Smash nos brinda novamente com uma participação mais do que especial. Pena que, ao meu ver, o episódio não foi tão especial assim, e o personagem não fez juz à estrela (ou filha da estrela) da vez. No oitavo episódio da série, ainda não sabemos para que lado ela está indo, exatamente como os produtores de Marilyn, the Musical não sabem para que lado o show está indo. É um paralelo interessante, mas perigoso, pois tantas são as possibilidades que pode ser que a escolhida não seja a melhor.
Eileen era a personagem mais promissora da série quando a mesma começou. Mas depois ela foi se perdendo e chegou a este momento no qual ela é apenas uma mulher confusa. Gosto tanto quando ela assume a postura profissional que qualquer mulher de negócios deveria ter, mas não é sempre assim. Então ela resolve passar pra trás sua roteirista e seu compositor, agir pelas suas costas pra nos mostrar algo que não faz sentido nenhum para o show, como foi a bizarra Touch Me?
Sua filha Katie (Grace Gummer) também é uma personagem que faz pouco sentido. Entendo que, tendo sido criada no meio do show business, ela odeie todo esse “lado negro” do mundo artístico e que tenha resolvido pescar salmão no Alasca, mas daí dar sermão na sua mãe foi meio demais. Mesmo que eu concorde com ela e ache que Eileen não deveria ter feito aquilo, quem é ela pra ensinar como sua mãe deve ou não agir? O que mais me chocou foi que Eileen simplesmente deixou de lado tudo o que estava tentando provar até então e foi pedir desculpas como se fosse uma criança bagunceira.
Eileen tinha deixado claro a Ellis que, assim que o pegasse novamente espionando ou fazendo fofoca, ele iria pra sua lista negra. E mesmo com a inapropriada aparição do rapaz no meio de uma reunião exclusiva e secreta, a produtora vai lá e contrata o menino detestável como seu secretário. Sinceramente, nunca tinha visto um personagem tão odioso quanto o de Jaime Cepero. Parece que o objetivo dele na série é apenas envenenar quem quer que esteja por perto, não consigo vê-lo sendo honesto com ninguém. Ele não é um vilão que tem seu lado charmoso (como alguns podem enxergar Derek, por exemplo). Ele é simplesmente um personagem do qual absolutamente ninguém gosta. Não entendo a razão de ainda estar aí.
Tom é um personagem do qual continuo gostando mais. Ele realmente parece cada vez mais querer gostar do seu namorado. Todos já passaram por algo assim, eu entendo que, mesmo que ele não sinta química com o advogado, ele perceba que gosta dele como pessoa e esteja se esforçando pra que dê certo. A cena entre Tom e Derek a melhor parte do episódio. Pudemos descobrir um pouco mais sobre a briga entre os dois e o porquê dela ainda incomodar tanto. Além disso, a cena em que Tom foi contar a Ivy que ela está descartada como protagonista foi de doer o coração. Nunca gostei muito dessa adoração que o compositor tem pela loira, e deu pra ver que ele sofreu pra fazer o que precisava: dizer que, por mais que ela seja ótima, ela simplesmente não é uma estrela.
Julia voltou a ser a nossa velha conhecida que ama o marido pateta que canta Three Little Birds no Guitar Hero e com um filho bobão que chora quando a vida não é bela. Gosto deles assim, mas me pareceu que a cena com Michael não foi muito bem pensada, parece que os roteiristas escreveram em cinco minutos. O ator passou os últimos cinco episódios pressionando a ruiva, dizendo que não podia viver sem ela, insistindo pra ela aceitar o romance e, do nada, ele dá de ombros e diz que não estava pensando direito. Claro que ele pode ter pensado melhor sobre sua família, era isso mesmo que eu esperava, mas achei a cena meio jogada demais, não me pareceu sincera.
Nesta semana uma coisa ficou bem clara na batalha das protagonistas: Karen é mais pop, Ivy é mais Broadway. Por isso, por mais que eu ache que a novata coloca mais emoção nas suas interpretações, estou cada vez mais convencida que, se eu precisasse escolher, colocaria a loira para viver Marilyn. Ivy, a diva que manda seus companheiros espionarem Karen, não podia ficar sem um número musical e Dance to the Music foi também meio jogado no meio da cena do boliche. Ela quase ficou o mesmo tempo em cena quanto Dev. Eu realmente gosto do personagem do namorado de Karen, mas não entendo muito bem qual a importância do plot dele pra série.
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1×09 Hell on Earth:
