Sempre achei muito superficial a abordagem dada a esse relacionamento entre Nolan e David Clarke. Tudo o que sabíamos era que este acreditou naquele, investindo em sua carreira, e também confiando-o a caixa infinito. Eis que neste episódio a história ganha um reforço com o acréscimo da tia de Nolan, que também foi funcionária de Conrad Graysson. Como sempre, o roteiro revela mais um ponto do caso de David já que, a cada episódio, entendemos um pouco mais sobre as acusações e sobre sua real parcela de culpa – e claro, sobre os responsáveis pela queda do avião.
A gente não pode pensar muito no “e se”, mas não seria muito esperto juntar provas contra Conrad e correr pra contar à David, isso é fato. Então, ainda que Nolan tivesse mais tempo, com tantas pessoas vendidas aos Graysons, talvez o destino de David fosse aquele mesmo, nunca vamos saber. Mas pra Emily, descobrir mais essa foi difícil, especialmente depois de entender os motivos de Nolan. Gostei de vê-la balançada, não há ninguém que pudesse compreender melhor os motivos dele senão ela, inclusive porque ele tem estado ao seu lado este tempo todo, o único amigo, aliás, a voz da consciência em muitos momentos.
Pode parecer óbvio pra muita gente, mas esses personagens são dúbios pra mim, em um momento acho que sei o que estão pensando e em outros parecem completos estranhos em suas atitudes; Conrad, por exemplo. De início ele me parecia quase submisso à Victoria, alguém sem pulso firme, que só estava a frente da empresa por causa do nome da família e que, diante de uma crise, colocava os pés pelas mãos, como foi o desastre de David Clarke. Mas aqui não, ele parecia inteligente, meticuloso e traiçoeiro. Conseguiu o apoio do filho num momento em que os dois precisam se ajudar para se reerguerem, e ainda de quebra, conseguiu Ashley como aliada (se bem que isso não quer dizer muita coisa.). Eu prefiro vê-lo enfrentando Victoria e tomando as rédeas da situação, a vê-lo de picuinha com a esposa pelos cantos.
Daniel também mudou muito desde o início de Revenge. Sempre critiquei essa imagem de revoltado dele, mas é visível uma maturidade depois desses acontecimentos, só que de vez em quando ele dá uma derrapada, tem hora que dá vontade de dar uns tapas neles de tão ingênuo que é. Depois de Conrad confessar tudo, ele foi até a mamãe pra perguntar se é verdade o que ouviu. Nessas horas eu penso que ele só pode ser filho adotivo porque não tem absolutamente nada dos Graysons no sangue.
E quando eu não estou querendo matar Daniel, quero matar Jack Porter – só que esse tem o desconto de errar querendo acertar, mal ele sabe que é apenas um peão nisso tudo. Pra complicar mais ainda as coisas ele contou logo pro Daniel que estava na praia naquela noite. Daniel, que não pode ver uma dose de Wisky que confessa tudo. Mais pra frente isso deve dar problema com certeza.
Charlotte crescendo cada vez mais me orgulha, tá ficando igual a mãe a cada episódio! E olha que ela tem sangue Clarke na veia (ou seria essa a razão dela estar ótima?)
Até mais pessoal!
