Comecei a ver Everwood, mas por falta de tempo não consegui ver a série toda, parei na metade da segunda temporada. Foi nela que conheci Gregory Smith e eu o amava. O incrível de seu personagem era ser um adolescente normal – não era exagerado, mas também não subestimava essa faixa etária. Então talvez por isso seja difícil para mim vê-lo como um policial. E também é por causa da caracterização simplória que o ator dá a Dov Epstein. Vez ou outra, Dov é sensacional, com a piada certa, a ingenuidade e maturidade equilibradas e uma pitada de moral e ética que fazem dele um personagem muito bom.
Mas em episódios como este, ele fica parecendo uma criança, daquelas que fazem birra, que vivem de implicância com qualquer coisa por qualquer motivo. Não há nada de errado em querer entrar pra SWAT, mas com o motivo já penso diferente. Dov quer entrar pra ser o que o garotinho no episódio disse: bad ass. Um garoto do ensino médio resolve entrar numa “caça ao tesouro” para não parecer tão idiota e ganhar popularidade, como um mecanismo de defesa por se sentir sozinho sem a mãe, e Epstein quer entrar pra SWAT por causa das “histórias”, quem sabe pra ele mesmo virar a história né? Ou seja, se comportando como um garoto de ensino médio.
É por essa postura que ele comete erros “de vez em quando quase sempre”, por querer mostrar ser o que não é. E nessas horas eu tenho raiva dele.
O que eu gostei desse caso do roubo da viatura foi a aproximação de Shaw e Epstein. Eles são bem parecidos ao mesmo tempo que não são. Na verdade Shaw parece um Epstein mais velho, sem a insegurança, alguém que depois de muito cair, aprendeu algumas coisas. Sem falar que Shaw é maravilhoso, sempre sensível, mas corajoso e leal, e um grande professor para os rookies. Fiquei triste de ver que ele se separou da mulher, aliás, eu devo ter perdido alguma coisa porque não lembro disso ter sido mencionado antes.
Também achei bacana a ligação de todos os casos com a viatura roubada. Diaz e Nash conversando sobre a decisão dela de deixar Leo passar o verão com o pai enquanto treina para detetive foi bem bacana, quem se deixa enganar pela beleza de Diaz não sabe o que está perdendo, ele tem um coração de ouro. Porém eu acho que faltou mesmo uma conversa dela com Barber, seria legal saber o que ele acha disso.
Andy e Sam estavam lá, naquele jeito, ele morrendo de medo de entrar num compromisso porque obviamente está muito apaixonado, e ela entrando de cabeça porque é assim que faz com tudo, se envolve muito rápido e se machuca muito rápido.
E Gail? Quando abaixa as garras, é um amor. Eu já esperava que tanto desdém acabasse naquele beijo lindo em Collins. Só acho que faltou uma explicaçãozinha pra nós sobre o passado deles, como foi esse tal casamento em Vegas, por exemplo. Mas estamos só começando, tem muita coisa pra vir aí!
Até mais!
