Depois de mais de oito meses, Smash está de volta! A première de duas horas veio fechando muitas das tramas chatas e sem sentido, limpando e consertando as pequenas sujeiras que tinham sido deixadas pelo caminho ao fim da primeira temporada.
Já no previously pudemos lembrar de Eileen demitindo Ellis. Na sequência inicial, com Karen cantando a belíssima Cut, Print… Moving On, vimos os atores e grupo de criação de Bombshell voltando pra casa depois do sucesso da temporada em Boston. Ivy, desde esse momento, já parece bastante arrependida de tudo o que fez, e até jogou todos os seus remédios (aqueles com os quais ela quase cometeu suicídio) no lixo. Karen obviamente não mora mais com Dev (que pelo jeito nunca mais vai aparecer na história), e foi morar com Ana (Krysta Rodriguez).
Eileen parece mais feliz que nunca com Nick. Tom e Sam continuam parecendo o casal perfeito e tentando dar suporte emocional a Ivy (ainda arrasada por saber que a estrela principal é sua inimiga) e a Julia, cujo casamento está por um fio. Bombshell parece estar no seu melhor momento, prestes a conseguir uma temporada na Broadway, com a crítica falando muito bem da produção (menos de Julia) e do elenco. Um dos novos rostos desta temporada é Veronica (Jennifer Hudson), uma veterana dos palcos, vencedora de alguns Tony Awards e que parece vir para ser uma grande mentora para Karen. Cantando Mama Makes Three e On Broadway (The Drifters), este último em dueto com Karen, pudemos apreciar todo o seu grande talento e belíssima voz. Entretanto, achei a personagem (ou será a atriz?) um pouco “insossa” no que diz respeito às suas expressões faciais. Triste e feliz parecem a mesma coisa no rosto dela, ao menos por enquanto.
Mas nem tudo poderia se manter dando tão certo assim, senão a série simplesmente poderia acabar, não é? Jerry obviamente tem um plano para derrubar Eileen, e a pergunta que não quer calar é: pra quem ele mandou a mensagem de texto dizendo pra colocar o plano em prática? O único nome que me vem à mente, infelizmente, é Ellis, quem eu esperava não ver nunca mais. Na verdade o plano de Jerry tem um objetivo mais infantil ainda: ele não quer apenas acabar com o trabalho de sua ex-mulher. Ele quer estar envolvido no trabalho dela, e acha que se ela não quer trabalhar com ele, então o espetáculo não pode existir. Birra. Mas parece que ele conseguiu o que queria e Bombshell vai poder sim voltar aos palcos, se for com ele trabalhando junto.
Por causa da investigação a respeito dos fundos do espetáculo, causada por Jerry, Bombshell fica congelada. Isso, somado à declaração de Rebecca Duvall de ter sofrido assédio sexual de Derek e às péssimas críticas a respeito do trabalho de Julia, faz com que ninguém mais tenha um emprego certo. Ivy, que já não tinha nem Bombshell como garantia (pois Karen simplesmente poderia tirá-la do elenco), se encontra numa situação um pouco pior, já que o fato de ter participado do musical sobre Marilyn Monroe parece ser um ponto negativo nas suas entrevistas de emprego. Achei esquisito vê-la cantando Don’t Dream It’s Over (Crowded House) numa dessas entrevistas. Ficou bonito, mas não me pareceu combinar com a personagem. Por outro lado, They Just Keep Moving The Line, (cantada na janta) é muito mais o estilo da loira, e me soou muito bem.
Diante dessa situação negativa, foi legal ver Karen erguendo a cabeça, indo em frente e lutando pra achar alguma outra coisa da melhor maneira possível. Foi justamente nesse momento que passamos a conhecer Kyle (Andy Mientus) e Jimmy (Jeremy Jordan), os bartenders que estão escrevendo um novo musical. Me apaixonei por Kyle na primeira cena em que ele apareceu com seu jeitinho adorável e ingênuo, mas persistente (de uma maneira nada chata) e batalhador. A acidental descoberta de Karen, assistindo a Jimmy tocando e cantando Broadway, Here I Come, se mostra interessante. Principalmente depois que o novo anti-herói deixou a atitude egoísta e estúpida de lado e resolveu colaborar com o amigo, mesmo com a cena bizarra de Karen cantando Caught in the Storm pra ele durante uma festinha na sua casa (sim, a música é linda, mas a situação foi um tanto embaraçosa, convenhamos). Claro que ele fará um belo par com Karen logo (e um par muito mais interessante do que o que ela formava com Dev, sendo sincera). Será que com todos os problemas que Bombshell está tendo ela simplesmente será colocada de lado e abrirá espaço para este novo musical?
Derek está no fundo do poço sem Bombshell e demitido do seu outro musical por conta das acusações de assédio sexual (parece que muitas outras atrizes tiveram coragem de seguir o exemplo de Rebecca). Pelo jeito foi a primeira vez na sua vida que ele percebeu que tratar dessa maneira toda e qualquer mulher que passe pelo seu caminho está errado. A cena no bar, com ele caindo no chão e as meninas cantando Would I Lie to You (Eurythmics) representou muito bem toda a sua queda, mas confesso que senti um pouco de vergonha alheia com a alucinação bizarra e surreal. O interessante foi ver que, mesmo sendo Karen sua musa, foi Ivy a pessoa a quem ele recorreu neste momento, com quem ele buscou conforto e consolo.
Julia e Frank finalmente acabou. Não, eu não torço por casamentos acabarem, e eu realmente gostava do Frank, mas o relacionamento deles estava completamente desgastado, não havia mais nenhuma confiança e nem um pingo de respeito. Michael simplesmente decidiu não continuar trabalhando em Bombshell e ao que tudo indica nunca mais o veremos também. Mas no último episódio da primeira temporada tivemos uma possibilidade de Julia estar grávida, e esse assunto não foi sequer tocado durante as duas horas de episódio. Será um plot simplesmente deixado de lado? Mas confesso que a nova situação de Tom e Julia, remetendo claramente a Will & Grace, me agrada bastante.
Smash voltou sem subplots esquisitos que não acrescentavam absolutamente nada à história, ao menos por enquanto. Eu gostei da volta e da “limpeza” geral, e estou bastante curiosa para ver se isso resultará realmente numa temporada melhor que a anterior. Espero que sim! E você, gostou do retorno?
