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Skins 4×08 – Everyone (Season Finale)

Por: em 20 de março de 2010

Skins 4×08 – Everyone (Season Finale)

Por: em

E depois das enormes expectativas que o episódio passado deixou para esse Season Finale, a saga do segundo grupo de personagens  de Skins termina ao mesmo tempo de forma frustrante e incrível.

Frustrante porque estamos acostumados pelo cinema americano a ver finais conclusivos, que mostrem tudo e fechem cada ponta. Mesmo que os arcos focados nos casais Thomas/Pandora e Emily/Naomi tenham se fechado, bate um vazio de não saber o fechamento da história mais importante de todas: o desdobramento do assassinato de Freddie.

E incrível porque, além de mostrar o quão original Skins pode ser ao não se submeter a um modelo batido, consegue mostrar o quão desnecessário expor esse desdobramento poderia ser. Ao longo de duas temporadas, aprendemos a conhecer (e amar ou odiar) o Cook. A gente sabe que ele não passa de uma metáfora para a fúria e a inconseqüência adolescente. Por isso, só de vermos aquela explosão dele no fim do episódio, já podemos imaginar o que aconteceu com o John Foster. E se cada um imaginar alguma coisa, tudo bem também, é ótimo quando uma história abre possibilidades para a interpretação e para cada um imaginar a resolução que preferir.

É como o final de Sopranos (embora eu nem seja louco de querer comparar Skins com a perfeição em forma de série que era a saga de Tony Soprano): cada um tem sua teoria pro final abrupto, e uns o odeiam… mas a maioria percebe o quão genial ele é.

Pois bem, vamos aos acontecimentos do episódio. Nele, vemos a crise entre Emily e Naomi chegar ao fundo do poço, com ambas se destruindo de diferentes formas, seja no álcool e nas drogas ou em um adultério escancarado. E foi necessário chegar nesse caminho sem volta, onde nada poderia piorar, para que Naomi conseguisse reavaliar sua vida e achar as palavras que tinha que dizer a Emily. Como não poderia deixar de ser, depois de uma temporada inteira de sofrimento sombrio, as duas tiveram um final feliz.

Assim como Panda e Tommo, que por um coincidência vão acabar em Harvard por meios diferentes. Uma reconciliação que era óbvio que aconteceria, só restava ver quando. Foi interessante ver o treinador conversando com o Thomas e ver aquele cara tão alegre e otimista que chegou do Congo já endurecido e sarcástico. Bom ver que ele reencontrou o rumo.

O papel de Effy nesse fim se resumiu a assimilar e aceitar a perda de Freddie, mesmo que achasse que fosse por fuga. O caderno do namorado a faz entender que ele não fugiu dela, e a festa de aniversário no galpão serviu perfeitamente como esse ritual de despedida e homenagem ao Frester. E aparentemente terminaria ali, com eles todos juntos sem nunca descobrir o que aconteceu de verdade. Esse sim seria um final que eu detestaria. Mas os roteiristas sabiam bem que não podiam deixar de mostrar o encontro que todos esperávamos: James Cook e John Foster.

E se, como eu disse ali em cima, a falta de uma conclusão pro encontro deixa um sabor dúbio em quem assistiu, o pouco que vimos foi suficiente pra tornar o Cook um personagem ainda melhor do que o que vinha se delineando nessa temporada. Só achei que faltou mostrar, rapidamente que fosse, um olhar de medo do Foster.

Mas não tem problema. O que importa é que Skins conseguiu terminar a temporada muito melhor do que começou. E ao contrário do que poderíamos esperar algumas semanas atrás, vai fazer falta.

Eu sou uma porra de uma perda de espaço?
Eu sou só um moleque idiota?
Eu não tenho noção nenhuma?
Um criminoso?
Eu não presto para nada, parceiro.
Eu não sou nada.
Então, por favor. Por favor, coloque na sua… você sabe…
na sua cabeça, que você matou o meu amigo.
E que eu sou o Cook.
EU SOU O COOK!


Alexandre

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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