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Supernatural – 7×09 How To Win Friends… e 7×10 Death’s Door

Por: em 9 de janeiro de 2012

Supernatural – 7×09 How To Win Friends… e 7×10 Death’s Door

Por: em

Primeiro, uma explicação: Sim, esses reviews estão mega atrasados e a culpa é toda minha, que não consegui organizar bem o meu tempo no fim do ano e chocando a faculdade com as séries. Uma das minhas metas pra 2012 é fazer uma melhor divisão dos meus horários e evitar situações com essa. Mas bom, ninguém quer mesmo saber disso, então vamos aos episódios.

O que os roteiristas de Supernatural têm na cabeça, alguém consegue explicar? Tirar o Castiel da série já foi meio que uma medida suicida, mas tirar o Bobby? Really? Em que universo eles acharam que isso seria uma boa ideia? Quando o episódio 7×09 terminou com o headshot , eu tinha praticamente certeza de que ele não iria morrer, que a série não se arriscaria ao ponto de tirar outro personagem bastante querido pelos fãs, logo tão pouco tempo depois da perda do Cas. Estava enganado e isso só me faz criar uma hipótese: O fim está próximo.

Talvez ainda não venha em maio agora, eu particularmente acredito que teremos mais uma dispensável temporada, mas a preparação do terreno parece cada vez mais clara. O que vem acontecendo é uma clara tentativa de volta as origens das 2 primeiras temporadas, aos bons tempos do rock (mas sem  o rock!), aos tempos em que Dean e Sam caíam na estrada para enfrentar monstros, sem se preocupar com Lilith, Apocalipse, Lúcifer ou Leviatãs. A quantidade de fillers que a temporada vem trazendo, somado com o pouco desenvolvimento da trama dos Leviatãs, me faz pensar nisso. Honestamente, eu prefiro esse caminho ao que o que foi escolhido na 6ª temporada, onde a toda semana a trama central mudava, sem nenhuma se desenvolver decentemente.

Mesmo o episódio 7×09, por exemplo, que não foi teoricamente filler, já que tratava da trama dos Leviatãs, veio com aquele clima old. O problema é quando os roteiristas parecem subestimar a inteligência de quem está assistindo e acreditam que só apostar nisso é garantia de sucesso. Não é. E esse dito episódio é a prova. Eu estava gostando do começo dele, daquele clima de cidade pequena, do demônio de Jersey, tudo parecia ser interessante e convergia para um bom episódio, mas a partir do momento em que a trama dos Leviatãs foi revelada, ele perdeu força.

Algumas partes foram bacanas: A caçada na floresta, o Dean com o sanduíche (não sei se já comentei, mas o Jensen Ackles consegue interpretar um Dean chapado/drogado/junk/whatever muito bem e nesse episódio não foi diferente, a trama foi fraca, mas foi engraçadíssimo assisti-lo daquele jeito), a conversa do Sam e do Bobby no carro sobre o Dean, a conversa com o Dean depois… É como se eles estivessem preparando o terreno para a partida do personagem.

O maior problema que eu vejo na história dos Leviatãs é algo que eu já falei por aqui antes, mas que persiste: Eles estão soltos, sem objetivo. Pra o tipo de monstros que a mitologia tentou construir, algo que surgiu antes dos anjos e demônios, eles continuam fracos, uma versão piorada dos demônios de antigamente. O Mr. Dick não consegue convencer muito bem como chefe (eu queria entender porque ele é o chefe), o plano deles ainda não está totalmente claro… De certa forma, eu sinto como se estivéssemos voltando na 5ª temporada, onde os roteiristas enrolaram uma história por 20 episódios para correr nos 2 últimos.

Diferente de seu antecessor, Death’s Door foi um episódio muito bom – o melhor da temporada, eu diria. E eu vou além e digo que ele tinha a obrigação disso: Era o episódio de despedida do Bobby, que está ali desde que eu me lembro por gente, ajudando os garotos e sendo o pai que eles precisaram em muitos momentos. Como estamos falando de Supernatural, ainda não me surpreenderia se ele retornasse, mas confesso que não gostaria que isso acontecesse.

A perda dele foi uma tática ousada dos roteiristas – ousada e que pode ser destrutiva, isso é algo que só os próximos episódios vão dizer. Com isso, a série saiu de seu status quo, tirou de Dean e Sam seu porto seguro, seu apoio. Vai ser interessante ver como essa perda vai se refletir em cada um deles, especialmente no Dean, que perdeu o Cas recentemente –e não vamos ser hipócritas em dizer, por exemplo, que o Sam sente a mesma falta do Cas, porque ele não sente.

Foi ótimo conhecer mais sobre o Bob. Ele está na série há muito tempo, então já que essa é sua despedida, nada mais natural do que conhecermos seu passado, sua infância, suas relações familiares. O recurso foi bem colocado no episódio – que seja feita a justiça, Supernatural ­sabe fazer episódios que mexem com o tempo -, as cenas estavam com uma carga dramática no tom, o Jim Beaver estava excelente e eu me emocionei em algumas, especialmente na discussão com o pai, quando ele fala dos meninos. A volta do Rufus foi uma excelente pedida.

Alguns podem reclamar do episódio por ele não ter avançado na trama central, mas Supernatural já adia tanto isso, que não é algo que chega a me incomodar. Essa primeira metade da temporada foi composta de 10 episódios e trama andou pouquíssima coisa. Espero que nos próximos, sigam adiante e consigam torná-la interessante e coerente.

A última cena foi minha favorita. O olhar do Bobby para o Dean e para o Sam, a chance de continuar como fantasma, a proposta do Ceifeiro… Particularmente, eu prefiro que ele vá de vez. Não seria a mesma coisa ver o Bobby apenas como um fantasma, acho que inviabiliza o personagem e ainda torna desnecessário todo o clima de despedida do episódio.

A quem possa interessar…  O review do episódio de retorno, o 7×11, sai ainda hoje!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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