O anúncio do cancelamento de Private Practice deve ter sido o que fez a audiência fugir deste episódio. Enquanto os três primeiros da temporada ficaram com mais de seis milhões de telespectadores, este acabou com 4.58 milhões. Uma pena, porque tivemos a apresentação de um novo médico e ele não veio de mansinho. Chegou botando banca, querendo mostrar trabalho e sendo fofo com a Amelia (ainda aposto num relacionamento entre os dois).
O 6×04 foi um pouco diferente do padrão de Private. Ao invés de termos os casos na clínica, tivemos uma super movimentada noite na sala de emergência, onde o James (Matt Long, de Mad Men)vai ser o manda-chuva no lugar do Pete (sério, só fui descobrir agora que ele era o chefe dessa ala do hospital; para mim, ele era um atendente geral com um pé na medicina alternativa).
Antes de entrar mesmo na review, um comentário: como é que ninguém num hospital, entre enfermeiros e médicos, percebeu que a Charlotte está grávida? Não precisa ser um médico novo para notar algo tão óbvio – é a primeira coisa que qualquer leigo pensa quando vê uma mulher vomitando feito doida. Mesmo a época da gravidez não é coisa de gênio, porque qualquer um que perguntar para a mãe vai descobrir que é no primeiro trimestre que costuma vir todos os enjôos.
Desta vez, por ser um episódio atípico, a única história pessoal que interessou foi a do Sam com a Stephanie e mesmo assim foi algo que a gente já previa. Apesar de tudo (e de dar a entender que eles terminaram de vez), eu comecei a gostar mesmo da personagem aqui. Fiquei com peninha quando a Pam – e a Tisha Campbell-Martin sempre vai ser a Jay, de My Wife and Kids para mim – começou a falar um monte de coisas sobre a Addie e o Sam, mas curti mesmo quando a Stephanie continuou sendo super profissional e não ficou de picuinha idiota com a Addie. Ela tinha todo direito de ficar brava com o Sam e é compreensível ela querer terminar o relacionamento. É horrível você descobrir que o seu namorado estava escondendo algumas coisas que você já tinha pedido para saber.
Indo para os casos, fiquei tão feliz quando vi o Nick de volta! Não pelo possível desenrolar da história (odiaria saber que ele sequestrou a Sarah e tinha liberado o lado pedófilo), mas porque essa história precisava de uma continuação. O Sheldon precisa continuar dando apoio ao Nick e ajudando-o a superar. Espero que o Nick não pare com a terapia depois da desconfiança do psiquiatra.
Também gostei muito do caso da Sarah e como a briga dos pais dela (junto do sumiço da garota) afetou o Cooper e o Mason. Gente, que gracinha foi o Mason ouvindo a parede tentando descobrir se não tinha ninguém “aparedado” como na história de terror e depois, preocupado com o que vai acontecer com a família dele se o Cooper e a Char se separarem. Vontade enorme de abraçar esse moleque!
E queria muito que ele encontrasse a Sarah. Espero que essa história não termine com esse cliffhanger; os pais não precisam se reconciliar, mas a menina podia aparecer sã e salva.
Falando um pouco do James, achei bem interessante terem mostrado a diferença que ele (e a gente) sentiu entre um hospital qualquer e o Saint Ambrose. O tratamento que a gente viu com o Cooper, a Addison e com a Violet foi bem ao estilo da clínica, que esperamos que seja um pouco mais personalizado e com toque humano do que um hospital cheio de gente entrando e saindo o tempo todo. Como o James veio de um hospital grande, ele ainda tem um pouco de frieza no contato com os pacientes, quer ordenar vários exames por precaução (que se mostrou necessária com o Todd) ao mesmo tempo que estranha demais a forma com que o Cooper estava lidando com a situação. Imagino o choque que ele sentiria se estivesse junto da Addison quando a Pam estava falando um monte sobre a vida pessoal da médica.
Fora isso, ele tem química com a Amelia e, se não rolar de eles terem algo a mais, só de eles serem amigos já me deixa bem satisfeita.
