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Supernatural – 7×12 Time after Time

Por: em 18 de janeiro de 2012

Supernatural – 7×12 Time after Time

Por: em

Time after Time é o típico episódio que tinha tudo pra dar certo, mas que na execução, deu errado. Não queria ser pessimista, mas se Supernatural não anda acertando mais nem com viagens no tempo, ramo no qual a série sempre se saiu bem, por mais perdida que ela estivesse, é hora de acionar o sinal de alerta. Esse 7º ano começou superior ao seu antecessor, mas começa a seguir um caminho que me preocupa.

A questão não é a existência dos episódios fillers, porque já fiquei conformado (não satisfeito) com o estilo que o show vem seguindo de acumular tudo para o final, o grande ponto é o nível dos casos-da-semana que teremos que passar pra chegar até lá. Se antes eu tinha esperanças de que a 7ª temporada me fizesse esquecer o desastre que foi a 6ª, hoje eu coloquei meus dois pés atrás novamente.

Essa semana não tivemos uma trama tão sonolenta quanto semana passada, mas chegou perto. E eu ainda não consigo entender no que erraram. Eu estava bem ansioso pra ver o que fariam com o Jason Dohring, o eterno Logan Echolls, mas a participação dele foi reduzida, tendo entrado em foco apenas nos 20 minutos finais do episódio. Um dos problemas que eu consegui identificar foi exatamente esse: A demora em fazer com que a história engrenasse. A primeira parte foi sonolenta, desinteressante e não funcionou. Eu entendo que era uma apresentação da trama, mas nem por isso ela tinha por obrigação ser chata.

Não entendi o lance do Sam com a Xerife. Taí algo que foi REALMENTE aleatório e que não fez sentido. Tudo bem, ela ligar pros garotos é óbvio, já que devem ser as únicas pessoas que ela conhece que poderiam ajudar na situação, mas daí a achar que ela funcionaria sozinha com o Sam em cena é otimismo demais. Ela funcionava quando estava com o Bobby porque era interessante a relação entre os dois e o Bobby conseguia sustentá-los sozinho, diferente do Sammy.

Mas nem só de pontos ruins foi o episódio – e isso já é muito positivo quando comparado com semana passada. A reconstrução dos anos 40 foi bem feita – e eu não esperava diferente, já que a série nunca errou nesses episódios em termos de cenário -, o Dean estava ÓTIMO como canastrão (Acho que o Jensen Ackles já tem uma veia canastra, então fica bem melhor quando o roteiro pede algo assim do personagem), as cenas dele com o “Eliot Ness” e as referências à Os Intocáveis estavam no tom e a dupla teve uma química bacana, o que manteve todo o clima do episódio “do lado de lá” bacana e no tom, em discrepância com o “tempo real”.

A história de deus-do-tempo-apaixonado-que-quer-viver-com-a-amada é clichê, eu consegui adivinhar que o plot seria esse faltando uns 10 minutos pro fim do episódio, mas ainda assim funcionou. Os momentos em que o episódio criou uma tensão foram exatamente nas sequências do confronto, do Dean, do Eliot e do Chronos. Achei a morte dele bem fácil, mas a cena final, daquele tipo de “profecia/aviso” envolvendo os Leviatãs foi legal. Aliás, notaram como o previously do episódio só veio mesmo pra falar que os monstros sangram fluido preto? Às vezes parece que os roteiristas de Supernatural acham que os seus espectadores não conseguem acompanhar a série.

Eu queria ter gostado mais do episódio, fui assistir esperando algo bacana, divertido e canalha – que é exatamente o que meu baixo nível de exigência com Supernatural vem pedindo desde meados da 6ª temporada. Não sei se é a série que não funciona mais comigo ou se o nível realmente tá baixo, só sei que tudo o que eu peço é por bons episódios fillers e até um desenvolvimento da mitologia, como vinha sendo feito no começo dessa temporada e em algumas vezes da 6ª.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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