Se o nome do episódio fosse “efeito colateral” seria até apropriado, Commitment se resumiu a danos colaterais – Amanda tinha que eventualmente calcular o quanto estava arriscando e quantas pessoas estão em perigo por causa de sua vingança. Normalmente nós só sabemos sobre os planos dela depois, mas logo na primeira cena descobrimos o que ela pretendia fazer agora, e como sempre, seus planos são feitos para atingir vários fins: se livrar de Emily e acabar de vez com o casamento dos Graysons. Amanda nem sequer deu a devida atenção a meia irmã Charlotte e isso me chocou um pouco, a imagem dela passou de uma mulher magoada querendo vingança, pra uma criminosa fria e vingativa, pelo menos pra mim. Já nem sei se ela está apaixonada por Daniel ou não, nem se ela vai recuperar quando tudo isso acabar.
Enquanto isso, pobre da Charlotte e pobre do Jack que ficaram no meio do fogo cruzado. Acreditem: não há nada mais doloroso pra uma garota do que ser desprezada pelo pai, pelo herói da sua infância, e Charlotte nem faz idéia do porquê de ter sido expulsa da casa do pai. Se ela descobrisse que não é filha de Victoria, isso nem seria problema, mas uma solução. Descobrir que não é filha de Conrad vai destruí-la, ou já destruiu porque é provável que ele não pague a escola de Declan, e a brincadeira de casinha vai ter de esperar.
Jack, por sua vez, teve seu coração partido de novo. Juro que queria socar Amanda, Jack não tem feito nada mais além de amá-la a vida toda. E depois de ser enganado e abandonado por Emily, tomou uma bela de uma surra. O único a colocar as coisas em perpectivas e chamar Amanda pra responsabilidade foi Nolan, alguém precisava dizer a ela o que pode acontecer com Charlotte, Daniel, Jack. O próprio Nolan já sofreu com isso a sua cota nessa história.
Revenge está ficando intenso a cada semana, as coisas estão ficando sérias. O divórcio de Graysons não é mais uma briga de poder, mas uma disputa de quem sai perdendo menos já que ambos estão presos a escolhas do passado. Mas agora, a série caminha rápido para os eventos do piloto: Daniel pediu Emily em casamento e logo logo teremos a festa de noivado.
Bem romântico o pedido de Daniel, se eu não fosse apaixonada por Jack torceria por ele, mas essa coisa de playboy, filhinho da mamãe que ele tem, não me deixa gostar dele. O melhor do pedido de casamento foi a cara de Victoria quando soube a notícia, nada apagava o sorriso forçado dela. A cara de surpresa e decepção de Jack também foi ótima, tirando Charlotte e os noivos, ninguém mais ficou feliz por este casamento. Aliás, destaque para o discurso lamentável de Ashley que resmungava mais uma vez como a vida é injusta, arhg!
Mas por incrível que pareça, a decepção de Conrad me comoveu, as lágrimas nos olhos dele ao conversar com Daniel sobre Charlotte me deram pena, ele pareceu pela primeira vez vulnerável, com um gosto amargo na garganta de decepção. Só não sei se por descobrir que não é pai de Charlotte ou se porque ela é filha de David Clarke.
E como eu havia previsto episódio passado, o advogado na verdade estava ajudando Amanda. Deu pra perceber logo quando ele disse que o exame de DNA de Charlotte e Emily bateu.
Eu só sei que esse jogo tá ficando perigoso cada vez mais e eu me pergunto que final para Amanda Clarke os roteiristas reservam, sim, porque não dá pra ela conseguir o que quer e viver feliz para sempre com Jack na praia, não é?
Bye all!
