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Supernatural – 6×21 Let it Bleed e 6×22 The Man Who Knew Too Much (Season Finale)

Por: em 21 de maio de 2011

Supernatural – 6×21 Let it Bleed e 6×22 The Man Who Knew Too Much (Season Finale)

Por: em

Dois episódios que trouxeram fatos já esperados para essa temporada, que acabaram sendo adiados ao máximo: o clássico de deixar tudo de melhor acontecer na Season Finale. Lisa e Ben voltam a trama para que Dean tivesse sua parcela de sofrimento, a barreira na mente de Sam se rompe para que ele tivesse a dele também, e finalmente, toda a trama envolvendo Crowley, Castiel, Raphael, Bathazar, céu e inferno e purgatório, se desenvolve. Como a sétima temporada começa em setembro, o gancho necessário a ela foi feito – muito bem feito – na última cena desse season finale. Mas vamos aos episódios, separadamente.

Sobre Let it Bleed: As referências a H.P. Lovecraft em Supernatural acontecem há várias temporadas, não é de agora. E nessa temporada, que elas se tornaram mais óbvias, achei muito justo Supernatural ter citado esse grande autor de clássicos de horror. Esse episódio foi um episódio de ligação, que deu caminho ao season finale e que trouxe alguns elementos que claramente estariam presentes nessa temporada e que até agora não tinham sido trabalhados.

Algo que eu já esperava depois o início da temporada finalmente aconteceu: Lisa e Ben, os pontos fracos de Dean, foram sequestrados por demônios, por ordens de Crowley. Achei legal Ben estar lendo Lovecraft na cena do sequestro, já que esse episódio resolveu dar a ele os créditos merecidos. O desespero de Dean na busca por eles era óbvio, foram muito comoventes as cenas em que ele e Sam levam Lisa ao hospital as pressas, com medo de que o pior acontecesse a ela. Ben foi muito corajoso quando necessário, mas a forma como ele se portou no hospital, mesmo sem falar nada, colocando a culpa em Dean pelo que aconteceu, foi decisiva para que Dean decidisse por apagar as memórias deles. Considerando as coisas que o demônio disse quando estava no corpo de Lisa, seria muito cruel manter Ben com as memórias do acontecido, mas apagar tudo que eles viveram juntos, eu achei um exagero desnecessário.

A minha opinião é que essa solução foi um paliativo para tentar tirá-los do foco de Crowley, mas no fim das contas, não tem como ser definitivo, porque por mais que eles não lembrem de Dean, o Dean sempre vai lembrar deles e do tempo feliz que viveu com eles. E esse é um fator decisivo que os coloca sempre na mira de quem quiser afetar Dean. A cena em que os dois não reconhecem Dean foi comovente. Eu ainda espero um final feliz pra essa família, mesmo que demore muito pra isso.

Castiel é benevolente, salva a vida de Lisa, mas não faz nada para impedir Crowley de sequestrar Lisa e Ben. Castiel só cuida das consequências dos atos de Crowley, mas não consegue parar os atos em si. E nesse momento, por mais que ele queira manter os irmãos ao seu lado, não há mais o que fazer, Castiel está fora de controle, e passa a considerá-los inimigos.

Sobre a ajuda de Balthazar, acho que em algum momento dos ultimos episódios eu assumi que Balthazar sempre soube dos tratos de Castiel com Crowley. Me equivoquei. Nesse episódio, ele não só cobra de Castiel explicações sobre o trato, como também se diz aliado dos irmãos Winchester por ter se sentido enganado. Apesar da grande ajuda de Balthazar, localizando Lisa e Ben para que Dean e Sam pudessem resgatá-los, eu ainda tenho meus 2 pés atrás com ele.

