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Revenge – 2×10 Power

Por: em 9 de janeiro de 2013

Revenge – 2×10 Power

Por: em

Estamos de volta com as aventuras da galera dos Hamptons e, infelizmente, não posso dizer que esse foi um episódio que tenha me agradado muito. Na verdade, o que mais me incomoda em Revenge nos últimos tempos é não saber para onde a série está caminhando. Tudo parece jogado demais, assim como pareceu esse episódio ao final dos quarenta minutos. Não que a série esteja ruim, mas falta aquela emoção que sentíamos a cada episódio da primeira temporada – coisa que acabou se perdendo. E o cenário que se cria, pelo menos na minha cabeça, é de que a real personalidade de Emily Thorne será revelada ao final dessa temporada, tamanha as descobertas que todos estão fazendo sobre o caso de seu pai durante os episódios já exibidos desse segundo ano. E aí a pergunta que fica é: até quando a série consegue se sustentar tendo uma trama de qualidade após a maior revelação possível. Eu apostaria em um terceiro e último ano, mas acho que a ABC dificilmente deixará a série acabar tão precocemente, o que pode resultar em danos irreversíveis a trama. Mas isso são assuntos futuros, vamos focar no episódio dessa semana.

Power não foi aquela volta que esperávamos. Foi um típico episódio de meio de temporada, com tramas praticamente fechadas e que está ali para cumprir com cronograma. Apesar das informações que pudemos adicionar ao caso de David Clarke, elas pouco influenciam na vingança de nossa Emily, que já conseguiu derrubar o seu inimigo no mesmo episódio. Achei interessante o modo como foram trabalhados o personagem do juiz e da sua esposa, porém para alguém que se escondia tanto atrás do poder do marido, achei que ela poderia ser mais resistente antes de se expor. Ok, Emily pode ser bem convincente, mas, mesmo assim, foi fácil demais. E chegamos num ponto que vem me incomodando um pouco: a facilidade com que Emily atinge seus alvos. Não é possível que todo mundo seja tão tolo assim de nunca desconfiar das intenções da garota. Fora que não podia estar mais na cara que ela sabe informação demais sobre tudo. Não sei, acho que isso torna a ainda menos crível, mesmo dentro do cenário que cria. E claro, todos ali tem um baita teto de vidro que é super fácil de acertar, mas exatamente por isso acredito que poderiam ser um pouco mais precavidos, o que quase nunca acontece. Espero que logo a loirinha tenha um pouco mais de dificuldade para conseguir o que quer. E talvez essa dificuldade comece a surgir da onde não imaginamos: Aiden.

Essa coisa de relacionamento aberto NUNCA funciona. Pode ser por opção ou para por um plano em ação, não tem quem abra mão do egoísmo na hora dos relacionamentos e era óbvio que a bomba iria estourar em algum momento. A repentina ligação de Victoria prometia uma aliança inesperada, que para o bem dos planos de Emily, acabou acontecendo sem maiores dificuldades. A matriarca dos Grayson preocupada com seu filho, vê na vizinha uma boa chance de trazer Daniel de volta para a realidade, o que pode ser uma aposta um pouco alta demais, já que conhecemos as reais intenções de Emily. Querendo ou não, Daniel ainda tem algum sentimento por sua ex, coisa que já percebemos ao longo de toda a temporada – mesmo com Asheley pudemos flagrar o rapaz revivendo os momentos com a ex através de fotos no seu computador. Agora também sabemos que Daniel anda numa fase megaevil, sendo que suas ações são tudo, menos previsíveis. Então, essa nova interação entre o antigo casal pode ser diferente. Ou pode ser só um revival do tonto que Daniel era nas mãos de Emily. De qualquer maneira, quem não gosta nada disso, como citei, é Aiden, que terá que dividir sua mulher com um cara que não suporta.

E o grande mérito dessa trama é que ela não pode ser dita como previsível. Eu não imaginei que Emily e Aiden iriam embarcar em um romance tão duradouro, muito menos que Daniel iria acabar com a azeda da Ashley tão rápido. Enfim, depois do beijo no final do episódio e o convite que leva Emily para dentro da empresa dos Grayson, não temos como prever como essa trama irá caminhar, nem de que jeito ela irá caminhar, mas tá ai um dos pontos interessantes do episódio. E aqui faço minha pausa no discorrer do texto para dar o prêmio breakup do mês para Emily e Aiden. Ri demais com a risadinha da Emily depois de passar por Daniel. Essa menina é genial, sério. Mas, tirando meu besteirol, vamos combinar que aquela American Iniciative é meio brega, não é não? Tudo bem, vamos botar medo em todos e mostrar que estamos no poder – mas até que ponto alguém pode saber de TUDO que acontece com todo mundo. Big Brother da vida real agora? Sei lá, acho a tal da Helen canastrona demais. Ela bota um medinho e tal, mas não é pra tanto. Ainda não entendi o motivo de segurarem a irmã do Aiden. Talvez para fazer com que ele realize algum tipo de serviço para eles no futuro, porque não vejo outro motivo para isso.

Fora a parte de influenciar Daniel a achar os podres de seu pai. Tá, se ele achar, terá como manipular muito mais, o que trará o tal esperado poder – mas achar os podres do pai dele não significa achar os podres da iniciativa? Ainda acho essa trama um pouco confusa demais. Espero que eles consigam esclarecer melhor com o passar dos episódios. Mas até Nolan parece cair na garra desse povo. Ele que sempre fora um dos melhores hackers deixou rastros no seu passeio pelo sistema de segurança da Grayson Global, o que pode custar bem caro para o futuro da sua (antiga) empresa. E sou só eu ou todo mundo acha um saco esse Marco? Puta cara chato. Ferrou com o Nolan e acha que um jantar pode resolver tudo. Não ferrou só uma vez, foram várias. Nolan é um dos meus personagens preferidos e me irrita como deixam ele de lado ou de assistente da Emily muitas vezes – vamos lá roteiristas, se esforcem um pouco mais.

E, como sempre, temos a parte mais chata do episódio, que dessa vez teve até um pouco de ação, porém não deixou de me entediar. Jura mesmo que o Declan achou que não iam perceber que ele abriu o saco de café? Mesmo depois daquela enrolação tosca da Charlotte? Vocês só podem estar brincando comigo! Era óbvio que os irmãos Ryan iam fazer alguma coisa para se livrar da culpa das drogas e nada mais fácil do que jogar tudo no barco que quem usa é o próprio Declan. Sério, como essa parte da série me cansa. É tudo muito óbvio, conveniente. Quero saber aonde esses irmãos querem chegar com tudo isso. Vingança? Já conseguiram, Jack está na cadeia. Se for só isso, podem sumir porque não os aguento mais! E vou me limitar a isso, porque se eu começar a comentar que foi o próprio Jack que chamou a polícia, não sem antes mandar Amanda embora – o que nem dá nas caras -, eu vou me aborrecer. E assim ficamos por aqui com mais um episódio. Espero que na semana que vem eu esteja mais empolgado depois de assistir. Te deixo com o vídeo promocional de ‘Sabotage‘, décimo primeiro episódio da segunda temporada. Até mais!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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