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Ringer – 1×09 Shut Up and Eat Your Bologna e 1×10 That’s What You Get for Try to Kill me

Por: em 12 de dezembro de 2011

Ringer – 1×09 Shut Up and Eat Your Bologna e 1×10 That’s What You Get for Try to Kill me

Por: em

Shut Up and Eat Your Bologna e That’s What You Get For Try to Kill Me não foram exibidos juntos, como uma fall finale só, mas bem que poderiam, já que, mais do que em qualquer outra sequência de episódios, um completou o outro perfeitamente e fez com que Ringer se despedisse de 2011 com uma dose maciça de tudo aquilo que fez com que ela conseguisse um público fiel – pode até ser pequeno, porém se mantém lá, semana pós semana. Ainda é cedo pra dizer se os números são ou não suficientes para uma renovação, tudo vai depender do desempenho da série quando retornar para novos episódios em janeiro, mas acredito que se ela conseguir manter o índice que vem apresentando, uma segunda temporada é coisa certa.

Acredito ser seguro dizer que o 1×09 desenhou o que estava por vir no 1×10. O caso da Gemma, por exemplo. A série mostrou que a personagem estava viva em um episódio (alguém mais se surpreendeu com a revelação vindo aos 5 minutos iniciais? Podia jurar que isso seria um cliffhanger – até cogitei ser o cliffhanger do fall finale), só para que, no outro, pudesse matá-la de fato e direito – não sem, claro, fazer seus jogos e viradas costumeiros.

Ok que eu ainda não consigo encontrar uma explicação lógica pra que ela tenha sobrevivido ao primeiro tiro que o Charlie lhe deu no fall finale, mas como ele realmente deu cabo da vida dela alguns minutos depois, acho que isso é um detalhe que dá pra deixar passar. Com a confirmação da sua morte, um cenário de possibilidades se abre. Ela era a única da vida da Siobhan que sabia da troca das gêmeas, era uma personagem interessante e que poderia render mais. Quero ver qual vai ser a reação do Henry ao descobrir que perdeu a mulher. Acredito que ele estará propenso a culpar a Bridget de alguma forma. Já a gêmea boa, certamente vai sofrer um bocado.

O que me chamou a atenção foi o fato da Siobhan não querer que o Charlie matasse a “amiga”. Pelos episódios passados, a impressão que dava era de que ela pouco se importava se a Gemma vivesse ou morresse, mas nesses dois últimos, a coisa foi diferente. Ela voou de Paris até Nova York (e que vôo rápido, né? Quase um tele transporte, de tarde num hotel em Paris, de noite numa rua em NY, mas enfim, aqui divago) para se certificar de que ele não estragasse tudo e eu me surpreendi – ao mesmo tempo em que fiquei triste – com o momento onde ela matou o Charlie/John. Assim como a Gemma, era um personagem que poderia render mais vivo do que morto.

Mas desde que o Malcolm descobriu a verdadeira identidade do rapaz, no 1×09, eu comecei a desconfiar de que algo do tipo iria acontecer, já que ele e Bridget não são exatamente as melhores pessoas do mundo em disfarçar descobertas. Já me surpreendeu que o rapaz tenha conseguido juntar todas as peças e chegar a conclusão de que o Charlie/John não era exatamente uma pessoa na qual se pudesse confiar. Imaginei que a Bridget enfrentaria o rapaz imediatamente, já que ela não é a pessoa mais cuidadosa do mundo, não é mesmo? Toda a sequência da psiquiatra, no mesmo episódio, mostra isso. As cenas, aliás, foram bem interessantes. Foi engraçado ver a mulher surpresa com todas as mudanças que tinham acontecido. Mas o mais interessante foi descobrir que a Siobhan tomava antidepressivos. Ainda não consegui chegar à conclusão alguma do que essa revelação pode significar, talvez até mesmo nem signifique nada, mas não acredito que ela tenha sido jogada de graça.

Da mesma forma que a foto que a Olivia viu no celular do Henry, no mesmo episódio. Achei que ela iria usar a informação do caso entre ele e a Siobhan já no fall finale, mas como o episódio foi todo centrado na Gemma e no Charlie, foi melhor os roteiristas terem deixado essa história pra se desenrolar a partir do ano que vem. É óbvio que ela usará isso como material, ou de chantagem (o que eu acho mais provável) ou para destruir logo, de cara, o casamento do Andrew.

Acredito que a chantagem é a opção mais válida, levando-se em conta o viés mexicano que a trama usa e abusa (e não parece mais ter vergonha disso) e o bom momento que o casal vive, comemorando os 6 anos de casamento. A Bridget finalmente se rendeu ao que começou a sentir pelo Andrew e ele, de certa forma, se apaixonou novamente, não pela mulher com quem se casou, mas por quem ela se transformou – pela Bridget e não pela Siobhan.

Agora, os dois também terão que lidar com o problema da Juliet. Desde que o Mr. Carpenter entrou na trama, ficou óbvio que a trama dos dois comportaria todos os clichês que uma trama do tipo contém. Eu duvido muito que ele a tenha mesmo estuprado – se sim, vai ser uma incoerência com a personalidade dele que foi construída nos últimos 4 episódios – e não tenho dúvida alguma de que é tudo uma armação dela, para se vingar do habitual desprezo que ele lhe impôs.

Ringer agora só retorna dia 31 de janeiro. Nos vemos lá?

 

Outras observações:

  • Até hoje não entendi muito bem aquela trama do Machado no fall finale.
  • A cena final do 1×10, com a tela se dividindo entre as duas, ao som de Rumour Has It, da Adele, foi sensacional.
  • O Tyler é um pateta de ter caído em toda a história da Siobhan. Agora acha que vai ser pai, coitado.

Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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