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Revolution – 1×02 a 1×06

Por: em 3 de novembro de 2012

Revolution – 1×02 a 1×06

Por: em

Era uma vez uma humilde reviewer que, após desenvolver suas primeiras impressões sobre umas das séries estreantes da fall season 2012, se empolgou e decidiu que escreveria reviews semanais sobre ela. No entanto, mal sabia ela que a vida lhe reservava surpresas que a impediriam de cumprir tal promessa. E lá se foram semanas sem um mísero post sobre uma das novas séries de maior sucesso…

Mas, como os imprevistos acontecidos não foram nada tão sério quanto… sei lá, um blecaute mundial, cá estou eu novamente tentando recuperar o tempo perdido. Obviamente que não será possível fazer uma análise detalhada de cada um dos episódios já exibidos após o piloto, que são: 1×02 – Chained Heat, 1×03 – No Quarter, 1×04 – The Plague Dogs, 1×05 – Soul Train e 1×06 – Sex and Drugs. Mas nada nos impede de discutir sobre o que está nos agradando ou não na série para que possamos seguir adiante.

Revolution começou um pouco lenta, permanecendo umas três semanas na categoria de “promessa”. Sabe aquela série que você assiste na fé de que um dia seu tempo será recompensado e ela ficará muito boa? Pois é, mais ou menos assim. Mas agora, passados seis episódios, devo dizer que finalmente estou completamente envolvida com a trama e os personagens desenvolvidos por Eric Kripke.

Charlie – Muitas das críticas que li sobre a série neste período eram relacionadas a ela, nossa querida protagonista. Embora eu não seja fã de Charlie, devo dizer que acho que o pessoal pega um pouco pesado com ela. Sei que é chato ficar vendo a sua lamentação constante (tem algum episódio que ela não tenha chorado?) e a expressão “chatiada” de sempre, mas vamos combinar: é para menos? A menina perdeu pai, mãe, irmão, madrasta (mais sobre isso adiante), só sobrando um tio que tem todo jeito de ser sociopata. A boa notícia é que no sexto episódio já começamos a ver uma mudança na personalidade de Charlie, que se mostrou capaz de matar uma pessoa inocente para garantir a sobrevivência do grupo no qual está inserida. Espero que essa evolução da personagem continue e que, até o fim da temporada, nós tenhamos uma Charlie bem diferente daquela inocente menina que morava em um vila superprotegida pelo pai.

Miles – Esse sim me irritava profundamente. Como já disse no piloto, toda aquela postura de herói relutante (recentemente li em algum lugar que personagem foi inspirado no Han Solo), que queria ir embora de 5 em 5 minutos e brigava com a Charlie de 2 em 2, me cansava muito. Mas, descobrindo mais sobre a história de Miles (que é a mais interessante e intrigante de todas, sem dúvida), eu finalmente me dei conta: ele não é o herói relutante da saga, e sim o verdadeiro vilão. Descobrir que ele foi o co-fundador da República Monroe só ressalta essa ideia. Pessoalmente acho que ele intimida muito mais que Bass, e estou ansiosa para saber mais sobre o início da milícia e sobre o que causou o fim da parceria dos dois.

Sebastian “Bass” Monroe – Ainda não descobrimos muito sobre ele além do fato de que, antigamente, era o cachorrinho de Miles que o seguia para todos os lados. No presente parece que Bass tem o objetivo mais clichê de todos os tempos: conquistar o mundo (será que ele estava jogando War durante o blecaute? vai ver ele tirou aquela cartinha: “conquistar a América do Norte e mais dois continentes a sua escolha”). Por ter a motivação mais clássica de todos os vilões do universo, é um personagem ao qual ainda não estou muito apegada.

Capitão Neville – Adorei a história de Neville da época do blecaute e achei muito condizente com o personagem. É bem fácil imaginar um pai de família que não tinha nenhum tipo de poder em sua vida e acaba ficando entorpecido quando consegue um pouco de influência dentro da sociedade. Uma das grandes surpresas até agora foi a descoberta de que Nate (que já sabíamos que era um nome falso) era na verdade Jason Neville, filho do capitão. E, pelo que vimos, a relação entre os dois não anda muito boa. O que será que aconteceu? Antes do blecaute, Tom parecia ser um pai exemplar. Só sei que esta rixa entre os dois deve acabar colaborando para que Jason vá de vez para o lado dos rebeldes, o que ele parece querer fazer desde que conheceu Charlie (está na cara que estes dois vão ter um romance meio Romeu e Julieta, né?).

Nora – Nora ainda é meio neutra para mim. Não gosto nem desgosto. Logo que ela surgiu com essa história de Aliança Rebelde e de resgatar os Estados Unidos eu fiquei com muito medo de que a série se tornasse aquele discurso patriótico do qual os americanos tanto gostam. Para a minha felicidade, tirando o fato do símbolo deles ser a bandeira americana, não vi nenhuma panfletagem desnecessária. O que eu não entendi até agora é como Nora será “essencial” para o resgate de Danny (nas palavras de Miles). Até agora ela só fez atrapalhar a busca, quase explodindo o coitado do garoto por causa de sua lealdade à causa. Também não sou muito fã da teoria de Miles ter trazido ela para o grupo só por causa de sentimentos mal resolvidos, uma vez que já ficou bem claro que o romance dos dois terminou há um bom tempo (o suficiente para ela se relacionar e engravidar de outra pessoa). Assim, espero que desenvolvam melhor os motivos que levaram Miles a querer tanto tê-la por perto.

