De certa forma, senti como se tudo o que a Emily fez até agora (impulsionada pelo ultimato que o Jack deu, diga-se de passagem) foi praticamente em vão, com o Conrad querendo voltar a ser o patriarca da família Grayson.
A morte do Padre Paul e a descoberta de que não tem a doença de Huntington talvez tenha jogado o Conrad de volta ao jogo. Pelo que vimos aqui, ele não vai mais se arrepender dos pecados e vai voltar ao velho hábito de destruir os inimigos.
A Victoria também está orquestrando das suas. As cenas dela pedindo ajuda à “amiga” Sheila foram ótimas, com todo cinismo que só vemos em séries de gente com muito dinheiro. Ela não poderia estar com o orgulho tão ferido a ponto de ter que admitir que está buscando um trabalho como uma simples cidadã porque o marido não pode mais custear o luxo deles.
Eu ri com o perfil que a Emily traçou para o Daniel. Como o próprio disse, ela é inteligente e sabe melhor que essa desculpinha de “fazer os leitores se conectarem com ele” não ia colar. O Daniel também deveria ser mais esperto ou pelo menos os policiais, que têm noção que não poderiam simplesmente aceitar o depoimento da Emily vindo da boca do Daniel. Muito menos depois do detetive ter visto que a loira não sabia de nada. Mesmo que não usassem o que ela disse, ele como autoridade não poderia confiar assim. Porque, como todo mundo bem aprende, a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, ou seja, o que não é rico.
Só espero que a Emily também seja inteligente para não prejudicar o noivado e o resto da vingança.
No fim, voltei a ficar com pena do Jack. Ele foi o mais prejudicado nessa história toda e vai continuar sendo porque não tem a sagacidade dos outros personagens. Ele também é o mais “bonzinho” e mesmo quando tenta fazer justiça, vai surgir algum imprevisto para impedi-lo. E depois de tudo o que aconteceu, principalmente na temporada passada, acho que o Jack merece estar presente no casamento de Emily e Daniel e ver o Conrad ser derrotado.
Nolan, Nolan, Nolan… cuidado com quem você se mete. Você sabe melhor até do que a Emily que o Patrick não é uma pessoa confiável. Como diz o ditado, quem brinca com fogo faz xixi na cama. Essa brincadeira de sedução com o Patrick pode fazer surgir sentimentos por ele.
O filho mais velho da Victoria finalmente mostrou que honra o sangue dos Grayson e é um pequeno vigarista. Quem apronta uma vez (seja com a ex-esposa ou com a mãe), vai aprontar de novo. Essa história de não querer se envolver com os problemas da Victoria com a Emily, mas sempre se manter por perto não cheirava bem. Se ele fosse mesmo uma pessoa boa e decente, ia querer ficar bem longe deles.
Por fim, o Aiden. Como confiar em alguém que quer incriminar um inocente nessa história toda?
P.S.: Muito bom o Nolan tentando não sucumbir à tentação tecnológica para descobrir o passado do Patrick, agindo como um viciado. A gente sabia e torcia para isso acontecer, obviamente.