaDee Strickland não podia traduzir melhor o que a gente vinha sentindo desde o começo da recaída da Amelia.
