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Supernatural – 7×13 The Slice Girls e 7×14 Plucky Pennywhistle´s

Por: em 12 de fevereiro de 2012

Supernatural – 7×13 The Slice Girls e 7×14 Plucky Pennywhistle´s

Por: em

Ver esses episódios seguidos me deixou com a certeza de que Supernatural virou mesmo uma montanha russa. E, sinto dizer, com mais baixos do que altos. Temos 2 ou e 3 episódios ruins e/ou chatos, 1 ou 2 bons e voltamos pro ruins. Sem contar os Leviatãs, que deveriam ser a trama central, mas depois do retorno do hiatus, foram praticamente esquecidos, com apenas o Dick Roman ganhando uma menção aqui e outra ali. Me surpreende e me entristece ver uma série que eu adorava tanto definhando desse jeito, ainda mais com a quase garantia de renovação para uma 8ª e – mais uma vez – dispensável temporada.

O 7×13, The Slice Girls, foi bacana e provavelmente um dos meus favoritos desse 7º ano. Envolveu do começo ao fim, contou uma história interessante e firme, foi ligando os pontos, divertiu e manteve-se sempre constante, sem oscilar entre momentos sonolentos e interessantes, como vem sendo comum nos 2 últimos anos. Filler legal, que muito provavelmente não será lembrado no futuro, mas que, por agora, cumpriu a missão de entreter, porque é apenas isso que eu espero de Supernatural  hoje em dia: Entretenimento. O tempo de tramas intricadas e explodir cabeças passou.

Como um fã de Vampire Diaries, é óbvio que eu adorei ver a Sara Canning no episódio, mesmo que eu nunca tenha sido lá um grande adorador da Tia Jenna. Eu nem sabia da participação, então foi uma surpresa pra mim quando vi o nome dela entre os créditos iniciais. Gostei bastante da personagem e da trama construída em volta dela – sempre gosto quando Supernatural se permite viajar e mistura monstros com mitologias, seja a grega, a romana ou a egípcia ou qualquer outra. Depois de 7 anos de “monstro-da-semana”, tentar trazer casos interessantes assim é a melhor saída para manter o público ligado.

O que eu mais gostei no episódio foi o modo como ele conseguiu ligar a trama dos assassinatos bizarros (fazia tempo que a série usava tanto sangue assim de vez, ein?) com a “filha” do Dean, sem soar forçado. Tava esperando que as duas histórias seguissem de maneira isolada e me surpreendeu a conexão feita.

Eu já tinha lido por aí que iria aparecer uma personagem no seriado se dizendo filha do Dean e fiquei me perguntando como raios iriam encaixar isso. Meu medo era de brotarem do chão uma antiga namorada que fosse bater a porta dele com uma adolescente problemática, mas o plot da gestação ultra rápida foi mais interessante e funcionou melhor. E o plot todo ainda serviu pra trazer um contraste com a história da Amy, já que agora foi o Dean que aparentemente não teve coragem de matar a filha e o Sam teve que fazer as vezes. Eu só espero, de verdade, que isso não traga mais mimimi pra relação deles, porque DR em 7ª temporada ninguém agüenta mais.

E teve ainda a pequena menção ao Bobby, que eu adorei. Ou vai dizer que vocês também não lembraram dele no momento que o Dean disse que a folha de papel havia se movido? É óbvio que o espírito dele ainda está ali e eu quero ver como vão fazer para trazê-lo de volta.

Já o 14º episódio, Plucky Pennywhistle´s Magical Menagerie, tinha tudo pra dar certo, mas por n motivos, deu errado – e muito errado, acredito ter sido até mesmo o pior da temporada e olha que isso significa um bocado. Eu achei que seria interessante quando o previously veio e trouxe o caso do 2×02, Everybody Loves a Clow, que é considerado por mim um dos episódios mais tensos da série, do tempo em que Supernatural me causava sentimentos bem próximos ao medo. Mas não gosto de ficar comparando, porque sei que essas 2 últimas temporadas se encontram bem abaixo das primeiras.

Mas esse episódio não foi fraco pro padrão dos primeiros anos da série, e sim pro padrão atual mesmo. Nada, absolutamente nada funcionou. Acho que o pior erro dele foi, coincidentemente, uma das coisas que sempre se mostra um bom trunfo pra Supernatural: O uso de X Hours Earlie e Now.

Quando eu vi que tudo seria construído assim, me empolguei, mas em algum momento, o recurso se perdeu. Arrisco dizer que por tentar apresentar os dois em paralelamente, os roteiristas se autosabotaram, já que não havia tempo para nenhuma das tramas empolgarem, nem o passado com o Dean e o Sam investigando as mortes e nem o presente com o Sam encurralado pelos palhaços.

Alguns momentos me deram doses maciças de vergonha alheia. Acho que a intenção era que soasse cômico ou canalha, mas até pra canalhice tem um limite e unicórnio que deixa um arco-íris por onde passa e palhaços explodindo e virando purpurina ultrapassam esse limite. A trama de transformar o pior medo das crianças em realidade era bacana e interessante (E isso que mais irrita), mas deveria ter sido levada mais a sério. O que ficou parecendo é que quiseram brincar com a história e perderam o controle.

A solução também me incomodou um pouco e eu juro que não tô procurando defeito, mas não tive como não levantar a sobrancelha aqui ao ver que a motivação do cara para matar os pais das crianças era relacionado a traumas do passado. Se o tivessem deixado como evil que estava fazendo tudo aquilo por fazer, talvez tivesse funcionado melhor.

Pra não dizer que achei o episódio totalmente perdido, eu me diverti um bocado com as caras e bocas que o Sam fazia toda hora que precisava chegar perto de um palhaço e com ele correndo atrás do cara vestido de leão. Mas só.

No começo, eu estava achando essa temporada mais regular do que a passada, mas agora acho que ambas estão niveladas –e isso não é bom. Continuo esperando um retorno triunfal do Cas para salvar alguma coisa e fillers mais legais e bem feitos como o 7×13 (porque de trama central, eu tô quase desistindo). É só o que eu peço.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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