Depois de tanto tempo criticando ou fazendo várias ressalvas a Skins, chega até a soar estranho dizer isso, mas a verdade é que gostei muito desse último episódio. Muito bom mesmo, resgatando vários elementos do que funcionava nas duas primeiras temporadas.
Mas mais do que isso, vale a pena elogiar o claro esforço dos produtores e roteiristas em consertar o que eles vinham errando. Se o episódio anterior serviu pra fechar um ciclo e dar margem a uma reconstrução do Cook, dessa vez eles resolvem de uma vez por todas definir uma personalidade para a Katie, que sempre ficou meio que sobrando nesse elenco, sendo apenas uma menininha fútil que surgia pra frustrar a irmã Emily em determinados momentos.
Pois bem, ela agora teve um episódio que se redimiu por isso tudo, e que trouxe toda a intensidade do drama e da comédia que Skins já tiveram. No drama através da sua descoberta de que está sofrendo de uma menopausa prematura e não poderá ter filhos, ao mesmo tempo em que sua família desmorona financeiramente e seus pais ficam à beira do divórcio. No desespero, ela se lembra de Naomi, e oferece uma trégua a sua antiga “inimiga”, em troca de um lugar para ficar. Só que lá elas encontram uma Emily perdida no rancor da traição de Naomi, abusando das drogas e beijando outra menina para provocar a namorada.
Enfim, um caos emocional completo. E que mesmo assim foi pontuado por humor da mais alta qualidade, desde o mais sutil (como no relato do irmãozinho mais novo sobre um amigo com pais separados) até o mais escancarado, na cena em que os oficiais de justiça chegam para despejar a família. Foi muito pastelão? Claro! Mas Skins sempre teve muito desse tipo de humor mais nonsense e avacalhado nos tempos do Sid também, e dava certo.
E que bom dizer: deu certo de novo.
Finalmente Skins me deixou otimista, e pra essa temporada se provar uma verdadeira recuperação da série, só resta ver como vai ser quando Effy e Freddie, os “protagonistas” desse elenco, ganharem o foco. E vai ser logo, já que o próximo episódio é o do Freddie. Tô botando fé.