Desde que a última temporada de Smallville começou, não tinhe me deparado com um episódio tão fraco como “Patriot”. Apoiado na velha questão dos vigilantes e a polêmica sobre seu registro, o capítulo teve um ritmo lento. Tão lento que precisei de quatro tentativas para passar dos primeiros dez minutos iniciais.
Os primeiros diálogos entre Aquaman e Clark foram estranhos, a ponto de eu chegar a desconfiar que a Liga da Justiça seria desfeita de uma vez. Entretanto, no decorrer do capítulo, ficou claro que os atritos iniciais foram deixados de lado, até porque desde sua primeira aparição Aquaman deixou claro que não era adepto do trabalho em equipe.
Mas, até mesmo a estranheza com o aparente desentendimento entre os dois não supera a sensação que tive de estar assistindo a um dos filmes da série “X-Men”, e não a um capítulo de Smallville. Desde a questão do registro de vigilantes (ou, no caso do filme, mutantes), até a intervenção do governo para que isso se concretize, passando por um general do exército norte-americano disposto a tudo para tornar realidade a obrigatoriedade dos registros, tudo me fazia lembrar dos mutantes da Marvel.
Confesso que essa sensação não foi lá muito boa, porque dá a impresão de que, na ânsia de adiar ao máximo o embate entre Clark e Darkseid, Smallville esteja perdendo o rumo em alguns momentos.
Porém, apesar da insistência no tema vigilantes, o desfecho do capítulo mostrou que esse aparente desvio na história teve lá sua justificativa, já que ficou claro que o general não só não morreu durante a explosão que destruiu as instalações militares como também foi completamente dominado pela escuridão. Assim como ocorreu com Godfred, que continua a espalhar o medo e o ódio contra os vigilantes, preparando o terreno para a aparição de Darkseid, o que, com certeza, só deve acontecer nos últimos capítulos da série. Uma pena.
Mas, se Patriot teve um ritmo mais lento em boa parte do capítulo, os vinte minutos finais foram salvos, novamente, pelas cada vez mais constantes discussões de relação entre Clark e Lois, que servem para provar o quanto ele está disposto a tornar Lois parte de sua vida e de seus segredos.
Uma prova disso foi sua decisão em revelar a ela a localização da Torre de Vigilância e apresentar, de fato, sua equipe, eliminando qualquer mistério e tornando-a, de fato, parte do time. Finalmente.
Já em relação à atuação de Oliver, essa tem melhorado muito. Depois de passar por um período sombrio por conta do desaparecimento de Chloe, o Arqueiro Verde reencontrou sua porção heróica, e com tanta força que agora é capaz de qualquer sacrificio para proteger a identidade de Clark.
Outra que, por enquanto, vem demonstrando estar comprometida com a equipe é Tess. Depois de abandonar sua ambiguidade de caráter, ela parece ter encontrado um sentido em sua vida ao integrar a Liga. Mas a pergunta que não quer calar é: até onde irá sua lealdade, já que descobrimos que ela também é uma Luthor.
E, por falar em Luthor, daqui a duas semanas será exibido o tão esperado episódio centrado em Lex. Promessa de muitas revelações e fortes emoções. Até a próxima.
