“Ao final de um dia, a fé é uma coisa engraçada. Ela aparece quando você menos espera.” A frase de Meredith Grey na narração do oitavo episódio de Grey’s Anatomy é perfeita pra retratar alguns acontecimentos do episódio 2×11 de Rookie Blue, The Little Faith. O que te leva a seguir adiante quando tudo dá errado? Fé em Deus, nas pessoas, no acaso ou na cresça de quem tudo está escrito? Os roteiristas da série sempre reservam algumas das melhores frases para Traci Nash. Nesse episódio, o destaque foi na primeira conversa com Andy, quando ela afirmou “Ter fé significa crer em coisas que não fazem sentido”. Muitas coisas que não faziam muito sentido começaram se encaixar. Depois de levar Sam e indiretamente impedi-lo de receber a mensagem de Andy, o detetive Donovan Boyd esteva de volta para testar alguns rookies (McNally, Nash e Epstein) e escolher um deles para participar de sua operação secreta. Com isso, Gail e Chris foram obrigados a conviver mais, o que infelizmente não ajudou a resolver o relacionamento dos dois. O rookie ainda está muito magoado e não parece dar sinais de que isso acontecerá tão cedo.
Gosto dos dois juntos e Peckstein não me agrada nenhum pouco. A reação do Chris parece ter diminuído os sentimentos do Dov pela Gail, mais do que nunca ele parece mais preocupado com seu melhor amigo do que com a possibilidade de ficar com a loira. Não gostei muito de como trataram o caso de bullying. Foi horrível saber que o garoto sem coragem de denunciar seus agressores atingiu o outro com um tijolo na cabeça. Pelo menos o Chris procurou consertar as coisas com o trabalho voluntário. Boyd colocou os instintos policiais de três rookies à prova. Quando McNally se nomeou Candice, me veio logo à mente: não era esse o nome da personagem da Missy em Heroes? De qualquer forma, isso não vem ao caso. O desempenho de Andy como policial disfarçada talvez mereça nota 7,5/8. Por outro lado, Traci Nash mereceu um 10 com louvor! Uma stripper com habilidades na sinuca?Hot, very hot! Alguém quase morreu já no primeiro sorrisinho de “JD” para Doreen e Candice? Ben Bass está longe do esteriótipo americano para galã, mas nunca esteve tão sexy!
Na season premiere fiquei em dúvida sobre como seria explorado o fato de Adam, o irmão do Dov, ter se suicidado e eis que a história tem sido bem desenvolvida. Em Bad Moon Rising, notamos o desespero do policial ao perceber que o suspeito poderia se matar na sua frente. Em The Little Faith descobrimos que Adam era viciado em drogas desde muito novo, o que provavelmente deve ter conduzido à depressão e ao suicídio. Epstein um advogado? Isso eu não consigo imaginar nem por um segundo. Prefiro como policial mesmo, e profissionalmente, ele está cada vez melhor. Com bons instintos e incentivo na forma inversa, Epstein surpreende a todos com um ótimo desempenho. Oliver é esperto, sabe que o rookie continua com essa necessidade de provar ao mundo que é bom no que faz. Basta dizer que ele não consegue pro Dov se esforçar ainda mais. Algo me diz que Jeremy, o traficante enganado, não vai esquecer o furto e virá atrás do Epstein em busca de vingança.
De volta à Pousada Alpino, a nota de Andy como policial disfarçada quase caiu pra zero no quarto do traficante. Praticamente enxerguei McNally entregando que era policial e prendendo o vagabundo. Como no jogo de sinuca, Andy quase “afundou” sua parceira. Traci mais uma vez pensou rápido e conseguiu salvar a vida da garota sem comprometer o disfarce. Depois que “JD” dispensou a “Candice” quase desistir de terminar o episódio. E eis que o bandido da vez foi quem deu o empurrão final para o casal. Felizmente os roteiristas desistiram de testar a paciência dos fãs do shipper Andy e Sam (sorry, não consigo chamá-los de “Sandy”). A recompensa por esperar quase duas temporadas inteiras foi a cena de romance mais linda de toda a série. Sempre elogiei a trilha sonora da série e “Ashes“, de Andy Brown, deu o clima perfeito para a primeira noite de Andy e Sam.
“E só quero que meu coração se desmorone, provavelmente deveria ter te contado faz tempo, meu anjo.” Haveria uma canção mais apropriada? Foi difícil assistir novamente o episódio inteiro, eu simplesmente não conseguia parar de voltar na cena dos dois. Os fãs de Callaghan que me perdoem, mas a partir desse episódio ficou impossível torcer por Andy e Luke. Por mais que a rookie parecesse feliz com o detetive no começo da temporada, a química com o Sam é muito mais intensa, praticamente “celestial”! Se eu me senti enganada e enrolada com a ausência de diálogos e cenas entre Sam e Andy durante os últimos dez episódios, toda essa mágoa não passa de um sentimento passado e praticamente inexistente. Não quero ser pessimista, mas não sabemos por quanto tempo essa felicidade irá durar. Enquanto isso, continuarei desfrutando de cada segundo do final de The Little Faith, que me deixou com um delicioso gosto de quero mais.
Luke só apareceu pra mostrar o quanto está derrotado e se sentindo na casinha do cachorro? Mais uma vez, o episódio foi ótimo mesmo sem a presença do detetive, embora eu ache que as habilidades do moço mereçam ser bem mais exploradas. O plot do romance e da futura gravidez da Noelle também merece mais atenção. Andy achou mesmo que Traci não ia perceber que a moça estava “irradiando” felicidade e deduzir que ela tinha ido atrás do Sam? Acontece toda essa felicidade pode colocar em risco a operação do Boyd e, pior ainda, a vida do Sam. Não é difícil perceber que Brennan é um bandido implacável, daqueles perigos, espertos e que não reagem com delicadeza quando descobrem que estão sendo traídos.
Na próxima quinta-feira, a season finale de Rookie Blue terá duração de duas horas. Confira um pedacinho do que vai rolar em On the Double e God’s Good Grace com os promos um e o dois já divulgados. Até a próxima review!
