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Supernatural – 7×15 Repo Man e 7×16 Out With The Old

Por: em 18 de março de 2012

Supernatural – 7×15 Repo Man e 7×16 Out With The Old

Por: em

Eu andava tão descrente com o nível da 7ª temporada de Supernatural que quando assisti Repo Man, me surpreendi com a qualidade do mesmo, que foi de longe o melhor episódio desse 7º ano da série. Foi o único que me agradou em praticamente todos os pontos – começo, meio e fim – e com o qual eu não tive nenhuma ressalva. Se todos seguissem essa linha, certamente estaríamos em uma season bem melhor e o meu ânimo com o seriado também estaria em um nível diferente.

O episódio já começou intrigante desde o ‘Previously’ mostrando a Lilith – o que me fez perguntar inclusive se a série não surtaria ao ponto de trazer o melhor demônio de Supernatural de volta -, passando para o ‘Quatro Anos Antes’. Começar no passado me deixou intrigado, perguntando a mim mesmo qual seria o plot e porque era necessário esse retorno. De qualquer forma, mesmo que o resto não fosse interessante, já teria valido ver Sam e Dean caçando demônios como antigamente, exorcizando e procurando os tenentes da Lilith.

Escolheram um bom ator para interpretar o tal do Jeremy e isso foi uma boa saída, já que os coadjuvantes de Supernatural costumam ser fraquinhos e poucas vezes sustentam a história que lhes é dada. O rapaz (que, pelo que eu vi no imdb, vive de participações especiais em séries) conseguiu passar o misto de emoções, as mudanças de fase entre possuído-não possuído e tudo o mais. Com um ator fraco, provavelmente toda o plot teria ido por água abaixo.

O plot twist no meio da trama foi realmente interessante e me pegou de surpresa, eu não estava esperando por isso. Quando o Sam deixou o Dean sozinho com o Jeremy, eu cogitei apenas a possibilidade dele já estar, de alguma maneira, possuído e isso ter passado aos olhos do Sam, mas não esperava que ele próprio estava querendo ser possuído novamente. Todo o discurso dele para justificar isso foi bem aceitável e o desfecho da história também foi interessante, fugiu ao óbvio que costuma acontecer em Supernatural.

Ultimamente, a série tem apostado mais em episódios onde, de alguma maneira, Dean e Sam estão trabalhando separados e eu tenho gostado disto. No começo, achei que não funcionaria – afinal, são 7 anos de programa – , mas tem se mostrado uma técnica cada vez melhor para imprimir um nível de tensão ao episódio. O que não pode acontecer é um abuso, tudo tem que ser moderado ou acaba saturando.

E, claro, ainda tivemos a presença do Mark Pelegrino para abrilhantar tudo. É incrível como sempre que ele ou o Mark Sheppard aparece, o nível da série melhora, as tramas se tornam mais interessantes e até mesmo a trama do Sam dá gosto de acompanhar. Ele interpreta um Lúcifer com tanto gosto que dá até medo.

O episódio de retorno de hiatus, Out with the Old, também me agradou bastante. Foi divertido no tom certo, soube criar tensão quando era necessário e trouxe a tão esperada continuação da trama principal da temporada e os leviatãs. Até os 20 minutos, eu achei que estávamos diante de um filler cretino sem propósito focado em objetos com vida própria, mas quando apareceram os 2 leviatãs, comecei a levar a história mais a sério.

Embora, é claro, eu tenha gostado bastante da parte cretina do roteiro. A situação envolvendo as sapatilhas de balé me fez rir muito, especialmente as piadinhas do Dean envolvendo ‘Black Swan (I saw Black Swan. Twice. Hot tutu-on-tutu action) e a cara que Sam fazia toda vez que eles olhavam para o par. A coisa do cara que tinha comprado uma revista pornô também foi sensacional, eu ri bastante com o Você não vai querer saber o que ele estava fazendo.

No fim das contas, o lance dos artefatos mágicos estava ali apenas de pano fundo para a trama do Roman querendo comprar cada vez mais e mais estabelecimentos e acho que isso foi que deu maior charme ao episódio, o caso da semana ficou de lado para que a mitologia fosse priorizada e já estava mais do que na hora disso acontecer – faltam apenas 7 episódios para o fim da temporada. Embora o clímax da situação não tenha sido tão bem realizado (o confronto direto com os Leviatãs poderia render bem mais do que rendeu), isso não prejudicou o andamento da trama.

Não sei vocês, mas eu particularmente não comprei essa história de Leviatãs querendo ajudar as pessoas e descobrir a cura do câncer. Simplesmente não faz sentido, é incoerente a tudo que foi apresentado deles até agora e eu espero de verdade que o Sam e o Dean não cheguem nem a cogitar a possibilidade disso. É interessante essa tentativa de estabelecer uma nova dinâmica para os monstros, mas vai ser preciso mais do que isso para que essa abordagem funcione.

O desaparecimento do Frank me intrigou. E, de certa forma, me deixou triste, porque eu gosto bastante do personagem. Não é um Bobby da vida, mas ele traz uma leveza a algumas cenas, a relação dele com o Dean é ótima e bem divertida.

Semana que vem, temos o tão esperado retorno do Misha Collins. Ansiedade é pouco pra definir.

PS. Reta final da temporada. Prometo ser uma pessoa melhor e não atrasar mais os textos.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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