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Supernatural – 7×05 Shut Up, Dr. Phill e 7×06 – Slash Fiction

Por: em 1 de novembro de 2011

Supernatural – 7×05 Shut Up, Dr. Phill e 7×06 – Slash Fiction

Por: em

Um episódio nem tão bom assim, que se situou naquela linha tênue entre o trash engraçado e o trash ruim e outro que foi bom, mas ainda assim com algumas ressalvas…Supernatural, não me assuste!  Eu quero muito acreditar que você tem potencial pra voltar àquela boa série da 2ª e da 3ª temporada – eu tenho plena consciência de que retornar ao nível da 4ª é quase impossível. Mas, pra isso, é preciso um pouco mais de esforço da parte dos roteiristas, especialmente no que diz respeito aos pequenos acréscimos que essa trama dos Leviatãs trouxe à mitologia da série.

O meu maior problema com o quinto episódio da temporada, Shut Up, Dr. Phill, foi o tom no qual ele foi executado. Eu consegui comprar a história de casal de bruxos, de mulher vingativa e tudo o mais que envolvia o casal Stark. Entendi bem o que o roteiro queria passar, era só mais um caso filler de Supernatural, como tantos outros. Mas a condução da história acabou tornando-a chata e sonolenta, sem contar em todas as bizarrices que tentaram comportar em 40 minutos de tela.

Bizarrices que funcionam bem, quando a própria série não se leva sério, mas aqui aconteceu exatamente o contrário: Eles não tinham pretensão alguma de fazer o episódio parecer trash ou algo do tipo. Eu não assisti Buffy religiosamente, apenas alguns episódios soltos aqui e ali, mas conheço várias pessoas que assistiram e gostaram bastante do episódio, já que ele contou com a presença de James Masters e Charisma Carpenter, respectivamente Spike e Cordelia. Acho que a participação dos dois levou a produção a tentar inserir no episódio um clima meio Buffy, especialmente por a história central envolver bruxaria.

As mortes foram um caso à parte. Mais alguém ou só eu me senti assistindo uma versão televisiva de algum Final Destination (aka Premonição, aqui no Brasil)? Todos os assassinatos, sem exceção, me lembraram diversos momentos da franquia, pela maneira inusitada – e engraçada – como aconteceram. O problema disso é que eles quebravam o clima de seriedade que o episódio tentava impor, sem contar a freqüência. Ok, não é a primeira vez que Supernatural usa um recurso assim – quem lembra da Paris Hilton sem cabeça na 5ª temporada? – mas talvez o excesso tenha prejudicado um pouco.

Mas o episódio não foi uma completa perda de tempo. O caso da semana foi fraco, mas eu gostei de ver que não estão esquecendo a trama central. Os Leviatãs não tiveram exatamente uma grande importância aqui, mas só o fato de aparecerem por alguns minutos me dá uma tranqüilidade por perceber que a série está firme em seu propósito de contar a história deles – já que na temporada passada, mudamos de trama central umas 4 vezes e, no final das contas, nenhuma funcionou.

O que me incomodou mesmo foi a resolução de toda a história. O Dean matou a Amy pelas costas do Sam e aqui simplesmente vai embora sem procurar qualquer tipo de solução para matar os bruxos? Assim como a Amy, eles são monstros. Não dá pra confiar na palavra deles que não voltarão a matar. Ok que matar um kitsune é muito mais simples do que um bruxo, mas mesmo assim, esperava um esforço maior dos irmãos em procurar uma forma de resolver a situação.

E depois de toda a decepção com esse 5º episódio, foi com alívio que assisti a Slash Fiction. O episódio não foi nenhum primor – na verdade, ainda é inferior aos 3 primeiros da temporada – , mas conseguiu contar sua história sem rodeios, divertiu sem precisar se usar de um lado trash e deu uma maior amplidão ao arco dos Leviatãs. Se fosse um episódio exibido nas 4 primeiras temporadas, certamente seria fraco, mas com a óbvia queda de qualidade da série, é preciso mudar também o parâmetro de comparação, não é?

Eu ainda vejo alguns problemas na história dos Leviatãs. Sinto falta de um propósito maior, um motivo para tudo que eles andam fazendo. O que vem acontecendo é que eles andam, matam, comem as pessoas, procuram Sam e Dean e assim seguem a vida, sorrindo e pronto. O Azazel queria se vingar dos Winchesters, a Lilith queria libertar o Lúcifer, o Lúcifer… Bem, ele era o Lúcifer, não é? Conversando com uma amiga esses dias sobre esse plot, ela me disse que o que acontece é que não existiam mais monstros no arsenal da serie – depois de derrotarem o próprio demônio, o que mais poderia vir? Por isso vieram com os Leviatãs.

Mas eu gostei bastante do fato de finalmente termos conhecido o chefe das criaturas. Dick Roman (nome engraçado, eu diria) parece ser um bom personagem, a cena dele conversando com o Crowley foi excelente (que saudade que eu tava do Mark Sheppard!) e deu pra ver que ele não está de brincadeira. Sam e Dean que se cuidem.

A trama dos dopplengangers, por mais batida que seja, funcionou bem. Foi divertido ver os Winchesters fugindo da polícia e tendo que mudar sua rotina pra se esconder.A cena que eu mais gostei de toda a situação foi a que os leviatãs começaram a descrever como eles viam o Sam e o Dean. Sensacional o monstro falando que o Sam era um louco esquizofrênico. O que eu achei besta foi a saída encontrada pra destruir os Leviatãs. Borato de Sódio, really? Sei lá, esperava algo totalmente diferente. Quer dizer que os grandes monstros que surgiram antes dos homens e dos anjos são derrotados com um simples produto químico? Tava achando até interessante a coisa de cortar a cabeça e ela voltar pro corpo, mas depois dessa, até desanimei um pouco.

Mas o maior problema do episódio, na verdade, diz respeito aos Winchesters. Eu já estava achando toda essa história da Amy meio exagerada – não é como se fosse a primeira vez que o Dean mentisse pro Sam ou como se ele amasse a Amy por uma vida inteira -, mas os caminhos que ela tomou aqui foram absolutamente desnecessários. Causar uma discórdia entre os irmãos a essa altura do campeonato? Essa trama do Sam se revoltar e querer seguir um caminho diferente já não deu certo uma vez, espero que não retornem a ela novamente e que essa briga seja temporária.

Mas tirando esse detalhe e o ponto fraco dos Leviatãs, eu gostei do episódio. Acho que a temporada ainda está com saldo positivo. De 6 episódios, foram 2 ótimos (7×01 e 7×03), 3 bons (7×02, 7×04, 7×06) e apenas 1 (7×05) abaixo da média. No ano passado, o saldo era bem diferente.

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PS. Eu sei, eu sei, review dupla é feio. Tanto pra quem lê quanto pra quem escreve. Prometo que vou organizar melhor meu tempo a partir de agora.

PS². Bobby e a Xerife: Gostei. Será que dá liga?

PS³. Muita, muita, muita saudade do Cas.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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