Aaron – Um dos meus personagens favoritos. Simpatizo com Aaron desde o piloto e, depois do último episódio, essa simpatia só cresceu. Embora tenha achado meio exagerado ele ter abandonado a esposa com um bando de estranhos por causa de sua insegurança, não teve como não me identificar com ele. Adoraria dizer que, caso algo assim acontecesse na vida real, eu seria igual a Nora, uma mulher independente e bad-ass que sabe se virar sozinha. Mas, na verdade, a minha realidade seria muito mais próxima a de Aaron, com muita dificuldade para se adaptar a esta situação de difícil sobrevivência.

Maggie (R.I.P.) – Sei que esta personagem não está mais entre nós, mas tenho que comentar porque acredito que ela tenha sido um dos grandes acertos de Revolution. Se no episódio piloto alguém me avisasse que ela iria morrer no quarto episódio, eu teria duas reações: a princípio não acreditaria que eles iriam matar um dos personagens principais tão rápido; e logo depois não me importaria nem um pouco com a possível ausência da personagem. Assim, vocês podem imaginar a minha surpresa quando os roteiristas da série fizeram o mais difícil: conseguiram fazer com que nos importássemos com Maggie em um curtíssimo espaço de tempo, tornando a sua morte um momento de grande emoção. A história dela com os filhos e a tentativa de voltar para casa de barco após o blecaute foi muito bonita, e realmente lamentei ter que me despedir de Maggie tão cedo. Mas entendi que isso foi necessário para que Miles finalmente sossegasse e aceitasse ficar ao lado da sobrinha.

Danny – Se Maggie foi um dos maiores acertos da trama, Danny foi um dos piores erros. Que garoto chato! E, se levarmos em consideração que o resgate dele é o arco principal da temporada, isso é um problema. Fica meio difícil de torcer para que ele seja salvo quando você acha que a série ficaria melhor sem ele. Até gostava de vê-lo desafiando o Capitão, mas não o suficiente para gostar do personagem. Não sei se a culpa é do ator, do roteiro, ou de ambos. Só sei que Danny é difícil de engolir. E também tenho que comentar: que saúde esse menino tem, não é mesmo (tirando a asma, obviamente)? Acho que mais para frente iremos descobrir que ele é na verdade o Wolverine, porque ele já foi espancado diversas vezes e na hora seguinte está lá novinho em folha, sem nenhum arranhão.

Rachel – Outra que ainda não sei o que pensar. Sempre achava muito estranho ela ser uma prisioneira com tratamento VIP. Mas, quando a vimos recebendo a visita do torturador da milícia, deu para ver que o tratamento que recebia não era tão bom assim. Só a coloquei aqui porque um dos acontecimentos que mais me deixou intrigada foi o abandono dos filhos dela a pedido de Miles (na época em que ainda era general da milícia). É sério, estou muito curiosa para saber porque ele fez isso. No segundo episódio ficou bem claro que Rachel era a pessoa mais forte daquela família, e esse sacrifício que fez ao abandonar os filhos comprova isso.

No geral, estou satisfeita com Revolution. Ao mesmo tempo que a série levanta várias dúvidas, ela também tem um ritmo bom, revelando várias coisas novas a cada episódio. Se continuar assim, me dou por satisfeita. Ainda tem vários aspectos que me incomodam, como por exemplo o fato da tão temida milícia não colocar medo em ninguém. É ridículo como cinco cabeças rebeldes conseguem acabar com cinquenta milicianos (nenhum miliciano tem uma arma nos momentos de conflito, já repararam?). Quando as pessoas temem mais um ataque de cachorros do que um ataque da milícia, está na hora de rever isso. Mas esse tipo de furo é clássico em obras muito focadas em cenas de ação, então tento relevar. Outra coisa que me incomoda: porque Monroe esperou 15 anos para procurar Miles e Ben? Por que ele não perguntou sobre o blecaute para Miles na época em que ainda eram amigos? Espero que isso não seja ignorado e que tenham boas respostas para estas questões.

Mesmo com esses pequenos problemas, ressalto que o saldo destes primeiros seis episódios é bem positivo e aguardo os próximos com ansiedade.

E vocês, o que estão achando? Estão gostando desta estrutura meio Lost da série (flashbacks focados em um personagem diferente por episódio)? Qual é o personagem que mais está agradando (e o que está mais irritando)? Deixem seus comentários!

P.S.1: Já repararam que na abertura da série aparece escrito Evolution antes do “R” aparecer? Será que isso tem alguma coisa a ver com a origem do blecaute?

P.S.2: Eu evitei falar de cada episódio separadamente para esse texto não ficar do tamanho da bíblia… e não adiantou nada! Sendo assim, obrigada a quem leu até o final.


Maura

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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