Mais um episódio lotado de viradas na saga que Revenge conta. Estava ficando um pouco incomodado com o fato da história da vingança em si ser deixada de lado e só focar na busca da mãe de Emily, mas depois desse episódio, as conexões ficaram muito mais claras e foi possível perceber que a série pisa em terreno seguro ao armar toda essa teia de acontecimentos que pudemos assistir nos primeiros quatro episódios. O desenvolvimento maior na relação da protagonista com o seu passado é algo super interessante de se ver, pois nos mostra um lado vulnerável de Emily, que ainda não haviamos encontrado até então. Essa personagem, tão dúbia, mostrou pela primeira vez uma fragilidade incrível quando se viu de frente com sua mãe. Mas como isso é fato do final do episódio, vamos por partes.
E dessa vez, para fugir um pouco da rotina, vou começar pelo lado mais chatinho da trama que é o envolvimento de Declan com seu amiguinho marginal Trey. Tava meio que na cara que tinha muito mais por trás dessas história do que tinhamos visto até agora, mas confesso ter me surpreendido com a relação direta entre Trey e o cara que teve sua casa ‘assaltada’. Sim, o cara pareceu estranho desde sua primeira aparição na série, com um ar de mistério totalmente incompreensível, mas ao mesmo tempo super paciente com o comportamento rebelde de um adolescente em crise – leia Declan. E não é que até o cara que foi vistoriar o bar estava envolvido nessa bagunça toda? Não ficou muito claro para mim o porquê dos dois quererem tomar o bar de Jack como pagamento, mas a trama parece caminhar nesse sentido, o que pode virar o jogo para o personagem que só tem esse meio como sua fonte de renda. E falando no Jack, parece que o cara anda em um baita inferno astral.
Depois de sua briga com Amanda por conta da inserção da garota na mansão Grayson, os dois parecem mesmo ter terminado aquele relacionamento morno, mas ao mesmo tempo estão em crise com a decisão tomada. E tudo só tende a piorar agora que Jack terá de lidar com o peso na consciência de que suas duras palavras podem ter sido as últimas que Amanda ouviu da boca dele. Me incomoda a falta de atitude do personagem em alguns momentos, que parece que vive em função das ações dos outros, nunca se mexendo para nada, sabe. Falta um pouco mais de personalidade para Jack e isso deveria ser explorado de alguma maneira agora que ele será pai – ou não. Amanda, mais uma vez, foi atrás da boa lábia de Emily e acabou aceitando participar de mais um dos seus planos. Volto no ponto de como a relação das duas é forte. Emily tem um poder incrível sobre Amanda que chega a ser inexplicável. O jogo de sentimentos que ela usa como artifício para convencer sua cúmplice é magistral. O legal é que dessa vez Amanda deu sua cara ao jogo.
Ri demais quando vi ela e suas ‘colegas’ entrando no hall da mansão Grayson para o chá de bebê – que não passava de mais uma das jogadas de Victoria para conseguir o que queria, quando na verdade estava sendo a maior das trouxas no momento. Mas mesmo tentando jogar a altura, Amanda não consegue se equiparar ao jogo pesado que Victoria e Emily fazem, sempre perdendo de algum jeito. Ao confrontar a matriarca Grayson sobre o passado de sua ‘mãe’, Amanda acabou passando dos limites e saindo do controle de Emily, o que resultou na sua trágica queda da escada (algo que Nazaré iria se orgulhar de ver – apesar da cena ter sido BEM mal feita). E a decisão entre Amanda e seu bebê foi algo meio pesado de se acontecer assim tão repentinamente, mas o episódio já dava indicativos de que isso aconteceria (mas não passou pela minha cabeça que aquele sangue do início seria de Amanda). Agora em estado de coma, Amanda deixa de ser um problema, mas Emily perde a ajuda expressiva de uma das suas principais aliadas.
Acumulando ainda mais fatos tensos para o episódio, Aiden não deixou de lado as informações que obteve sem querer sobre o paradeiro da mãe de Emily e foi atrás de saber com o que Gordon estava envolvido. Eu não sei se vocês entenderam muito bem, mas fiquei um pouco confuso para quem ele trabalhava. A princípio, existe uma organização comandada pela mulher enxuta que apareceu falando com o Conrad, organização para qual Gordon prestava serviços – um deles, matar Clarke. Nesse meio tempo, algo aconteceu e os Grayson se voltaram contra a organização que tinham contratado e passaram a ser inimigos, o que complicou toda a história. A personagem que conversa com Conrad pareceu bem direta quanto a encontrar o seu agente e, como sabemos que ele está morto, parece que as coisas podem complicar bastante para o lado da família Grayson.
Agora quem me impressionou foi Kara. Cara, eu jurava que quando conhecêssemos essa mulher, ela seria alguém cheia de remorsos e um passado todo estragado por causa das coisas que Victoria aprontou, mas não. Ela é só mais uma jogadora dessa batalha monstruosa. Ver ela tentando matar sua própria filha nos deixa claro o motivo de sua internação, mas ainda não sabemos qual o estado mental da personagem, o que a leva a fazer isso e etc. Aiden com certeza não gostou de ter conhecido a mulher e isso deve ser explorado no próximo episódio, já que a personagem voltou para o cenário principal da trama.
Foi bem tenso o momento em que Emily encontra sua mãe. Talvez uma das cenas mais fortes que o seriado já teve. Todo o desespero por lembrar as coisas que tinha passado com aquela mulher impressionaram e mostraram uma vulnerabilidade da personagem, que até agora vinha sendo um poço de forças, que pode mostrar uma nova vertente na trama, onde Emily, além de lidar com os problemas externos, tem que lidar com seus sentimentos para conseguir atingir os objetivos que pretende atingir. Quero ver muito mais desse lado da personagem, mais do passado dela com a mãe, mais de tudo que ainda não vimos. E por falar em coisas que ainda não vimos, não é que Nolan decidiu dar uns pegas com Padma? Tá que estava óbvio que isso ia acabar acontecendo, mas nosso nerd merece um pouco de felicidade. Depois da notícia impactante quanto a morte de seu pai, tudo levou para que os dois ficassem juntos e acho bacana o jeito com que Padma lida com Nolan, algo que sua ‘amiga’ Emily nunca chegou nem perto de fazer. Só me preocupei com o olhar estranho que ela deu ao ver a doação de David Clarke enquadrada. Espero que não venha uma decepção para Nolan por ai.
E no jogo de falsidade que leva a série, Daniel parece estar entrando na parada e não quer brincadeira não. Toda a volatilidade de Ashley vai cair por água abaixo agora que Daniel já sacou o seu jogo (FINALMENTE). Gosto de ver o personagem – que é um dos meus favoritos – fazendo diferença na trama como um todo. Acredito que em breve veremos uma virada nas empresas Grayson, o que pode mudar completamente os rumos da trama. Um último comentário: acho demais os voiceovers de Revenge. Tão quase se equiparando as narrações top da Meredith em Grey’s Anatomy. E ficamos por aqui, esperando o episódio da semana que vem, ‘2×05 Forgiveness‘, que você pode conferir o vídeo promocional abaixo. Ah, capricha nos comentários!
