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Supernatural – 6×13 e 6×14 Unforgiven e Mannequin 3: The Reckoning

Por: em 7 de março de 2011

Supernatural – 6×13 e 6×14 Unforgiven e Mannequin 3: The Reckoning

Por: em

Dois episódios em um ritmo menos frenético que o anterior, da mesma forma que toda a temporada tem se delineado, alguns episódios mornos seguidos de episódios eletrizantes. Resumindo, a típica Supernatural que conhecemos.

Supernatural vem, mostra o que vai ser do futuro do roteiro nos próximos episódios – ao menos uma esperança disso – e depois, em Unforgiven, segue como se nada tivesse acontecido. Todo o clima criado no episódio anterior para a introdução da Mãe de Todos, e nesse episódio ela recebe a menção de uma frase, apenas comentando que está tudo quieto demais. Ela recebeu tanta atenção quanto Mel Gibson e sua possessão – pense nisso.

Logo no início do episódio vemos um flashback de Sam completamente desprovido de compaixão, matando e batendo desnecessariamente, sem sequer considerar a necessidade de tais atos. Até Samuel, que não é um dos personagens mais providos de compaixão fica parecendo dócil com as reações de Sam. Em sua fase sem alma, Sam era o oposto do que conhecemos: pegando geral, quatro mulheres na mesma cidade durante a resolução de um caso – mais do que Dean em sua fase mais pegador-, sem nenhum traço de toda a ética, moral, e preocupação com os outros que estamos acostumados a ver em Sam. A inserção desse episódio com flashbacks justo agora, que Sam acabou de descobrir que fez coisas realmente ruins quando esteve sem alma foi uma ótima idéia, porque nem nós, espectadores dessa fase dele, sabíamos mensurar as atrocidades que ele cometeu nesse tempo – e na verdade seguimos sem saber por completo.

O melhor desse episódio foram os flashes que Sam tinha das lembranças de um ano atrás, quando havia estado na mesma cidade, fazendo a mesma caçada. Foi uma forma inteligente de reconstruir a missão pela qual ele e Samuel passaram. Esses flashes deixam claro que se esforçando ou não, a memória de Sam tende a voltar aos poucos, e que cedo ou tarde, de tanto ser arranhada, essa muralha vai desabar.

Fiquei com a sensação de que essa memória do inferno que escapou ao final do episódio foi precipitada, mas analisando tudo o que ele lembrou durante o episódio, até faz sentido que ele não lembre só do que seu corpo fez nesse tempo, mas também o que a sua alma sofreu no tempo correspondente, só que com esse final, não podemos saber se ele lembrou de um pedacinho do seu tempo no inferno ou se lembrou de tudo. É claro que ele se tornaria um vegetal após se lembrar de tudo e os roteiristas não queimariam um dos protagonistas bem no meio da temporada, mas até onde o dano dessa memória foi, não há forma de saber, ao menos agora.

Algo que me fez pensar nesse episódio é o fato de todos os últimos monstros de Supernatural serem, de alguma forma, um humano com alterações. Os dragões do episódio passado e os arachnes desse, tem bem pouca diferença no final das contas – fisicamente falando, é claro. Fora esse detalhe técnico inconveniente, acho uma iniciativa muito interessante, a de acrescentar monstros extintos e de outros lugares do mundo – aos meus olhos está funcionando bem, e faz com que não se caia na mesmice demônio-fantasma-demônio de sempre.

E fica aqui uma dica muito valiosa para os leitores: se você receber sms de um número desconhecido, com coordenadas de um lugar, ir até lá não é uma opção!

Mannequin 3: The Reckoning começa exatamente na cena em que Unforgiven acabou: Sam desacordado, Dean apavorado com as convulsões do irmão, até que ele acorda. Dois minutos de desmaio equivalendo a uma semana de inferno. A cena ficou perdida no contexto do episódio e foi muito rápida, como se Sam se recuperasse de uma semana de memórias do inferno em alguns minutos. Nesse episódio nenhuma menção foi feita a Mãe de todos, mesmo assim foi um bom episódio.

O nome do episódio é referência a dois filmes: Manequim de 1987 e Manequim: A Magia do Amor de 1991. Preciso confessar que morri de medo dos manequins. Nas lojas sempre evito olhar pra manequins por muito tempo, alguns tem um jeito perturbador, parece que já vão se mexer. Até já pensei em ter um manequim desses em casa, justamente pra perder esse medo bobo. No geral, gostei do caso, foi mais uma história de fantasmas, mas relembrando a boa época dos fantasmas em supernatural – lembram do episódio do manicômio mal assombrado? Até hoje tenho medo de reassistir.

O fato do fantasma estar ligado ao rim da irmã da menina foi a parte mais intrigante da história. A morte da irmã acabou ficando um pouco solta no contexto, até agora não consegui entender como o vidro foi parar no abdomen dela, e o fato dela precisar morrer para que um bando de babacas vivesse, acabou sendo a parte do desperdício de história, porque seria legal ver os irmãos trabalhando em uma forma de mantê-la viva e acabar com o fantasma.

Várias piadas muito boas e o clima entre os irmãos me lembra o início da série. A sequência de Dean falando: “Be my valentine” (repetida, mas ainda engraçada), entregando o coração pra Sam e dizendo: “Have a heart!” foi o máximo. No final do episódio, Dean gritando “Leave my baby alone!” quando o fantasma possuiu o Impala, hilário!

Lisa liga, Dean ignora. Lisa liga denovo e na verdade era Ben, pedindo ajuda, dizendo que a mãe não sai da cama, e que mal fala com ele. Dean resolve ir verificar e no final das contas era só ciumes de Ben, por Lisa estar saindo com outra pessoa. Achei legal da parte de Dean ir até lá, por mais difícil que tenha sido pra ele, e ainda torço pra eles fiquem juntos outra vez. A conversa entre Ben e Dean foi comovente, e com certeza as palavras de Ben fizeram Dean pensar melhor sobre a falta que Ben e Lisa fazem em sua vida, como mostrou a cena em que Dean dirigia pensando em Ben e Lisa e na família que eles foram.


Bruna Antunes

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Battlestar Galactica

Não assiste de jeito nenhum: Sex and the City

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