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Private Practice – 6×05 The Next Episode

Por: em 15 de novembro de 2012

Private Practice – 6×05 The Next Episode

Por: em

Shonda Rhimes, fica a dica: nós não queremos um spin off de Private Practice com o Sam como protagonista. Com a Charlotte ou Amelia, talvez (embora o melhor mesmo seja vê-las em Seattle); mas não com o Sam, que se tornou um personagem desinteressante e apagado nas últimas temporadas. Este episódio com essa estrutura de documentário ficou muito aleatória na trama e muito fácil de imaginar que foi um teste real para um piloto de uma série nova, exatamente como a documentarista disse nas primeiras cenas. Shonda, você já fez isso antes, com um episódio de Grey’s Anatomy focado na Addison em Los Angeles e, embora aquele tenha dado muito certo – porque a Addie era uma ótima personagem, com uma ótima história –, não quer dizer que vai funcionar de novo. Até os motivos para um possível spin off são os mesmos da Addie: querer mudar de vida, se redescobrir, sair da zona de conforto.

Tirando este pequeno incômodo que senti durante o episódio inteiro, o 6×05 não foi ruim – muito pelo contrário! –, o que contrariou minhas expectativas. Quem acompanha as minhas reviews sabe que nunca fui a favor do casal Addie x Sam, mas não tinha nada contra o personagem em si, quando ele tinha uma história boa e interessante, o que estava difícil. Gostei bastante que mesmo com o episódio inteiro focado em um dos personagens, quase todos os outros tiveram ótimas cenas e boas falas.

A Shonda fez questão de reforçar que o Sam é uma pessoa extremamente boa, honesta, íntegra e inteligente. O que ele disse sobre odiar o termo “mãe solteira” foi muito bem construído, evidenciando o machismo que é dizer que uma mulher é uma “mãe solteira” como se isso significasse que ela fosse menos ou que ele tivesse tido menos carinho, atenção ou qualquer outra coisa do que uma pessoa que foi criada com o pai e a mãe em casa, e como isso o moldou e o inspirou em ser um dos melhores cardiologistas do país. Também foi muito bem colocado de forma até sutil o fato de ele ser negro e todo o racismo que deve ter sofrido para chegar onde ele está, porque as pessoas não acreditavam que ele poderia se tornar alguém importante baseando-se na cor da pele e o fato de não ter tido um pai presente. Ponto para o roteiro, de novo.

Outro ponto positivo, embora tenha ficado um pouco fora de contexto, foram as manifestações em busca da Sarah, mostrando que os médicos não esqueceram deste drama. Mas não acho que essas imagens passariam na edição final do piloto fictício, afinal o Sam mal aparece e tinha muito mais drama acontecendo na vida pessoal do médico. Só é meio chato que essa história de a mãe de alguém ter um caso (que não é somente um casinho, mas algo mais profundo) há tantas décadas já tenha acontecido em outra série da Shonda, né. Apesar disso, devo destacar que o discurso do Raymond e do Sam quando este deixou claro que ele é quem ele é por causa da Dee e não por causa do pai foi um dos melhores da série inteira, ambos os atores estavam maravilhosos e vulneráveis na cena. Lindo, lindo, lindo!

Saindo da esfera Sam, o Cooper teve momentos excelentes, mesmo aparecendo bem pouco. Ele falando sobre preferir documentários sobre crianças na África a reality shows: priceless! E depois falando sobre os custos de criar filhos em Los Angeles e perguntando se eles não estão interessados em fazer uma série sobre um pediatra. Olha, considerando o fato da Charlotte estar grávida de trigêmeos e ser a chefona do St. Ambrose, acho que daria um reality show mais interessante do que o do Sam que, corretamente, não queria expor a vida pessoal para as câmeras. Só que o Sam fica muito melhor nas câmeras do que o Cooper, convenhamos. O Jake não fica atrás, totalmente encantador nas lentes do documentário.

A Amelia também esteve muito bem, principalmente quando diz que tem um braço esquerdo bem forte e pode segurar o papel branco para esconder o rosto das câmeras e dizendo que não comeu hot dogs o suficiente para justificar estar em um churrasco, #gordinhasafada. E quero ver mais interações entre ela e o James 😉


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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