Em paralelo, as investigações de Bobby atrás da história mencionada no diário de Mishe Campbell sobre H.P. Lovecraft, levaram a um feitiço, que abriria o portal para o purgatório. Esse feitiço, feito em 10 de março de 1937 teria sido executado por Lovecraft e mais seis pessoas – todas mortas no máximo 1 ano após esse dia. As buscas de Bobby chegam até o filho de uma empregada que mostra a foto de quem? Dr. Elle Visyak, a dona da espada que matava dragões em Like a Virgin. Queria que a história dela fosse mais desenvolvida: que tipo de monstro ela é, qual a intenção dela em manter fechada a porta do purgatório, porque matou as pessoas que fizeram o feitiço para abrir a porta, e tantas outras informações interessantes e talvez, relevantes pra season finale.

Sobre The Man Who Knew Too Much: Adorei a forma escolhida para mostrar o quanto a quebra da barreira afetou a mente de Sam. Vários Sams, perdidos dentro da sua própria mente dele, e a cada Sam que o original encontrasse, ele  deveria matá-lo para que aquela parte da memória se integrasse. Mesmo sofrendo com as memórias do inferno, e sabendo as atrocidades cometidas pela sua versão sem alma, Sam é forte o suficiente para cumprir sua missão. E mesmo com todo o sofrimento – que segundo a morte acabaria com ele -, Sam é capaz de se libertar, e ir ao encontro de Dean e Bobby.

Uma das partes de memória que Sam recupera, é de quando ele, Dean e Bobby encontram Elle desmaiada, sangrando e ela confidencia a eles a “receita” para abrir a porta do purgatório. Algo que ela deveria ter contado a Bobby no episódio anterior. Outra memória que Sam recupera, é de si mesmo matando a moça que o ajuda no bar, desde o momento em que ele começa a buscar sua identidade dentro do sonho. É o momento em que ele toma consciência das mortes dos inocentes que sua versão sem alma deixou pelo caminho. Ele está consumido pela culpa, mas culpa a essa altura, onde não se pode mais mudar o que ele fez, não ajuda em nada.

Mas agora chega de Sam, vamos ao que interessa: Castiel, em um golpe de mestre, engana Crowley com sangue de cachorro. Achei bem primário dele não ter verificado que aquele não era o sangue certo para o feitiço. Sobre Raphael, gostei de ver a versão feminina dele, só achei um tanto parada. O Raphael de antes, era mais pé na porta, soco e pontapé, e dessa vez ele só ficou de conversinha, mesmo quando Castiel se tornou o todo poderoso, e obviamente destruiria com ele!

O momento que me fez “acordar” pra esse episódio foi quando Crowley voltou a casa onde Castiel estava protegido pelos anjos, com aquela nuvem de demônios e com Raphael a tiracolo. É claro que me arrepiei quando “Carry on my wayward son” tocou no início do episódio, e a retrospectiva de toda a temporada foi mostrada, mas toda essa perseguição do Sam por ele mesmo em sua mente, e Dean e Bobby sentados esperando que a solução caísse do céu, fez o episódio ser mais lento. Até que Balthazar vem, dá a informação que eles precisam e abandona-os. Só essa informação já é suficiente para Castiel acabar com ele. Mortes são necessárias em season finales, ainda mais em Supernatural, mas eu esperava que Castiel fosse mais benevolente com o anjo mais próximo dele. Com o fim de Raphael, com o extermínio que Castiel fará no céu, acabando com os seguidores de seu oponente, e com Crowley fugindo apavorado, o que resta nessa história é o quanto a presença dessas almas dentro de Castiel mudarão sua visão sobre a criação – que nem é dele.

Outra vez é refeito o questionamento que sempre volta a Supernatural: E cadê Deus, cadê o criador para colocar ordem na bagunça?  E será que agora, com Castiel sendo o todo poderoso, os irmãos se ajoelharão pedindo perdão? Ficou claro nas cenas finais que falta sanidade nas escolhas de Castiel, e não é de agora. Será que um dos grandes amigos de Dean e Sam agora se tornou seu maior inimigo? Esse é o maior gancho para a sétima temporada de Supernatural, que volta em setembro!

Adorei acompanhar a temporada aqui com vocês, e espero que tenham gostado das reviews dessa sexta temporada!


Bruna Antunes

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Battlestar Galactica

Não assiste de jeito nenhum: Sex and the City

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