Após o excelente anúncio da renovação de Suits para a segunda temporada, inclusive com acréscimo de episódios, fomos presenteados com mais um episódio com altíssimo padrão de qualidade. Afinal, quando aparece um caso em que Harvey (Gabriel Macht) e Louis (Rick Hoffman) necessitam trabalhar juntos, podemos esperar um grande episódio!

Novamente, os protagonistas trabalharam em casos paralelos, o que confirma a independização de Mike (Patrick J. Adams). O escritório estava focado no caso de desvio de dinheiro de uma instituição de caridade, em que a dona possui uma importante influência nos negócios da Pearson&Harden. Harvey e Louis foram designados a comandar esse processo, até que Louis provoca um enfarto na única testemunha do caso. Foi comprovado que o advogado não foi o responsável pela morte, mas, já que ele adorou essa fama, aqui no blog nós diremos que a sua performance no interrogatório causou o falecimento, porque o que o Louis quer é lei para mim!

Com a morte da única testemunha, Harvey enlouquece com a falta de tato de Louis, entretanto Jessica (Gina Torres) os obriga a continuar trabalhando juntos. O que se percebe é que Louis parece não pertencer ao escritório: ele não é brilhante como Mike, poderoso e decisivo como Harvey e forte como Jessica. O personagem do Hoffman possui uma baixa auto-estima notória e para provar-se necessário ao escritório comete inúmeros erros, como chantagear uma possível testemunha. Fica claro que Harvey intimida Louis e a sua presença o deixa desconfortável.

Louis pode não ser páreo para a grande dupla da série Harvey-Mike (será que conseguimos dar um apelido para eles: Mirvey talvez?), mas ele é competente em sua função de crimes financeiros. E é esta qualidade que ajuda a solucionar o caso, concomitantemente com as habilidades de Harvey e o brilhantismo de Mike. O que nos parece o início de uma boa parceria de trabalho (já me conformei que Harvey e Louis não serão BFF) desaba com o sentimento de inferioridade e medo de que Harvey não lhe dê os devidos créditos. Para mim, Louis foi o grande personagem deste episódio e sua química com todos os atores impressionam cada vez mais (seus diálogos com Donna são fenomenais!).

Comparando com os demais episódios, Mike não teve grande destaque em Identity Crises, o que me pareceu estranho, pois quando vi o título logo imaginei que seria sobre sua verdadeira formação. Mike foi encaminhado por Harvey para trabalhar no caso da filha de um importante cliente do escritório que estava desviando dinheiro da empresa do próprio pai.

Apesar das intenções da garota serem extremamente boas, ela não era nenhuma Sandy (como a tradução da equipe de legendas Griots disse). A menina descobriu o grande segredo de Mike e o chantageou para abandonar o caso. Obviamente que essa atitude não levaria a nada, mas gostei muito da dinâmica dos dois personagens e achei que veríamos um possível envolvimento amoroso, será que vai ficar para os próximos episódios? Com certeza presenciamos o princípio de uma boa amizade, já que ela ajudou Harvey e Mike no caso do desvio de dinheiro da instituição de caridade e invadiu os computadores de Harvard para inserir o nome do golden boy em seus registros.

Para os fãs do casal Mike-Rachel (Meghan Markle) este não foi um episódio que deu grande desenvolvimento para os dois. Eles tiveram apenas uma conversa íntima no início do episódio, mas até nesta cena o grande destaque foi Louis.

P.S.: Vocês também perceberam a boneca que Mike ganhou no quinto episódio na sala de seu apartamento?

P.S.2: No início do episódio, Harvey menciona o livro “The Girl with the Dragon Tattoo”, em português “Os Homens que Não Amavam as Mulheres”, do jornalista sueco Stieg Larsson. Este autor foi um renomado jornalista em seu país e possui uma vasta pesquisa sobre crimes políticos e econômicos, principalmente relacionados à xenofobia e neofascismo. A trilogia Millenium, a qual este livro faz parte, é fascinante e eu recomendo a leitura, bem como os filmes suecos que retratam a história. Vale muito a pena!