Até em sua temporada final, Smallville insiste em gastar capítulos com a “possessão”, seja por espíritos milenares ou, no caso de “Isis”, deusas em busca de seu amor perdido. E toda vez que os produtores insistem neste tema me pergunto porque continuo assistindo a série.
Apesar da temática, o episódio da semana não foi de todo ruim. Mesmo não tendo gostado da ideia de ver Lois possuída pelo espírito da deusa egípcia, a edição do capítulo foi rápida, o que deu agilidade à história.
Agora, o retorno de Cat à trama, esse foi totalmente dispensável. A fixação que a aprendiz de repórter tem em revelar a identidade do “Borrão” e desmoralizá-lo diante de toda a população de Metrópolis foi engraçada no inicio, mas agora ficou chata.
A personagem é caricata, incompetente e, diversas vezes infantil, entretanto essa infantilidade rendeu um dos únicos momentos divertidos de sua participação, quando ela e Lois discutiram pela parceria com Clark. Visivelmente enciumada, Lois tratou a “rival” com uma acidez cômica.
Se Smallville está precisando de um vilão, essa não deve ser sua função, pelo contrário. A vaga de vilão da temporada está se desenhando para ser ocupada novamente por Lex Luthor, que por enquanto ainda é uma criança doce e de ar angelical, mas com um comportamento que já começa a despertar suspeitas, especialmente do psicólogo contratado por Tess para observar o desenvolvimento do pequeno Alexander. Parece que seu lado negro não tardará a despertar, mesmo com a intenção de Tess em dar ao menino todo o amor que seu pai tanto negou.
Tess, por sinal, parece estar sofrendo a mesma “metamorfose” pela qual passou Lionel Luthor algumas temporadas antes de morrer. O vilão não só se redimiu como se tornou um representante de Jor-El na Terra, transmitindo a Clark todas as vontades de seu pai biológico.
Porém, Tess está indo ainda mais longe, pois depois de ajudar Clark e Oliver a prender novamente o espírito de Isis no amuleto, ela foi convidada pelos dois a assumir um posto de confiança na Torre de Vigilância, função antes desempenhada por Chloe. Será mesmo seguro manter tão próximo alguém que por tanto tempo demonstrou ser seu inimigo?
Mas, se eu disse anteriormente que não gostei da ideia de ver novamente a ideia da possessão como tema de um capítulo de Smallville, preciso dizer que me emocionei com o final do episódio quando, depois de muito relutar, Clark revela a Lois sua verdadeira identidade como “Borrão”. A forma como ele se declara e a reação dela são emocionantes, mostrando que o casal está mais junto do que nunca, e caminha para, assim como na mitologia do Superman, terminar a série juntos. Como deve ser.
Já Oliver ainda mantém um certo ar triste, porém aos poucos parece estar se recuperando da dor do desaparecimento de Chloe, embora seu sarcasmo ainda não esteja totalmente de volta. É esperar para vê-lo voltar ao “normal”.
Até a próxima semana.
Ps: Os rumores quanto à uma possível volta de Michael Rosembaum à Smallville estão cada vez mais fortes, inclusive com o ator comentando em entrevistas estar disposto a retornar à pele de Lex Luthor. Cruzemos os dedos.
