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Revenge – 2×11 Sabotage

Por: em 18 de janeiro de 2013

Revenge – 2×11 Sabotage

Por: em

Finalmente Revenge me deu um pouco mais do que eu estava esperando da série: ação. Tá, foi quase que uma dose homeopática de ação, mas pelo menos já valeu a pena. Além disso, um dos recursos que eu sempre adorei na série estava lá de novo: as milhões de facetas que um personagem pode ter sem que percebamos isso. O jeito que a série explora isso minuciosamente é bem interessante porque nos engana de uma maneira discreta, mas completamente crível. Chegamos com esse episódio  ao meio da temporada e, para os que não lembram, ainda não estamos perto de descobrir o que acontecerá no Amanda que pode ser tão trágico quanto vimos no lá no season premiere, em setembro. De qualquer maneira, apesar de um episódio mais agitado, ainda vimos muito pouco do desenvolvimento geral da ação da série, o que ainda me incomoda bastante.

Na última review falei muito disso, então para não ser repetitivo, não vou focar muito nesse assunto, mas que as coisas sempre dão certo demais para Emily, isso dão. Não sei se isso é um bom planejamento de todas as suas ações ou uma boa dose de sorte, porém começa a se tornar muito cansativo essa maneira que a série explora os meios que a garota tem para atingir seus objetivos. O começo do episódio nos deu a entender que finalmente podíamos ter uma queda da garota ou pelo menos o fracasso de um dos seus planos, mas não, apenas mais um (bom) jogo de roteiro para prender nossa atenção. Eu não sei como Emily faz para manter todas as suas mentiras ligadas e funcionando, mas isso é realmente algo intrigante. Como comentei, seu jogo com Aiden ficou um pouco mais perigoso depois do beijo que vimos no último episódio – mas acabou que ele nem ficou tão afetado como eu pensei que ficaria. Pensei que veríamos um lado mais ciumento do personagem, mais passional, porém ficou só em algumas palavras tortas e nada mais. O que importa agora para o nosso aprendiz de James Bond (como não amar o Nolan?) é seu contato com Helen, que pode finalmente podar o contato entre Emily e a família Grayson e ainda aproximá-los mais daqueles que acabaram com vossas famílias.

O leilão de vinhos foi uma das desculpas mais furadas para juntar todos os ricaços possíveis, mas acabou funcionando bem como um pano de fundo para as ações do episódio. Emily foi quase que uma coadjuvante nisso tudo, somente auxiliando as ações de Aiden e Nolan. Um comentário que não dá para deixar de falar é: como aquele povo dá tanto dinheiro por uma garrafa de vinho só por pura rivalidade? Vou abrir uma vinícola, porque né? Enfim, tirando isso, o leilão transcorreu da maneira mais perfeita possível e é isso que incomoda. Aiden queria um momento a sós com Helen, para conhecer um pouco melhor da sua rival e fazer com que, de alguma maneira, ela conhece ele e, acima de tudo, tivesse algum tipo de confiança, e conseguiu. O plano deu insuportavelmente certo e vimos que a poça de sangue do começo do episódio não passava de um líquido tonalizado que caia muito bem como uma sabotagem para a chefia da American Iniciative. O que fica é a pergunta de como Helen encarará esse atentado e até que ponto a iniciativa não pode descobrir quem esteve por trás de tudo. Ainda no leilão, destaco a canalhice mais uma vez de Victoria, que sempre se dispõe a qualquer coisa para conseguir o que quer. Apesar de já estarmos no meio dessa trama a um bom tempo, ainda não me acostumo com esse jeito devasso de ser da personagem. E sim, seu casamento é aparência, mas mesmo assim, um pouco de pudor nunca cai mal.

Ela estava dando em cima do tal Jason descaradamente e, de maneira sucinta, conseguiu atingir seu objetivo – que trará consequências diretas para Daniel, que não seguiu uma das ‘recomendações’ de Helen. Eu reforço: acho que está no momento da série e do seu roteiro arriscarem um pouco mais e mostrarem um outro lado dessa iniciativa, aquele que ainda não conhecemos. Apesar de termos noção de sua participação nas desgraças que a família Grayson fora envolvida, nosso conhecimento não poderia ser mais superficial. Sinto falta de um pouco mais dessa trama, mas ainda creio e espero que ela seja explorada. Depois não podemos deixar de falar da ‘puta falta de sacanagem’ que estão fazendo com o Nolan nessa temporada. Acho que o cara nasceu para ser passado para trás mesmo, porque olha, é um atrás do outro. E apesar do roteiro ser BEM previsível nesse episódio quanto a isso, gostei dessa virada que fizeram.

Não pelo personagem do Marco, porque ainda o acho intragável, mas sim para um maior amadurecimento de Nolan, que ainda se bota muito como coadjuvante da sua própria vida. O personagem pouco faz por si mesmo, vivendo em função de pedidos e mais pedidos. Padma não é quem pensávamos e se isso fosse tudo, ainda estava bom. Mas não, ela está ligada a iniciativa e isso pode significar um perigo um pouco grande para o nosso hacker. O que venho achando interessante é como tudo está se ligando a essa American Iniciative na série. De repente podemos perceber essa grande teia que liga todos os personagens a essa instituição e logo (pelo menos espero) tudo pode (e deve) vir a tona, fazendo com que TODOS os personagens tenham que lidar com as consequências de tudo que fizeram ao longo do caminho. Mas voltando a Nolan, vejo sofrimento para o personagem, principalmente quando descobrir a recente traição. O que o reaproximará de Marco, com certeza. Veremos como isso irá tomar forma na série.

Cara e essa trama dos irmãos Ryan? Primeiro que eu não entendo essa jogada dos dois. Qual é a do Kenny? Está tentando pagar de good guy perto do irmão? Porque o cara sempre vem com uns conselhos furados para o Declan ou para a Amanda, o que não faz sentido nenhum. Eu não sou fã do Jack, mas já estou torcendo para que ele se vingue desses dois, ainda mais depois da arrogância de oferecer um dólar pelo bar. Agora o lado interessante foi a jogada política do patriarca Grayson. Eu nem imaginava que realmente iam levar para frente essa entrada do personagem no mundo da política – o que parece loucura ao meu ver, sendo que ele é alguém com tantos podres -, porém foi bacana essa mudança de cenário do personagem. Muda o cenário, mas a canalhice é a mesma e na mesma companhia. A volta de Ashley me surpreendeu por ser rápida e já muito participativa. A garota sabe como se fazer presente e necessária. E mais, sabe como se colocar onde quer – nada que uma boa posse de informações não faça.

E ficamos nisso, esperando por mais informações, mais uma vez. Dá uma olhada no vídeo promocional de ‘Collusion‘, episódio da semana que vem – que promete ser explosivo (tomara!). Ah, os comentários estão abertos para o que você quiser falar! Até mais!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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