Em pleno meio de temporada espera-se assistir certa enrolação por parte de alguma série. Pois bem, Ray Donovan apresentou um episódio que traz alguns acontecimentos um tanto marcantes, mas que continua com o ritmo lento e usual que, felizmente, por enquanto ainda não compromete a qualidade do seriado.
Finalmente tivemos mais destaque no agente Van Miller e pudermos ver um pouco mais sobre ele. Suas alucinações por causa de LSD ao longo do episódio foram fantásticas e até chegaram a ser hilárias (como a parte em que seus bonecos se mexem e ele praticamente está dentro de Toy Story). Mas apesar disso, o personagem é, de certo modo, macabro e ameaçador. Sem contar o fato de que ele não desistirá tão fácil de seus objetivos, o que certamente o tornará uma pedra ainda maior no sapato de Ray.
O caso do episódio trouxe novamente a celebridade mostrada no Pilot, Deonte e, como sempre, não contribuiu em nada com a trama central. Mas vale destacar que isso não torna os casos chatos e desinteressantes, até porque eles não se arrastam por longos e intermináveis minutos, mas são resolvidos rapidamente. O problema novamente era sobre garotas, mas Ray logo cuidou de tudo. Ok, esse é seu trabalho, mas se todo episódio aparecer algum problema, chamarem Ray Donovan e ele resolver tudo vai tornar isso cansativo.
Quanto ao auge de “Housewarming“, vale frisar que o confronto entre Mickey e seu filho perto do fim foi excelente, sem contar que ocorreu na hora certa. Era óbvio que em algum ponto essa briga física que não levaria a nada grave iria acontecer, então nada mais apropriado que mostrá-la na metade de temporada, para que daqui um tempo tudo se acumule e exploda em algum grande acontecimento (aposto que algo parecido vai ocorrer na season finale!).
Os personagens secundários não trouxeram nada de inovador e continuaram na mesma coisa de sempre. Bunchy ainda tem traumas de sua conturbada infância, o que é totalmente compreensível. Terry apareceu por apenas alguns segundos e ele ainda não confrontou Frances, o que deve ocorrer nas próximas semanas. Connor e Bridget continuam na onda de desobedecer os pais, mas como viram Ray transtornado, fica interessante acompanhar esta dinâmica familiar no futuro.
Apesar de alguns elogios que faço aqui, a série ainda precisa melhorar algumas coisas. Seu ritmo, apesar de um tanto bom, precisa acelerar, pois em breve vai começar a cansar. Também vale parar para pensar que, desde que começou, a história de Ray Donovan teve pouquíssimo desenvolvimento, porque após algumas voltas, praticamente volta pro mesmo lugar de antes. Estamos na metade do primeiro ano e os roteiristas precisam se espertar se querem que o seriado ocupe o posto deixado por Dexter!
Observações:
-A cena final entre Ezra e Ray foi sensacional e apenas prova que o protagonista seria incapaz de atirar no próprio pai. “He’s still my father” “So… Who hates him more than we do?”.
-Quem será aquele casal que aparece nos últimos segundos? Será que eles tem alguma importância?
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