Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Skins – 5×07 Grace

Por: em 20 de março de 2011

Skins – 5×07 Grace

Por: em

Esse episódio foi tão agradável quanto Grace, a personagem em destaque. Passou rapidinho e quando percebi os créditos já estavam na tela. Desde o início simpatizei com ela. Gosto de pessoas que conseguem ser sempre otimistas sem nos irritar (felicidade demais irrita e transparece falsidade, simplesmente não suporto pessoas assim). Mas com Grace é diferente. Ela acredita, de verdade, que tudo vai dar certo no final. O problema é que nem sempre isso acontece. Quanto maior o voo, maior é a queda.

Gostei muito de todo o rolo com a peça de teatro, pois a ideia de atuar combina totalmente com Grace. Ela é a melhor atriz da turma, sempre exercendo um papel diferente. Lembro-me que disse na review do episódio 5×02 (sobre Rich) que Grace se adaptava aos seus amigos de acordo com o que era melhor para eles. Desta forma, ficava difícil saber quem ela realmente é de verdade. Não sei se posso dizer que agora sabemos completamente quem é Grace, mas pelo menos entendemos um pouco mais da sua rotina, de sua história e de seus pais (e o quanto eles a influenciaram).

Tivemos algumas surpresas interessantes neste episódio, a começar por seu pai. Quem imaginaria que ela é filha do diretor da escola? Ela nunca contou aos amigos para não prejudicar o pai em seu trabalho. Eu se tivesse um pai com ele e que fosse diretor da minha escola, provavelmente não contaria também. Por vergonha, claro. O sonho do cara é levar Grace de volta a um colégio só para moças. Somente lá ela estaria à salva, livre de uma vida desregrada. Sei…

Eu sou do seguinte pensamento: Quanto mais tentamos prender alguém, mais essa pessoa ficará com vontade de experimentar. Não é a toa que essas meninas extremamente religiosas que usam saias até as canelas, cabelos compridos e mal cuidados e que não se depilam direito são as primeiras a transar. Pensar que uma filha se comportará melhor só porque estará em um colégio diferente é um típico sonho de pais repressores. Mas enfim, após algumas discussões ficou acertado entre pai e filha que se Grace não tirasse 10 no teatro… bye bye Bistrol. Coitada… A verdade é que Grace é a mais comportada entre todos.

Começou então uma corrida para montar a melhor peça de Sheakspeare possível. Incrível como Grace se saiu bem mesmo com todos os problemas com o elenco. Liv estava insuportável, principalmente com a “ameaça” Franky. Esse clima entre Matty e Franky existe desde o primeiro episódio e na época pensei que os dois formariam um casal. Depois, a história caminhou por outro caminho, a meu ver bem melhor e mais interessante. Agora sabemos que Matty ama Liv e ama Franky ao mesmo tempo. E no fundo (ou melhor: lá embaixo) fica excitado com ao pensar nas suas juntas. A idéia de um triângulo amoroso (e de um amor a três) só não me agrada mais porque Mini também entrou no meio.

Aquele beijinho durante os ensaios da peça de teatro entre Mini e Franky me deixou com uma pulga atrás na orelha. Parece que Mini está começando a se interessar pela amiga. Já digo que eu adoraria ver as duas juntas. Sou totalmente a favor da idéia e acho que explicaria muita coisa, principalmente o fato de Mini nunca ter ficado a vontade com Nick. Talvez só faltasse a ela descobrir que é de garotas que ela realmente gosta. 

Enquanto isso, Rich e Grace passavam pela primeira crise. Foram vários os motivos de desentendimento. Primeiro, o quanto Grace e Rich são diferentes. Segundo, o quanto Grace não revela. Terceiro, a família dela e a não aprovação do pai quanto ao namoro. Se eu fosse o Rich também me assustaria com a família da namorada. Analisem: Os pais dançam no café da manhã (!), cantam músicas estranhas a mesa de jantar e acham a letra maravilhosa (!) e são cheios de trejeitos afetados. Sabe o que isso me lembra? Glee! Como alguém poderia agüentar?

Porém, Rich resolve passar por cima disso e na tentativa de manter a namorada por perto e pede Grace em casamento ao final do episódio. Poderia ser forçado, mas ficou bonito. Os dois combinam porque são diferentes. Sem clichês. Grace faz de Rich um cara muito melhor. Inclusive, essa é uma característica dela: Trazer a tona o que há de melhor nos amigos, sempre disposta a ajudar. Não é a toa que cause tanta simpatia.

Passados sete episódios e faltando apenas um para terminar a temporada, posso dizer que gostei muito dessa geração. Não vou compará-la as outras agora (deixarei para a última review), mas com certeza Skins acertou no elenco, nos enredos, na dose de drama e comédia. E Grace é uma das mais adoráveis. Foi ótimo terem deixado a mocinha para o final.


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

×