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Supernatural – 6×15 e 6×16 The French Mistake e And Then There Were None

Por: em 8 de março de 2011

Supernatural – 6×15 e 6×16 The French Mistake e And Then There Were None

Por: em

Dois episódios ótimos, calando a boca daqueles que só reclamam que Supernatural perdeu o fio da meada. The French Mistake entrou de vez para o meu roll de top10 melhores episódios de Supernatural, sendo filler ou não, foi inesquecível. And Then There Were None mostrou a que veio a famosa Eve, Mother of All, finalmente alguma luz sobre essa trama!

The French Mistake foi um episódio inesquecível. Nunca ri tanto com Supernatural e preciso confessar que mesmo sendo fã da série há vários anos, eu não sabia de vários fatos mostrados nele sobre o contexto da série e a vida real dos atores. Logo que acabei de assistir fui correndo ao Google conferir sobre a Genevieve e o Jared casados, sobre o produtor executivo Robert Singer ter dado seu nome e sobrenome a um personagem, sobre as gravações serem feitas no Canadá, e tantas outras coisas legais que esse episódio mostrou.

Não consigo imaginar um fã sequer que não tenha adorado esse meta-episódio. E dúvido que tenha sido difícil produzir e gravar, porque todas as cenas eram deliciosamente engraçadas! As cenas de Misha foram incríveis: o ator representou a ele mesmo sendo um twitteiro doido, que adora fazer a ‘voz de Castiel’ e paga todos os micos possíveis para ser amigo dos protagonistas. Não deve ter sido difícil e deve ter rendido muitas gargalhadas fazer uma versão covarde de si mesmo! O primeiro twit mencionado por Misha: “Ola mishamigos! J2 got me good. Really starting to feel like one of the guys.” está no twitter real do ator!

Sobre a historia do episódio, Balthazar manipula os irmãos para que acreditem que estão mesmo carregando – para outra dimensão – a verdadeira chave do lugar onde estão as armas do céu que Raphael tanto deseja. Castiel também admite no final do episódio que sabia se tratar de uma farsa para enganar Raphael e Virgil, o anjo enviado para acabar com os irmãos e com ele. Essa foi toda a trama desse episódio, uma miséria de história que me fez muito feliz, porque FINALMENTE Castiel está usando da ajuda dos irmãos para vencer a guerra dos céus! E que isso aconteça muito mais nesse final de temporada que está por vir! Não houve menção a Mãe de todos, mas diante da participação dos irmãos na guerra civil dos anjos, nem precisava.

Jared e Jensen, interpretando Sam e Dean, interpretando Jared e Jensen, uma idéia completamente doida e muito engraçada. Os dois pagando de atores em muitas tentativas de cenas e a cara de Misha e dos diretores não entendendo o que havia de errado com eles, foi impagável. Todas as piadas envolvendo a fama dos atores: Jensen em Days of Our Lives, a mansão onde supostamente Jared e Genevieve moram, as diversas insinuações sobre protagonistas de séries que não se falam na vida real, foi lindo.

Mas a cereja do bolo, certamente foi a morte de todos os envolvidos na produção da série: Robert Singer ligou para Sera Gamble, que disse não ter autoridade sobre os atores e que Eric Kripke, antecessor dela e criador da série, é que deveria tratar com eles sobre a situação. O próprio Eric não só apareceu como morreu, alvejado de balas!

And Then There Were None foi um episódio cheio de mortes. Gwen, a prima em terceiro grau dos irmãos não precisava ter morrido de uma forma tão boba, afinal, Samuel anda sempre tão acompanhado de outros caçadores e até de demônios, porque logo ela, uma personagem que teve alguma empatia significativa com Dean, precisava morrer? O mesmo se aplica a Rufus: mesmo sendo um caçador ranzinza, e que pedia mil favores a Bobby, ele sempre aparecia quando era necessário o seu conhecimento sobre assuntos sobrenaturais desconhecidos dos irmãos e de Bobby. Achei uma morte completamente desnecessária. Já sobre a morte de Samuel, eu não tenho nada a reclamar. Óbvio que o personagem ainda deve aparecer em flashbacks da memória perdida de Sam, da sua fase sem alma, mas só o fato desse avô traíra ter morrido, já me deixa mais satisfeita, porque eu nunca gostei dele.

O que me deixou pensativa nesse episódio foi a efemeridade da presença de Samuel nessa temporada. Nada foi explicado sobre a sua real motivação, pra voltar dos mortos, e a única informação que se sabe é que ele queria a todo custo trazer Mary a vida novamente, porque não conseguia viver se ela não estivesse viva. Sinceramente? Não me desce essa explicação, e ainda não faz sentido a volta dele, fora o fato de manter Sam-sem-alma acompanhado em suas caçadas durante o tempo que Dean brincava de casinha com Lisa e Ben.

Sobre a questão do passado de Rufus e Bobby, acho que os roteiristas não acertaram a mão. Se era pra criar alguma expectativa, então que eles contassem de vez o que houve em Omaha, e não ficassem de frescura sobre de quem é a culpa e quem deveria ter escutado quem. Na verdade essa é a maior reclamação mesmo, sobre esse episódio, faltou objetividade. Em momento algum acreditei que os roteiristas matariam Bobby, mas quando vi os irmãos em frente a uma cova recém fechada, até pensei por uma fração de segundo que pudesse ter sido Bobby.

E sobre a Eve, até agora não me deu medo, nem ansiedade pra saber o que ela vai fazer afinal, porque toda essa organização de criaturas, em direção a ela me parece bem vaporosa. Se acontecesse ao menos uma cena nesse episódio que mostrasse a dimensão que essa organização de criaturas está tomando, talvez desse mais contexto sobre o que está pra acontecer, e faria os espectadores sentirem que Eve é algo a se temer de verdade, e não uma história perdida.

Dessa vez o hiatus nos castiga até 15 de abril. Até lá ficamos com o preview do que nos espera.


Bruna Antunes

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Battlestar Galactica

Não assiste de jeito nenhum: Sex and the City

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