Finalmente chegamos a season finale de Ray Donovan e a pergunta que surge é: o saldo da temporada é positivo?
“Same Exactly” resolveu de tratar as pontas soltas que ainda não tinham sido amarradas e fez isso de uma forma ótima, mas no final do episódio foi perceptível aquele leve sentimento de decepção. A série finalizou 99% de seus plots, mas agora fica a grande dúvida: E agora? O que teremos na segunda temporada? Ray Donovan não apresentou NADA que sugerisse o rumo que iria seguir e nem ao menos deixou um cliffhanger, no fim parecia mais um último capítulo de uma minissérie.
Sully recebeu o título de vilão e nos derradeiros minutos encontrou seu fim, derrotado por Ray e Mickey. Aliás, os dois voltaram a se confrontar – na melhor cena do episódio – e o protagonista, de certa forma, perdoou uma parcela dos erros de seu pai, mas ainda existem muitas mágoas restantes, que provavelmente serão mais desenvolvidas no segundo ano (como “o que Mickey fez para que Bridge se suicidasse?”) . Ray mais uma vez pediu para que o pai saísse da cidade, mas ele novamente decidiu ficar. Alguém duvidava que algo diferente acontecesse?
A família Donovan voltou a se unir e terminaram o episódio com um sentimento de família disfuncional e feliz. Será que alguém vai demorar pra estragar com tudo? Enquanto isso, Lena recebeu um pouquinho mais de destaque em uma cena em que fala sobre seu passado: a mesma foi salva por Ray. Sinceramente? Isso é totalmente clichê, mas não faz nenhuma diferença, pois (infelizmente) a personagem não tem nenhuma importância na trama.
No fim, o maior defeito de “Same Exactly” é tentar desesperadamente fechar suas histórias e se esquecer de surpreender o público e/ou criar algumas narrativas interessantes para serem exploradas no próximo ano, que fariam com que os telespectadores voltassem para os novos episódios. Entretanto, o saldo da temporada é bem positivo. Ray Donovan foi muito além de um procedural e mostrou alguns confrontos interessantes desde a sua estreia. Claro que ainda não é um dos melhores dramas da atualidade, mas é bom o bastante para interessar quem está assistindo.
Eu vou continuar, e você?
