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Sherlock – 3ª temporada

Por: em 20 de janeiro de 2014

Sherlock – 3ª temporada

Por: em

Depois de tanto tempo (dois longos anos) Sherlock volta dos mortos para, no primeiro episódio, nos agraciar com situações inusitadas. O episódio foi mais cômico do que evolutivo na história de Sherlock. Todo mundo queria saber como Sherlock tinha forjado sua própria morte, o porquê de todo esse plano e, mais importante, como todas as pessoas à sua volta iriam reagir ao seu retorno, ou melhor, como John Watson iria lidar com isso. Uma coisa que essa temporada provou é por mais que Watson goste de aventuras, ele é o mais são de toda a história, de todo o seu círculo de conhecidos.

Este primeiro episódio foi então para desvendarmos o mistério da rede subterrânea que Mycroft tomou conhecimento. Achei interessante que Sherlock tenha demorado tanto tempo para desvendar o mistério do vagão desaparecido, ou do seu ocupante. Não foi também nem um pouco surpreendente descobrir que ele tem uma rede de mendigos que o ajuda em seus trabalhos.

watson-wedding

O segundo episódio me deixou um pouco confusa. Claro que o casamento do John seria retratado na série, nos livros ele se casa, mas um episódio todo para o casamento foi estranho no momento, pensei que seria um filler, se podemos fazer essa analogia à Sherlock, que sempre tem um jeito de colocar um elemento de outras temporadas e episódios dentro da narrativa. Mesmo com histórias e solução de crimes, o episódio não forneceu muita coisa para trama, seja da rede subterrânea, seja sobre Magnussem, que descobrimos existir no terceiro episódio. Então, durante o casamento tudo o que pensamos durante os momentos constrangedores ou emocionantes foi se a série apresentaria fillers. E sim, foi um filler, do casamento, só Janine teve alguma importância no episódio seguinte.

O lado divertido foi ver Sherlock dominando a festa do Watson, como é claro que aconteceria, mas ele foi educado o suficiente para não só faze-lo passar vergonha. Interessante como ele estava nervoso ao começar o discurso; Sherlock é sempre muito confiante, mas discursar num casamento estava completamente fora da sua zona de conforto, foi preciso o suporte de muita gente, alguns até ficaram preocupados com o que aconteceria no discurso. Claro que quando ele se sentiu mais confortável foi quando finalmente viu a possibilidade de um assassinato acontecer na festa. Ainda bem que voltaram nessa história, pois quando Sherlock começou a contar aquele caso misterioso eu, assim como todos na festa, fiquei muito curiosa.

Mas o aspecto mais interessante foi o desenvolvimento da relação Sherlock e Mycroft desde o primeiro episódio. O caso da rede subterrânea foi pequeno para servir de pretexto para trazer Sherlock de volta dos “mortos”. Acho que só mostra a preocupação do irmão mais velho, querendo manter Sherlock perto de si. Afinal, ele se entedia com pessoas normais, Sherlock é o mais perto de uma conversa normal que ele tem. Em alguns momentos percebi que Mycroft também o vê como alguém que precisa de proteção, Sherlock é muito imprudente e age sem pensar nas conseqüências para si, e se preocupa muito só com uma pessoa.

sherlock-mycroft
No terceiro episódio essa relação de importância se torna muito clara, Magnussem nem precisaria ter explicado como usou Mary para atingir Mycroft. O caso do Magnussem poderia ter sido melhor explorado desde o primeiro episódio. Se a gente tivesse visto alguma relação entre a fogueira do Watson e o magnata da comunicação a história teria sido amarrada de uma maneira melhor. Aliás, essa história me lembrou muito um dos filmes do James Bond, conterrâneo de Sherlock, que tem que deter um magnata da comunicação.

A participação da Scotland Yard foi bem pequena nesta temporada. Algumas aparições breves do detetive Lestrade, e algumas outras do ex-detetive Anderson, que rendeu umas boas risadas, primeiro com sua obsessão pela morte de Sherlock e suas teoria de como ele teria escapado da morte, depois aparecendo no apartamento com o seu fã club e procurando por drogas, claro que comandado pelo preocupado irmão Mycroft. Este episódio mostrou como todos se preocupam com Sherlock mesmo ele tendo essa personalidade brilhante. Foi a temporada de destaque para personagens secundários, como Molly, Detetive Anderson, e até Janine teve seu tempo em tela bem aproveitado.

Foi interessante a participação da família do Sherlock, com o pai e a mãe aparecendo em alguns episódios e sendo citados em outros pelos irmãos Holmes, mostrando uma dinâmica familiar bem diferente do que esperaríamos. Um outro ponto marcante foi a vermos como Mycroft enxerga Sherlock Holmes. No final do 3º episódio ele se perguntando o que Sherlock teria feito, e o enxergando como uma criança foi, acima de tudo, um atestado com a preocupação com o irmão. A fala dele depois para a comissão me deixou um pouco confusa quanto ao significado de “lembram o que aconteceu com o outro?”. Quem é o outro?

sherlock-magnussen

Enfim, o mais interessante da temporada foi ver como as relações entre todos os personagens estão se aprofundando, os maiores, os menores, e temos tudo para ter uma excelente 4ª temporada, ainda mais com aquele final bombástico. Que a nova temporada não demore 2 anos.

Ainda merece destaque:

  • Sherlock e Mycroft “brincando” de dedução.
  • O mendingo Billy se aproximando de Sherlock, com dedução e passando o natal juntos.
  • Sherlock e Watson fazendo uma maratona entre bares na despedida de solteiro.
  • Os dois brincando de adivinhas e Sherlock sem ter a menor ideia do que está fazendo.
  • Shezza?

Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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