Esta semana Ray Donovan apresentou os mesmos erros do 1×04 – Black Cadillac. A trama central foi deixada de lado e as secundárias se arrastaram ao longo dos minutos. Resumindo: um filler e nada mais que isso. Uma pena, pois a série estava apresentando uma sequência bacana de episódios…
Comecemos por Mickey, eu apenas questiono: por quê? Por quê ele recebeu esse plot totalmente desnecessário e sem graça? O personagem, apesar de “vilão”, sempre serve de certo alívio cômico e agrada o público em quase todas as aparições. Mas por quê mostrá-lo flertando com uma desconhecida ao longo de intermináveis cenas? Além disso, o fato dele brincar ameaçando a tal mulher foi totalmente previsível, o que tirou a graça do ato. Pelo menos seus míseros últimos segundos, mostrando ele chorando por causa da filha, foram bacanas e mostraram mais uma vez que o vovô têm sentimentos.
A continuação da ameaça de Ray para Marvin também decepcionou. Simplesmente porquê não aconteceu nada. Claro que o protagonista não faria mal (ou muito menos mataria) um adolescente, mas talvez fosse interessante vê-lo perder a cabeça e/ou ameaçando fazer algo imprudente. Foi uma coisa que os roteiristas perderam a chance de fazer ao começar o episódio algum tempo depois da última cena do 1×07 – New Birthday. Ao invés disso, apenas vimos o adolescente na casa de sua falecida mãe.
Quanto a Bridget, foi totalmente clichê ela se revoltar contra os pais (e colocar o piercing escondido também foi). Seus “mimimi’s” ao longo do episódio chegaram a ser irritantes. Mas apesar disso, a finalização, com a reconciliação com Ray, foi extremamente satisfatória. Foi interessante perceber mais uma vez que, embora tenha milhares conflitos, esta família pode ser carinhosa (destaque para os três irmãos reunidos).
O episódio também prometeu explorar mais sobre a outra Bridget, irmã de Ray que se suicidou. Poderiam ter mostrado muito mais disso, ao invés de enrolar com coisas desnecessárias (a.k.a Mickey no spa). Claro que não há muito para ser mostrado sobre essa história, pois apesar de trágica, não é tão complexa, mas poderiam aproveitar mais detalhadamente as reações dos personagens diante da memória. Como curiosidade, a “comemoração” do aniversário de uma pessoa morta foi mostrado bem recentemente (e quase igualmente) em Devious Maids, outra série que estreou em pouco tempo.
Sei que geralmente não costumo criticar Ray Donovan assim, e sempre estou elogiando ou pegando leve com o que foi apresentado, mas “Bridget” foi um episódio que foi a gota d’água. A série já tem uma trama traçada e ao invés de enrolar poderia estar desenrolando-a (como por exemplo, o tal assassino não teve nenhuma aparição significante). Os personagens precisam ser desenvolvidos como em alguns casos aqui? É claro, mas para isso não é preciso frear a trama central.
Observações:
-Lena voltou a ter um pouquinho de destaque, mas foi apenas pra bater em outra pessoa. Ao menos foi divertido.
-Embora ele não seja muito simpatizante, a cena do Terry se confessando chegou a ser um tanto comovente.
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