Após um bloco de episódios alucinantes semana após semana, Undefeated apresentou um ritmo mais “lento” que os anteriores, onde não houve o desenvolvimento do principal plot da série (o grande segredo de Mike). Entretanto, o episódio solidificou e aprofundou a relação entre o golden boy (Patrick J. Adams) e Rachel (Meghan Markle) e apresentou o primeiro grande rival a altura de Harvey Specter (Gabriel Macht).
Ao anunciar o caso da semana – uma ação de classe contra uma empresa de petróleo responsabilizada por causar diversos tipos de câncer em uma comunidade escolar – imaginei que seria o processo mais emocionante (triste) até então. Entretanto, a presença de Travis Tanner elevou o episódio a outro nível, em que o grande foco foi um duelo de titãs entre o advogado e Harvey. Tanner, representando a empresa petrolífera, parecia estar sempre a frente da Pearson&Hardman, a.k.a. Harvey Specter, e impressionou a todos pela sua forma de trabalho, mesmo agindo de forma ilegal muitas vezes.
O trabalho de Tanner era, de uma forma sorrateira, atrapalhar a ação de classe do escritório, evidenciando os erros do passado dos clientes e, até mesmo, de Harvey. O advogado pareceu ser um mestre em jogos psicológicos que afetaram a todos ao longo do episódio e até o durão Specter foi influenciado por suas habilidades. O que Tanner não poderia saber é que Harvey trabalha muito melhor ao sentir-se desafiado/acuado. Muitas vezes, percebo que o sócio majoritário da Pearson&Hardman sabe do seu imenso potencial e que seus adversários não são páreo para ele, então foi ótimo vê-lo tão motivado ao longo do episódio.
Gostei muito do dilema de Harvey durante o caso: para vencer ele teria que jogar tão sujo quanto Tanner, algo que sempre se mostrou contra, mas se não tomasse nenhuma atitude 200 pessoas seriam ainda mais prejudicadas pela petrolífera. Além disso, Harvey sentia-se desafiado por Tanner e queria provar o quão bom ele é. O desfecho do caso deu-se quando Harvey ameaçou depor contra Tanner, explicitando todas as suas ações ilegais. Como as provas que Specter mantinha também foram coletadas de forma ilegal, mesmo ele dizendo que não iria usá-las, levantou a questão de até onde Harvey iria para não perder nenhum caso.
Enquanto isso, os sócios minoritários da empresa eram questionados por Louis (Rick Hoffman) e Jessica (Gina Torres) sobre um vazamento de informações ocorrido para a empresa adversária. Os funcionários foram instigados a acusar-se ou delatar o companheiro que tinha traído o escritório. Mike, mesmo não tendo absolutamente nada a ver com o caso, acabou envolvido na situação e foi responsável por acusar Rachel de ser a delatora. Obviamente, Mike não acreditou que ela fosse a traidora da empresa e fez de tudo para limpar o nome do seu possível futuro affair.
Rachel sentiu-se extremamente magoada com as acusações da Pearson&Hardman, principalmente de Louis, pois ela foi uma ótima funcionária durante os cinco anos de trabalho, e começou a questionar o seu emprego no local. Então, além de mostrar a todos que Rachel não era culpada, o golden boy ainda foi o responsável pela não saída da assistente jurídica da empresa. A cena final dos dois arrumando o “velho novo” escritório de Rachel mostrou, mais uma vez, a enorme química do casal e estou começando a ficar ansiosa para que algo aconteça no campo amoroso entre os dois, ainda que entenda a decisão dos roteiristas de nos afeiçoarmos aos personagens antes de nos apaixonarmos pelo casal.
P.S.: Vocês perceberam no princípio do episódio em que uma senhora pergunta para Mike e Rachel como eles conseguem namorar e trabalhar juntos e o golden boy disse que já está saindo com alguém? De quem será que ele estava falando? Jenny (Vanessa Ray)?
P.S.2.: Estou fazendo maratona de Fringe durante a summer season e fiquei impressionada em como a Meghan Markle cresceu como atriz. A sua atuação em Suits nem se compara com a participação no grande hit da FOX. Que bom que nós, fãs de Suits, estamos vendo-a em seu mais alto nível.
